Esquenta dos mercados: A poucos dias do Natal, bolsas operam sem direção antes do PIB e inflação dos EUA
Os investidores nacionais devem permanecer atentos à peça orçamentária para 2022, aprovada na noite de ontem (21)
O mundo acompanha o avanço da covid-19 e a explosão de casos da variante ômicron, com a confirmação da primeira morte pela nova cepa do coronavírus de um homem não vacinado nos Estados Unidos. Apesar disso, os índices da Europa avançam com cautela, mas as demais bolsas pelo mundo operam em baixa.
A falta de liquidez no mundo antes das festividades é comum, juntamente com a alta volatilidade. Para esta quarta-feira (22), os investidores internacionais entram em compasso de espera antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (PCE, em inglês) dos Estados Unidos, que deve ocorrer amanhã (23).
Mas hoje não deve ser um dia esvaziado. A terceira e última leitura do PIB dos EUA deve movimentar os negócios, em meio a preocupações sobre a covid.
No cenário local, a proposta de Orçamento foi aprovada pelo Congresso, com o ajuste aos policiais federais na conta. Por outro lado, as emendas de relator (RP9) e reação dos servidores públicos podem minar os planos do governo federal de uma peça orçamentária que favoreça as bases do governo.
No pregão da última terça-feira (21), o Ibovespa avançou apenas 0,46%, aos 105.500 pontos, distante da alta mais forte das bolsas de Nova York. O dólar à vista encerrou o dia em leve queda de 0,07%, a R$ 5,7388.
Confira o que deve movimentar os negócios nesta quarta-feira.
Leia Também
Proposta de Orçamento
A proposta orçamentária para 2022 foi aprovada às pressas pelo Congresso Nacional, mas não sem gerar um tumulto entre os servidores públicos. De acordo com o texto, os policiais federais — base de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro — receberão cerca de R$ 1,9 bilhão para reajuste de salário.
Entretanto, servidores do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), do Sindicatos Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) fizeram críticas e exigiram o reajuste de todos os setores.
Destaques do Orçamento
Além disso, o Congresso reservou cerca de R$ 16,5 bilhões para as emendas de relator, as chamadas RP9, instrumento essencial para a execução do chamado “orçamento secreto”, e outros R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, conhecido como “fundão”.
O texto foi aprovado na Câmara por 358 votos a favor e 97 contrários e, no Senado, 51 a 20. A proposta de Orçamento volta para análise dos senadores em mais uma rodada de votação e, em seguida, vai para sanção do presidente Bolsonaro.
Relatório da dívida e Conta corrente
A poucos dias do Natal, o investidor brasileiro olha os dados da conta corrente e dos investimentos diretos no país, divulgados pelo Banco Central pela manhã.
Ainda hoje será divulgado o relatório mensal da dívida de novembro, com coletiva do Coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, na tarde de hoje.
Covid-19: Ômicron assusta antes das festas
O exterior vive momentos tensos antes das festividades de final de ano. Há uma explosão de casos na Ásia, Europa e Estados Unidos, e foi confirmada a primeira morte pela ômicron nos EUA na tarde de ontem (21) de um homem não vacinado.
PIB do terceiro trimestre e PCE
Os investidores entram em compasso de espera antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (PCE, em inglês) mensal e anual, dado utilizado pelo Banco Central para decidir sobre a política monetária, na próxima quinta-feira (23).
Para hoje, a última leitura do PIB do terceiro trimestre movimenta o cenário do exterior. É esperado que a atividade dos EUA cresça 2,1% no trimestre, de acordo com projeções do Broadcast.
Além disso, o PCE e o Núcleo do PCE do terceiro trimestre também devem preparar o investidor para o dado mais importante desta semana mais curta.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quarta-feira em alta, seguindo os ganhos de ontem de Nova York. Os investidores locais ainda acompanham o avanço da covid-19 na região.
Na Europa, as bolsas abriram sem direção única pela manhã, com os investidores em busca de uma recuperação das perdas de segunda-feira (20), mas sentindo o peso do avanço da variante ômicron e do fraco desempenho do PIB da Inglaterra.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para uma abertura em queda, de olho nos principais dados de PIB e no PCE do trimestre.
Agenda do dia
- FGV: Sondagem do consumidor de dezembro (8h)
- Banco Central: Conta corrente de novembro e investimento direto no país (9h30)
- Estados Unidos: Índice de atividade nacional de novembro (10h30)
- Estados Unidos: Leitura final do PIB do terceiro trimestre (10h30)
- Estados Unidos: PCE e Núcleo do PCE (10h30)
- Tesouro Nacional: Relatório mensal da dívida (RDM) de novembro (14h30)
- Tesouro Nacional: Coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, concede entrevista sobre o RMD (15h)
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
