Por que o dólar segue subindo após a elevação da Selic para 7,75% ao ano?
Pode parecer estranho que o câmbio não responda e siga pressionado após uma alta considerável da Selic, mas existem motivos de sobra para explicar o fenômeno – e a maior parte deles mora em Brasília
Leilões extras de dólares, taxa de juros nas alturas e perspectiva de uma Selic em dois dígitos já nos próximos meses se mostram insuficientes para acalmar o câmbio — um exemplo sinal disso é que a moeda americana apresenta mais um dia de forte alta, mesmo com o mercado digerindo a elevação de 1,5 ponto percentual na taxa de juros anunciada ontem.
A decisão do Copom ainda reverbera no mercado, mas o dólar à vista caminha para encerrar a sessão com alta superior a 1%, na casa dos R$ 5,62. Os juros futuros também seguem disparando.
Pode parecer estranho que o câmbio não responda e siga pressionado após uma alta considerável da Selic, mas existem motivos de sobra para explicar o fenômeno.
Em primeiro lugar, os investidores ainda estão divididos quanto à decisão que levou a taxa Selic para o patamar de 7,25% ao ano. A mediana das projeções indicavam um aumento de 150 pontos base, mas tem quem ache que o Copom poderia ter ido além.
Em seguida, temos o teto de gastos em apuros e a possibilidade cada vez maior de que o governo tenha um cheque em branco para gastar. Na semana passada, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro apareceram juntos para não só confirmar a permanência do ministro da Economia no cargo, mas também para justificar as manobras que abrem espaço para mais gastos do governo — e é aí que mora um dos perigos.
A solução para o teto de gastos segue indefinida já que a PEC ficou para a semana que vem e uma possível prorrogação do auxílio emergencial nunca sai de moda. A questão é que as coisas se embolam e tudo fica ainda mais complicado, incerto e cobrando um prêmio maior dos investidores.
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Bola de neve
Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, é um dos que acreditam que o BC poderia ter feito mais. A razão? Justamente os nossos desafios fiscais. “ Embora eles estejam sinalizando a preocupação com a inflação e também com os riscos fiscais, o mercado pode ver como certa displicência. Com o risco elevado e o aumento aquém do esperado, essas questões acabam sendo absorvidas pelos juros mais longos”.
O fiscal deteriorado faz o mercado pedir por juros mais elevados e o risco impacta o câmbio. Com o dólar mais alto, a inflação promete aterrorizar ainda mais os consumidores.
Para controlar a situação, o Banco Central precisa elevar os juros e, assim, as expectativas nunca são ancoradas, deixando o BC (e o mercado) em uma sinuca de bico, já que juros mais altos podem até segurar a inflação, mas atrapalha o crescimento do país no crítico momento pós-pandemia.
Felipe Guerra, sócio da Messem Investimentos, destaca também que embora o BC tenha já deixado um aumento de 150 pontos base para a próxima reunião, o comunicado não se mostrou tão duro com relação ao regime fiscal do país.
Perdendo a mão?
Para Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, apesar dos riscos serem bem reais, existem alguns movimentos de exagero no mercado.
“Não podemos encarar de forma normal um juros futuro para janeiro de 2023 subindo 7,5%. Essa é uma valorização muito forte e não vejo como normal”. A movimentação de grandes fundos que estão zerando suas posições vendidas a preço de mercado, também pressiona as cotações.
Madruga lembra, no entanto, que as expectativas de juros futuros que hoje pressionam o câmbio são do próprio mercado. “Ontem a resposta do Banco Central foi para o resultado da prévia da inflação, mas temos que ver também se o BC não está cedendo ao próprio mercado”.
A situação está ruim, mas poderia ser pior: em outubro, a entrada de fluxo estrangeiro está positiva em mais de R$ 10 bilhões.
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