Apertem os cintos… o juro subiu
					Entre o risco de ver a inflação sair de controle e o de interromper a retomada vacilante da economia, o Banco Central não titubeou: foi logo na jugular ao elevar os juros para 2,75% ao ano.
A alta de 0,75 ponto percentual da Selic veio além do esperado. Primeiro, porque o país enfrenta o momento mais grave da pandemia da covid-19, que certamente terá reflexos na atividade econômica ao longo do ano.
A decisão também surpreendeu pela lambança do BC na comunicação com o mercado. Afinal, até o começo do ano e com a inflação já comendo solta, o Copom seguia com o chamado “forward guidance”, uma sinalização de que não mexeria nos juros por um longo período.
Agora, em um verdadeiro “cavalo de pau” na condução da política monetária, os diretores do BC já anteciparam uma nova alta de 0,75 ponto, que levará a Selic para 3,50% na próxima reunião, no começo de maio.
Seja como for, a alta mais forte e a sinalização dura contra a inflação devem tirar parte da pressão sobre o dólar e as taxas de longo prazo. Ou seja, a expectativa é de uma reação positiva no mercado.
Vai ser importante saber também como o presidente Jair Bolsonaro vai reagir ao aperto dos juros, no que deve ser o primeiro teste da lei da autonomia do Banco Central que acabou de ser promulgada.
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Mas imagino que a pergunta que você tenha em mente neste momento seja outra. Se a dúvida for o destino dos seus investimentos, eu recomendo a leitura da reportagem que a Julia Wiltgen preparou sobre os impactos da alta dos juros nas principais aplicações.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
A alta de 0,75 ponto percentual da Selic pegou muita gente de surpresa, inclusive o sócio fundador da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo. A repórter Jasmine Olga entrevistou o ex-diretor do BC e traz a visão de um dos “papas” da política monetária sobre a decisão do Copom.
O Ibovespa fechou ontem em alta de 2,22%, aos 116.549 pontos, após a confirmação de que o banco central dos Estados Unidos deve manter a taxa de juros do país em patamares historicamente baixos por um bom tempo. O dólar caiu 0,59%, a R$ 5,59.
O que mexe com os mercados hoje? Enquanto o mundo repercute a decisão do Fed, os mercados por aqui devem se ajustar à decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros para 2,75% ao ano, com impactos na bolsa, no dólar e nos juros futuros.
ECONOMIA
Se você fez um empréstimo ou financiamento em 2020, ou já tinha alguma operação do tipo ao longo do ano, acima de R$ 5 mil, você precisa declarar no imposto de renda. Veja como fazer isso corretamente.
Empresas e consumidores podem ver uma queda no preço dos computadores, depois que o governo anunciou ontem a redução do imposto de importação sobre eletroeletrônicos e bens de capital.
EMPRESAS
O relator da MP que trata da privatização da Eletrobras defendeu ontem um novo modelo de desestatização da companhia, que segundo ele conta com a simpatia do Ministério da Economia. Confira o que ele está propondo.
O Magazine Luiza (MGLU3) fortaleceu sua presença no mercado de moda e a estratégia de utilizar conteúdo para atrair consumidores ao anunciar a aquisição da plataforma de conteúdo especializado em moda, beleza e cultura Steal The Look (STL).
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