Debates sobre Orçamento e CPI da pandemia devem dar o tom da bolsa – e hoje é dia de IPCA
Sem maiores desdobramentos do cenário externo sobre o pacote de estímulos de Joe Biden, noticiário doméstico deve prevalecer
O Orçamento 2021 segue como impasse político entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o Congresso Nacional. A peça, que já conta com quase cinco meses de atraso, é considerada impossível de ser executada pela equipe econômica sem a ocorrência de crime de responsabilidade. De acordo com o Secretário do Tesouro, o Executivo não chegará ao final do ano com caixa suficiente para operar e correrá o risco de shutdown.
O presidente ainda conta com outro impasse político: a instauração de uma CPI para apurar possíveis omissões do governo federal durante a pandemia de covid-19. A determinação veio do ministro do STF, Luís Roberto Barroso.
E os dados da inflação também podem azedar ainda mais o dia para o investidor brasileiro. Confira esses e outros destaques para esta sexta-feira (09):
Orçamento 2021
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que o Orçamento não pode ser executado. De acordo com ele, a peça deixaria o executivo em uma “sombra legal”, em referência à possibilidade de crime de responsabilidade por parte do governo federal.
As “pedaladas fiscais” são uma forma de executar o orçamento de estados e municípios, mas abrem o precedente legal de crime de responsabilidade e foi o motivo do impeachment da presidente da República Dilma Rousseff em 2016. O presidente da Câmara, arthur Lira (PP-AL), já afirmou que não pretende abrir o processo em virtude do Orçamento.
Entretanto, a equipe econômica afirma que a peça é “inexequível” (que não pode ser executada) sem vetos do presidente.
Leia Também
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
IPCA
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março deve ser divulgado pelo IBGE às 9h desta sexta-feira. As expectativas do mercado são de avanço entre 0,94% até 1,10% no mês, com mediana de 1,03%. Nas mesmas estimativas, o acumulado do ano deve ficar entre 6,11% e 6,30%, com mediana em 6,20%.
CPI da pandemia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou, nesta quinta-feira (8), que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instaure a chamada “CPI da Covid”, atendendo a pedido dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Ao todo, 31 senadores assinaram o pedido de criação da comissão, quatro a mais que os 27 exigidos pelo regimento da Casa. De acordo com o documento, a CPI deve apurar ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia de covid-19, o agravamento da crise sanitária no Amazonas e a ausência de oxigênio no estado.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos fecharam em baixa na manhã desta sexta-feira. Dados da inflação chinesa acabaram aumentando a tensão dos mercados. Com isso, o gigante asiático deve retirar estímulos financeiros sobre a economia para conter o avanço de preços, mas deve atrasar a retomada econômica após a pandemia de covid-19.
Enquanto isso, as bolsas europeias operam de maneira mista, em mais um dia equilibrando o noticiário na balança: enquanto dados do exterior, como o pacote de estímulos de Joe Biden, dão o tom positivo, os indicadores econômicos locais do velho continente e o temor de novas ondas de coronavírus pesam no lado negativo.
Por fim, o S&P 500 futuro e o Dow Jones futuro apontam para uma abertura no azul, enquanto o Nasdaq futuro inverte o sinal. Isso ocorre porque esse índice é composto por empresas de grande porte e tecnologia, que estão na mira de Joe Biden para o aumento de impostos.
Existe alguma incerteza sobre como esse aumento de impostos irá impactar as empresas, tendo em vista que Biden está disposto a negociar a cláusula de taxação. De acordo com fontes da Casa Branca, o presidente americano desejava um aumento de 21% para 28% para grandes empresas, mas o Congresso americano quer o valor de 25%.
Além disso, parte dos incentivos irão para as áreas de inovação e tecnologia, o que pode amenizar o impacto de uma alta nos impostos.
Agenda do dia
Confira os principais eventos e indicadores econômicos desta sexta-feira (09):
- FGV: IGP-M (prévia) e IPC-S Capitais (8h)
- IBGE: IPCA de março (9h)
- EUA: Departamento de trabalho divulga PPI e Núcleo do PPI (9h30)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de live da XP
- Banco Central: Diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, participa de evento do Goldman Sachs (12h)
- Ministério da Economia: O ministro da Economia Paulo Guedes participa de evento do Bradesco BBI no Brazil Investment Forum (12h)
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
