Sentindo frio? Balanços seguem esquentando as bolsas antes da decisão de política monetária do Fed
Os mercados seguem de olho nas proibições da China contra empresas privadas de educação e tecnologia

A frente fria que chegou em São Paulo na noite de ontem deve ter agradado os amantes do frio, mas a previsão de que os termômetros não devem passar dos 15ºC nos próximos dias deve ter despertado o monstro da preguiça em muitos por aí.
Mas as bolsas devem se manter aquecidas no pregão desta quarta-feira (28). A temporada de balanços ganha tração e está animando os negócios. Os resultados das empresas no segundo trimestre deste ano estão vindo em linha ou melhores do que o esperado, em sua maioria.
Por aqui, temos um cardápio cheio, com pesos-pesados divulgando seus resultados hoje. O mais esperado do dia é sem dúvidas o balanço da Vale, que deve acontecer após o fechamento do mercado (veja a agenda completa mais abaixo).
Além disso, a reforma ministerial segue tirando os poderes de Paulo Guedes, ministro da economia. O Super-Ministério perdeu a pasta do Trabalho e Previdência o que, para analistas de política, significa um enfraquecimento de Guedes para agradar o Centrão, no Congresso.
Já no exterior, o resultado das big techs não chegou a afetar o pregão, com a maioria dos balanços saindo após o encerramento das negociações. E os novos balanços do dia devem dividir espaço com a cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, também na tarde de hoje.
Ontem, o Ibovespa recuou 1,10%, aos 124.612 pontos. O dólar à vista teve leve avanço de 0,06%, a R$ 5,1775.
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O todo poderoso
O Federal Reserve deve divulgar sua decisão de política monetária ainda nesta quarta-feira (28). É esperado que o Banco Central americano mantenha a taxa de juros entre 0% e 0,25%.
Os investidores também devem ficar de olho na decisão sobre a retirada de estímulos da economia, chamado de tapering. A inflação mais agressiva dos últimos meses vem colocando pressão sobre o BC americano, que deve passar a agir ou indicar um caminho além da resposta de que “é um momento inflacionário passageiro”.
A coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, após a divulgação da decisão de política monetária deve trazer maiores contornos para as perguntas dos investidores. Até lá, as bolsas devem operar em compasso de espera.
Bolsas pelo mundo
As intervenções do governo central chinês ainda afetam o bom humor dos mercados, o que fez as bolsas asiáticas encerrarem o pregão de maneira mista. A cautela antes da decisão da política monetária do Fed também contamina os mercados.
Já no Velho Continente, o otimismo com os balanços do dia está animando os negócios. Durante a manhã, as bolsas europeias passaram a operar com ganhos, apesar da cautela pré-Fed.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para um pregão misto, apesar dos balanços positivos. A fraqueza apresentada pelas bolsas asiáticas contamina o bom humor, junto com a cautela antes da importante decisão sobre taxa de juros de hoje.
Agenda do dia
- IBGE: Índice de preços ao produtor (9h)
- IBGE: Endividamento das famílias e inadimplência média (9h30)
- Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
- Tesouro Nacional: Relatório da dívida pública federal referente a junho (14h30)
- Tesouro Nacional: Coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas, concede entrevista referente ao RMD de junho (15h)
- Estados Unidos: Federal Reserve divulga decisão de política monetária (15h)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, participa da tradicional entrevista coletiva após reunião de política monetária (15h30)
Balanços
No Brasil:
- Santander Brasil (antes da abertura)
- WEG (antes da abertura)
- Multiplan (após o fechamento)
- GPA (após o fechamento)
- Vale (após o fechamento)
Nos Estados Unidos:
- Boeing (antes da abertura)
- McDonald’s (antes da abertura)
- Pfizer (antes da abertura)
- Ford (após o fechamento)
- Facebook (após o fechamento)
Na França:
- Carrefour (após o fechamento)
No Reino Unido:
- Rio Tinto (sem horário específico)
Na Espanha:
- Santander (sem horário específico
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