Segurança privada na Bolsa: Gocil quer fazer IPO na B3, mas há riscos políticos; entenda
Companhia pode ser a segunda do ramo a entrar na bolsa; GPS abriu capital em abril deste ano e ações acumulam alta de 37%
Em 36 anos, a Gocil se tornou uma das maiores empresas de segurança privada do País, com faturamento acima de R$ 1,2 bilhão e mais de 24 mil funcionários.
Mas, nos últimos anos, a empresa vem ficando cada vez mais associada à aproximação do fundador Washington Cinel com figuras políticas - algumas delas até antagônicas -, como o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.
É comum, por exemplo, Cinel fazer reuniões com empresários e o presidente em sua casa. Agora, a empresa planeja um IPO para 2022. E o risco político pode estar no radar dos investidores. Isso é algo que parece não incomodar o presidente da companhia, Bruno Jouan.
Desde dezembro de 2019 no comando da Gocil, Jouan enxerga Cinel com um papel importante para a empresa como presidente do conselho e fundador, mas afirma que ele próprio é o único responsável pela gestão do negócio.
"Ele se posiciona assim como outros empresários e não fala nada sobre a Gocil. Defende os interesses da empresa e não enxergo nenhum tipo de resistência de investidores e fundos de investimento", afirma Jouan.
Esse tipo de resistência aconteceu com a Havan, do empresário Luciano Hang (ligado a Bolsonaro), que tinha planos de realizar o seu IPO neste ano e mirava um valor de mercado acima de R$ 100 bilhões. Como esse valor ficou longe de ser atingido, em parte por causa das polêmicas do empresário, a Havan decidiu não realizar a abertura de capital.
Leia Também
Para saber mais detalhes sobre a novela do IPO da Havan, fizemos um post no nosso Instagram com números da varejista e o histórico de tentativas da companhia entrar na bolsa (aproveite e nos siga por lá. Entregamos aos nosso seguidores análises de investimentos, oportunidades da bolsa, notícias relevantes para o seu patrimônio e muito mais). Confira abaixo:
Ver esta publicación en Instagram
Números da Gocil
Voltando à Gocil, o executivo da companhia afirma que a situação é diferente da Havan. Ele conta que se encontrou com mais de 30 fundos nos últimos meses e que o que chama a atenção deles são os resultados da companhia. Em 2020, a pandemia afetou diretamente os resultados da Gocil: além de uma queda de 3% no faturamento, a empresa teve uma rotação em 35% nos contratos, ante uma média histórica de 10%.
A Gocil gastou quase R$ 30 milhões com indenizações de mais de 2,5 mil empregados demitidos durante a pandemia. Nos últimos três meses, a empresa tem conseguido se recuperar. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), dado importante para medir a geração de caixa, deve subir de R$ 20 milhões, em 2020, para R$ 60 milhões neste ano. Jouan prevê um crescimento de 8% este ano.
Com as contas mais ajustadas, a Gocil quer investir mais em seu braço de serviços de tecnologia, como instalação de serviços como alarmes, controle de acesso, câmeras de vídeo inteligentes e reconhecimento facial, entre outros produtos. Para Jouan, essa é a área que tem maior potencial de expansão. Ele enxerga que esse braço aumentará a representatividade dos atuais 5% para 30% do faturamento em três anos.
Para Carlos Eduardo Daltozo, diretor de renda variável da casa de análises Eleven, o risco político existe, mas como Cinel não faz tanto barulho como Hang, da Havan, o peso deve ser menor.
"O executivo não está no dia a dia da operação, como é o caso do Luciano Hang, que é a figura central da Havan", diz Daltozo. "Mas o risco político está em alta, é só ver o que aconteceu com a Petrobras e o Banco do Brasil, que está em seu maior patamar de descontos frente aos bancos privados."
Preparamos um vídeo no YouTube elencando os tipos de riscos que você corre ao investir. Confira lá e aproveite para ver outros conteúdos que temos por lá sobre análises de investimentos, oportunidades da bolsa, notícias e muito mais:
Se a Gocil chegar à bolsa brasileira...
Se chegar mesmo à B3, a empresa será a segunda do setor de segurança privada na Bolsa. Em abril deste ano, o Grupo GPS abriu capital e arrecadou R$ 2,5 bilhões. Desde então, as ações do GPS subiram 37%. Mas Jouan admite que o ano eleitoral e a aversão do mercado a risco podem atrapalhar os planos.
*Com informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período