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Renan Sousa

Renan Sousa

É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: bolsa deve encarar PEC dos precatórios e inflação hoje, enquanto exterior segue negativo antes da decisão do BCE

Com a crise entre os poderes ainda pior, a PEC dos Precatórios pode estar com os dias contados. Sem exterior para sustentar, Ibovespa pode recuar mais um dia

Renan Sousa
Renan Sousa
9 de setembro de 2021
7:51 - atualizado às 8:23
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Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Depois de 7 de setembro, o 8 de setembro foi marcado pelas reações às ameaças do presidente da República aos demais poderes. A bolsa brasileira, como de costume, reagiu em queda ao tom mais duro do Congresso e, especialmente, do presidente do STF, ministro Luiz Fux. Pela frente, a inflação de agosto, a PEC dos precatórios e o exterior negativo devem ser o cenário perfeito para o Ibovespa cair mais um dia. Confira:

Inflação, precatórios e crise política

O cenário interno não é nada favorável para o Ibovespa. A queda de mais de 3% do pregão de ontem que o diga. Após as manifestações de 7 de setembro, a crise entre os Poderes ganhou um novo capítulo, agora com o Supremo Tribunal Federal (STF) aumentando o tom contra o presidente da República, Jair Bolsonaro

Por si só, as palavras mais duras devem ter pouco efeito no dia a dia do Palácio do Planalto. Mas nesta quinta-feira (09), o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, deve participar de sessão na Câmara dos Deputados sobre a PEC dos precatórios.

Essa medida é essencial para que o governo consiga abrir espaço no Orçamento para 2022 e oferecer um Bolsa Família, agora chamado de Auxílio Brasil, maior. Entretanto, será o STF quem deve julgar a validade dessa proposta de emenda à constituição em última instância, o que pode frustrar os planos do governo. 

Fique de olho hoje

A crise política deve seguir golpeando fortemente a bolsa brasileira, mas um outro gancho de esquerda também deve levar nossa heroína para baixo. Ainda hoje, o IBGE deve divulgar o IPCA de agosto, e as previsões são de uma nova alta no índice.

De acordo com projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast, a inflação deve subir 0,70% na comparação mensal da mediana das expectativas. Na base anual, o IPCA deve avançar para 9,50% ao ano, bem acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central (3,75%) e acima do teto da meta (5,25%).

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Também vale acompanhar a greve dos caminhoneiros. Pelo menos 15 estados registram bloqueio total ou parcial das estradas.

Reação ao Livro Bege e BCE

A vida do investidor internacional também não está no melhor dos mundos. Na tarde da última quarta-feira (08), foi divulgado o Livro Bege, publicação do Federal Reserve que traz as perspectivas para a economia dos Estados Unidos. E o horizonte não é dos melhores.

O documento afirma que a retomada econômica dos EUA está em ritmo mais desacelerado do que o esperado. O avanço da variante delta do coronavírus, a falta de insumos e de mão de obra pressionam para um reaquecimento das atividades. 

Alguns analistas internacionais afirmam que o Banco Central americano já esticou a corda do emprego até onde podia. A situação do desemprego nos EUA segue igual, enquanto a inflação e a curva de juros disparam com a política de compra de ativos do Fed

O tapering, a retirada desses estímulos, deve acontecer até o final deste ano, mesmo (um pouco) a contragosto do presidente do Fed, Jerome Powell.

Por falar em retirada de estímulos, a Europa segue de olho na decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Os olhos estarão voltados para a frase da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre a postura da instituição financeira frente ao novo momento da economia mundial

Fique de olho hoje

Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos devem compor o panorama internacional, enquanto o investidor ajusta suas posições frente às novas perspectivas econômicas do Federal Reserve

Na Europa, as bolsas devem refletir a decisão de política monetária do BCE. Ficam no radar os números de estoques de petróleo dos EUA e as falas de dirigentes do Fed ao longo do dia. 

Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos encerraram o pregão de hoje sem direção definida, contaminados pelo pessimismo em Nova York. O avanço da inflação na China também pressionou as bolsas da região. Os preços ao produtor subiram acima do esperado, mas o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês), caiu em relação às projeções.

Já na Europa, as principais praças operam em baixa antes da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A expectativa é de que a autoridade reduza os estímulos para a economia da Zona do Euro.

Por fim, os futuros de Wall Street apontam para uma abertura em queda após o Federal Reserve divulgar, na tarde de ontem (08) o Livro Bege, que trouxe uma piora nas projeções para a economia dos Estados Unidos. 

Agenda do dia

  • Zona do Euro: BCE divulga decisão de política monetária (8h45)
  • IBGE: IPCA de agosto, pesquisa industrial mensal regional de julho, INPC de agosto e INCC de agosto (9h)
  • Ministério da Economia: Secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, participa de sessão na CCJ da Câmara sobre a PEC dos Precatórios (9h)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego (9h30)
  • Estados Unidos: Estoques de petróleo, gasolina, destilados e taxa de utilização das refinarias (12h)
  • Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, preside reunião executiva do Conselho de Supervisão da Estabilidade Financeira (sem horário)

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