Esquenta dos mercados: cautela deve predominar na bolsa antes da votação dos precatórios; exterior segue positivo em dia de recorde do bitcoin (BTC)
Os balanços do dia também devem mexer com os negócios, com os resultados de Gol, BTG Pactual, Braskem, Carrefour e Localiza

O dia está cheio para o investidor nacional. A batalha final pela PEC dos precatórios se aproxima, com a votação marcada para esta terça-feira (09), mas a incerteza quanto à aprovação da proposta mantém os mercados com cautela nos ares. No último pregão, o Ibovespa encerrou o dia em leve queda de 0,04%, aos 104.781 pontos. O dólar à vista trabalhou em alta ao longo de todo o dia, mas fechou longe das máximas, com um avanço de 0,33%, aos R$ 5,5410.
Os desdobramentos dos debates envolvendo a proposta devem movimentar os negócios hoje. Enquanto isso, o exterior opera com viés de alta, após as bolsas de Nova York renovarem máximas históricas na última segunda-feira (08). E o bitcoin (BTC) também é outro destaque do dia: a principal criptomoeda do mercado quebrou a barreira dos US$ 68 mil e opera acima desse valor hoje.
Por fim, os balanços do dia também devem movimentar a bolsa, com a divulgação dos resultados de BTG Pactual e Gol antes da abertura e Braskem, Carrefour e Localiza após o fechamento.
Precatórios: tudo ou nada
A proposta de emenda à constituição que permite o parcelamento dos precatórios deve voltar ao plenário da Câmara nesta terça-feira. Os parlamentares devem votar os destaques do texto, partes da PEC que ainda podem ser alteradas, e realizar a segunda rodada de votação na Casa.
Entretanto, a incerteza ronda a PEC dos precatórios. Isso porque o primeiro turno da votação pode ser invalidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) porque a oposição alega irregularidades. Ainda que isso não ocorra, os governistas podem não ter os votos necessários para avançar o texto.
A primeira votação foi apertada, com apenas quatro votos acima do necessário para a aprovação da proposta, e partidos como o PDT estão inclinados a votar contra nesse segundo turno.
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Fique de olho hoje
Sem maiores indicadores para esta terça, os investidores nacionais devem permanecer atentos aos desdobramentos da PEC dos precatórios e a cautela pode dominar a bolsa. Os diretores do BC Fernanda Guardado, João Manoel Pinho de Mello, Fábio Kanczuk e Bruno Serra participam da Reunião Trimestral com Economistas e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem jantar com deputados hoje.
A aversão ao risco pode dominar, tendo em vista que amanhã é dia do IBGE divulgar a inflação de outubro — e as perspectivas não são das melhores, com um aumento ainda mais intenso dos preços no mês.
Pacote de Biden
Não é de hoje que os gargalos estruturais pressionam pela retomada dos Estados Unidos e aumentam a inflação no país. Pensando nisso, o plano de infraestrutura do presidente norte-americano, Joe Biden, deve focar principalmente na construção de estradas, pontes e portos. E nenhum deles deve ficar de fora da conta: o pacote é de cerca de US$ 1 trilhão.
O otimismo foi limitado, mas suficiente para fazer as bolsas de Nova York renovarem as máximas históricas. O Dow Jones fechou em alta de 0,29%, em 36.432,22 pontos, o Nasdaq avançou 0,09%, a 4.701,70 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,07%, a 15.982,36 pontos, todos em níveis recordes de fechamento.
Entretanto, um relatório de ontem do Federal Reserve, o Banco Central americano, destacou que os ativos de risco estão começando a ficar vulneráveis e podem sofrer quedas significativas, de acordo com o relatório de estabilidade financeira.
Por falar em recorde
O bitcoin (BTC) também foi outro ativo de risco que renovou as máximas históricas na madrugada desta terça. No início da noite de ontem, a principal criptomoeda do mercado quebrou a barreira dos US$ 67 mil, o que já seria um feito histórico, mas a alta não parou por aí e o avanço chegou a fazer o BTC tocar os US$ 68.431,19 (R$ 379.375,12) por volta das 2h.
Agora pela manhã, o bitcoin manteve o patamar dos US$ 68 mil. O otimismo do mercado projeta que até o final do ano, o BTC pode quebrar a barreira dos US$ 100 mil.
O dia lá fora
Para hoje, o investidor internacional deve olhar os dados de inflação ao produtor (PPI, em inglês) dos Estados Unidos. Amanhã (10), devem ser divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI, em inglês).
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão em alta, seguindo o bom humor de Nova York de ontem. Ainda hoje, os investidores devem conhecer os dados de inflação ao consumidor e ao produtor da China, o que deve movimentar a abertura por lá.
Já no velho continente, as bolsas têm ganhos modestos, de olho na inflação dos EUA de hoje e amanhã. Além disso, a região digere dados locais da Alemanha.
E depois de renovar as máximas históricas ontem, os futuros de Nova York apontam para uma abertura sem direção definida, próximos da estabilidade.
Agenda do dia
- Congresso Nacional: Câmara realiza sessão para concluir votação dos destaques da PEC dos precatórios e votar a matéria em 2º turno (9h)
- Câmara dos Deputados: Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participa de seminário organizado pelo Instituto Unidos Brasil (9h)
- Senado Federal: CAE do Senado pode votar relatório do PL que abre caminho para a venda dos Correios (9h)
- Banco Central: Diretores do BC Fernanda Guardado, João Manoel Pinho de Mello, Fábio Kanczuk e Bruno Serra participam da 85ª Reunião Trimestral com Economistas (10h30)
- Estados Unidos: PPI e Núcleo do PPI de outubro (10h30)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (18h30)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem jantar com deputados para tratar de assuntos legislativos (20h30)
- China: CPI e PPI de outubro (22h30)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell abre, presidente do BoE, Andrew Bailey, e dirigente do BCE, Isabel Schnabel, participam de evento organizado em conjunto pelo Fed, BoE, BCE e BoC sobre inclusão (sem horário)
Balanços
- Brasil: BTG Pactual (antes da abertura)
- Brasil: Gol (antes da abertura)
- Brasil: Braskem (após o fechamento)
- Brasil: Carrefour (após o fechamento)
Brasil: Localiza (após o fechamento)
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