Sambando na cara da sociedade

Vou começar a newsletter de hoje com uma pergunta. Você sabe o que os eventos listados abaixo têm em comum?
- Vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais
- Aprovação da reforma da Previdência
- Contas externas com déficit praticamente zerado
- Juros reais negativos nas economias desenvolvidas
- Novo ciclo de aumento dos preços das commodities
- Retomada da alta dos juros no Brasil
A resposta é que todos eles deveriam levar a uma queda nas cotações do dólar, de acordo com as previsões do mercado.
Vejamos, por exemplo, a eleição de Bolsonaro. A perspectiva da maioria dos analistas era que a chegada ao poder de um governo liberal na economia atrairia uma enxurrada de recursos do exterior, o que derrubaria o dólar.
O mesmo se falou recentemente após a decisão do Banco Central de ser mais duro no combate à inflação ao elevar a Selic em 0,75 ponto percentual e já indicar novos aumentos no radar.
O problema é que, contra todas as projeções, a moeda norte-americana não apenas não caiu como se aproxima cada vez mais das máximas históricas. Ontem, chegou a ser cotada na casa dos R$ 5,80 ao longo do dia.
Se o câmbio foi mesmo criado por Deus apenas para humilhar os economistas, podemos dizer que neste momento ele está sambando na cara da sociedade.
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Mas, afinal, por que o dólar não caiu mesmo com tantos fatores que deveriam levar a um enfraquecimento da moeda? O nosso colunista Matheus Spiess fez uma análise completa da situação do câmbio aqui e lá fora e conta para você o que esperar daqui para frente.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
O Ibovespa teve uma segunda-feira de grande instabilidade, custando a se firmar em algum sentido, mas fechou o dia em alta de 0,56%, aos 115.418 pontos, graças às ações das empresas exportadoras. Já o dólar não resistiu ao turbilhão vindo de Brasília, subindo 0,44%, a R$ 5,76.
O que mexe com os mercados hoje? O Ibovespa deve seguir de olho em Brasília após a reforma ministerial, que fez o presidente trocar o ministro das Relações Exteriores por pressão do Centrão. O receio é que a tensão entre o Congresso e o presidente atrase as reformas estruturais e a agenda de privatizações.
EMPRESAS
Após negar em um primeiro momento, a Petrobras confirmou ontem que demitiu seu gerente-executivo de recursos humanos por suspeita de negociações irregulares com ações da estatal durante o período de silêncio. Saiba mais sobre o caso.
O BNDES, a BNDESPar e a União farão uma oferta pública para vender ao menos 142 milhões de debêntures emitidas pela Vale. A mineradora tem 388,5 milhões de debêntures em circulação no mercado, e esses três vendedores possuem 55% do total.
Depois de um 2020 marcado por escândalos, o IRB Brasil tenta dar mais um passo para virar a página. A resseguradora anunciou ontem que busca um novo CEO para implementar a estratégia para o período de 2021 a 2023.
ECONOMIA
O RH do Planalto teve um dia movimentado ontem depois que Bolsonaro decidiu trocar o comando de seis Ministérios. Ficou confuso com as mudanças? Nesta matéria você confere quem saiu e quem ficará à frente das pastas.
Com o Orçamento na mira do TCU, governo e lideranças do Congresso buscam uma solução para o impasse que pode levar o presidente Jair Bolsonaro a ser acusado de crime de responsabilidade. Saiba mais sobre as negociações.
Se você contribuiu para algum plano de previdência privada em 2020, é necessário prestar contas ao Leão. Confira o passo a passo de como declarar as contribuições feitas a PGBL, VGBL e fundos de pensão, bem como os rendimentos recebidos.
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