🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
Esquenta dos Mercados

Inflação dos Estados Unidos deve movimentar o mercado, sem maiores indicadores no Brasil

O avanço inflacionário põe os Bancos Centrais em posição difícil na retomada da economia mundial

Medieval,Battle,Scene,With,Cavalry,And,Infantry,On,Chessboard.,Chess
Imagem: Shutterstock

Uma das grandes dificuldades do xadrez é prever o que seu adversário fará duas, três, até dez jogadas à frente. Você espera que mova o peão, mas mexe no cavalo, e o jogo muda.

Nos investimentos não é diferente. Os dados inflacionários divulgados esta semana apontam para uma jogada já conhecida: os Bancos Centrais devem reagir com o aumento da taxa de juros.

E se ontem foi o dia da inflação, hoje é o dia dos BCs. O Banco Central Europeu deve manter sua política monetária, mas melhorar as projeções para os próximos meses. Durante a pandemia de coronavírus, as instituições injetaram dinheiro na economia, mas muitos desses países já estão em outra fase da atividade econômica, agora mais intensa. 

Mas a rainha do tabuleiro desta quinta-feira (10) é o dado de inflação dos Estados Unidos, chamado CPI. É esperado que o índice de preços avance 0,4% em maio e acumule alta de 4,8% na comparação anual.

Os temores de um superaquecimento da economia dos EUA podem ser confirmados ou dissipados, dependendo de como vier o índice. O próprio Fed já afirmou que só irá alterar sua política monetária quando o desemprego estiver em níveis melhores do que os atuais, e os dados do payroll mostram que esse patamar está longe de ser alcançado.

Por fim, sem maiores indicadores e de um lado mais escuro do tabuleiro, o Ibovespa segue com seu otimismo de sempre. O índice brasilerio conseguiu espaço para fechar em leve alta de 0,09%, aos 129.906 pontos, próximo da estabilidade.

Bancos Centrais em xeque

Com a divulgação dos dados da inflação da inflação em foco, em especial o IPCA no Brasil, a uma semana da reunião do Copom, os Bancos Centrais estão em posição de xeque. A expectativa de alta na Selic é de 0,75 pontos percentuais, mas entidades do mercado já avaliam que podem subir as projeções dado o cenário atual. 

Enquanto isso, o Federal Reserve, o BC americano, deve ficar de olho nos dados do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês), apesar de preferir usar  o PCE como base. A alta nos preços e o novo momento pós-pandemia estão fazendo com que os economistas avaliem que os BCs pelo mundo estejam a reboque dos novos tempos, sempre uma jogada atrás do que realmente está acontecendo. 

O próprio BC chinês avaliou que a inflação do gigante asiático, que veio em 1,3% contra 1,5% das projeções, esteja controlada e que irá manter sua política inalterada. Entretanto, os dados do índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) vieram acima do esperado: 9,0% em comparação aos 8,6% das expectativas.

Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos encerraram o pregão em alta nesta quinta-feira (10), à espera da divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos. A maior economia do mundo costuma nortear a política monetária dos Bancos Centrais pelo globo, e o momento inflacionário pode exigir que o Federal Reserve saia de sua zona de conforto. 

Por falar em BCs, o Banco Central Europeu (BCE) deve divulgar sua política monetária agora de manhã, por volta das 8h45. Isso está mantendo as bolsas do Velho Continente sem direção definida, à espera da decisão. 

E os futuros de Nova York também seguem de maneira mista, com o Dow Jones futuro e o S&P 500 futuro avançando e o Nasdaq recuando. Os investidores de Wall Street devem manter a cautela até a divulgação dos dados de inflação e de olho vivo nos Treasuries, os títulos do Tesouro norte-americano. 

Agenda do dia

Confira os principais eventos e indicadores para esta quinta-feira (10):

  • Banco Central Europeu: Presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de coletiva de imprensa depois da decisão de política monetária (9h30)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego nos EUA (9h30)
  • Estados Unidos: Índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio (9h30)
  • Ex-ministro da Fazenda: Henrique Meirelles, atual secretário da Fazenda de São Paulo, participa de painel em evento do Bradesco BBI (11h)
  • Estados Unidos: Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, testemunha para Câmara dos Representantes (15h)

Compartilhe

SOBE MAIS UM POUQUINHO?

Campos Neto estragou a festa do mercado e mexeu com as apostas para a próxima reunião do Copom. Veja o que os investidores esperam para a Selic agora

15 de setembro de 2022 - 12:41

Os investidores já se preparavam para celebrar o fim do ciclo de ajuste de alta da Selic, mas o presidente do Banco Central parece ter trazido o mercado de volta à realidade

PREVISÕES PARA O COPOM

Um dos maiores especialistas em inflação do país diz que não há motivos para o Banco Central elevar a taxa Selic em setembro; entenda

10 de setembro de 2022 - 16:42

Heron do Carmo, economista e professor da FEA-USP, prevê que o IPCA registrará a terceira deflação consecutiva em setembro

OUTRA FACE

O que acontece com as notas de libras com a imagem de Elizabeth II após a morte da rainha?

9 de setembro de 2022 - 10:51

De acordo com o Banco da Inglaterra (BoE), as cédulas atuais de libras com a imagem de Elizabeth II seguirão tendo valor legal

GREVE ATRASOU PLANEJAMENTO

Banco Central inicia trabalhos de laboratório do real digital; veja quando a criptomoeda brasileira deve estar disponível para uso

8 de setembro de 2022 - 16:28

Essa etapa do processo visa identificar características fundamentais de uma infraestrutura para a moeda digital e deve durar quatro meses

FAZ O PIX GRINGO

Copia mas não faz igual: Por que o BC dos Estados Unidos quer lançar um “Pix americano” e atrelar sistema a uma criptomoeda

30 de agosto de 2022 - 12:08

Apesar do rali do dia, o otimismo com as criptomoedas não deve se estender muito: o cenário macroeconômico continua ruim para o mercado

AMIGO DE CRIPTO

Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto

12 de agosto de 2022 - 12:43

O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”

AGORA VAI!

O real digital vem aí: saiba quando os testes vão começar e quanto tempo vai durar

10 de agosto de 2022 - 19:57

Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair

2 de agosto de 2022 - 5:58

Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas

PRATA E CUPRONÍQUEL

Banco Central lança moedas em comemoração ao do bicentenário da independência; valores podem chegar a R$ 420

26 de julho de 2022 - 16:10

As moedas possuem valor de face de 2 e 5 reais, mas como são itens colecionáveis não têm equivalência com o dinheiro do dia a dia

AGRADANDO A CLIENTELA

Nubank (NUBR33) supera ‘bancões’ e tem um dos menores números de reclamações do ranking do Banco Central; C6 Bank lidera índice de queixas

21 de julho de 2022 - 16:43

O banco digital só perde para a Midway, conta digital da Riachuelo, no índice calculado pelo BC

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar