A bolsa na teia da aranha e outros destaques do dia

O mercado financeiro local viveu hoje um misto de sentimentos — e, como resultado, bolsa, dólar e juros andaram por caminhos distintos.
Na China, o gigante mostra sinais de desaceleração; no Brasil e nos Estados Unidos, por outro lado, os números de atividade surpreenderam para cima. O impacto positivo, no entanto, foi limitado por aqui, já que o Ibovespa tende a se enrolar nas teias da crise fiscal.
As novidades são escassas, mas o mercado fica apreensivo com a discussão de questões fiscais relevantes que devem voltar ao primeiro plano em Brasília — especialmente agora que o atrito entre os Poderes parece ser página quase virada.
Para os próximos dias, a reformulação do Bolsa Família e a tentativa de retirada do pagamento de R$ 89 bilhões em precatórios do teto de gastos devem voltar ao primeiro plano. Em busca de definição, o mercado local recebeu com desconforto a troca de alfinetadas entre os ministros Paulo Guedes e Luiz Fux.
Em evento virtual com a participação dos dois ministros, Fux apontou que Guedes seria tão seu amigo que "coloca no colo um filho que não é meu", se referindo ao tema dos precatórios. Executivo e Judiciário tentam encontrar uma saída para o pagamento da despesa sem comprometer o teto de gastos.
Sinais mistos também estão vindo do exterior. Lá fora, a preocupação com as grandes economias globais segue em primeiro plano: o desempenho abaixo do esperado do varejo chinês acabou afetando negativamente as bolsas asiáticas e européias. Já a atividade industrial americana surpreendeu, levando Wall Street a fechar o dia no azul.
A quarta-feira até começou positiva para a bolsa brasileira, mas o bom humor dos investidores não se sustentou. Mas, com o vencimento de opções pesando sobre o índice pela manhã e as indefinições político-fiscais se arrastando pela tarde, o Ibovespa fechou em queda de 0,96%, aos 115.062 pontos.
O dólar à vista refletiu os dados melhores do que o esperado nos Estados Unidos e recuou 0,38%, a R$ 5,2375; o mercado de juros futuros, que vinha em uma sequência de alívio após o estresse na semana do 7 de setembro, voltou a subir, pesando mais uma vez a preocupação com os gastos públicos.
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E os dados positivos da economia brasileira acabaram ficando em segundo plano. O IBC-Br, considerado uma prévia do PIB medido pelo Banco Central, avançou 0,6%, acima do esperado pelo mercado, e deu algum ânimo ao Ibovespa no início das negociações, antes do cenário externo passar a pesar por aqui.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do índice.
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