Vivendo de incerteza em incerteza, mercado desanima com inflação mais fraca nos EUA
Em tempos de economia vacilante e incertezas como a variante delta no ar, cada novo dado econômico é analisado por todos os lados possíveis. Nos últimos meses, com os países se recuperando de forma desigual, não foi raro ver uma reação positiva dos investidores a um número que, no primeiro momento, parecia negativo e vice-versa.
Essa tendência se acelerou com a sinalização mais efetiva do Federal Reserve, o banco central americano, para a possível retirada de estímulos monetários ainda em 2021. Como o mercado vive de antecipar os próximos passos, cada possível interpretação importa.
E foi assim que os dados da inflação americana trouxeram volatilidade ao mercado nesta terça-feira (14). O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) desacelerou a alta ao menor nível dos últimos seis meses, surpreendendo o mercado ao subir apenas 0,3% em agosto ante julho. O núcleo do CPI, avançou 0,1% na comparação mensal.
Em um primeiro momento, a reação das bolsas em Wall Street foi positiva, indicando que talvez o Fed não precise diminuir o ritmo da sua compra de ativos ainda este ano.
O sentimento contagiou também o Ibovespa — que por algum tempo conseguiu ignorar a tensão em torno dos papéis da Petrobras —, mas não se sustentou. Logo os investidores começaram a entender que a inflação mais baixa é sinal de que o impacto da variante delta, já sentido no mercado de trabalho, também começa a ser sentido em outros pontos da economia.
Com Nova York no vermelho, o Ibovespa teve pouca força para lutar contra a corrente e fechou o dia em queda de 0,19%, aos 116.180 pontos. O dólar à vista avançou 0,65%, a R$ 5,2573.
Tirando os ruídos em torno da Petrobras, que tiveram o seu ápice com a participação do presidente da estatal em comissão no Congresso, Brasília segue mostrando que os Três Poderes buscam uma convivência mais harmoniosa.
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