Ibovespa acompanha NY e desacelera alta, mas dólar segue em forte queda
O parecer prévio da reforma tributária segue dando fôlego extra para a bolsa brasileira. Lá fora, a temporada de balanços e o Fed ficam em destaque
A quarta-feira (14) começou mais uma vez com dados mais salgados do que o esperado da inflação americana, mas ao contrário do que aconteceu ontem, hoje os investidores parecem ter recebido os números com mais calma, já 'anestesiados' pelo discurso que será feito mais tarde por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.
O índice de inflação ao produtor (PPI) teve uma alta de 1% em junho ante maio. A previsão do mercado era de 0,6%. A fala de Powell nesta tarde na Câmara dos Representantes, antes da divulgação do Livro Bege, voltou a afirmar que os estímulos se manterão até que o país alcance o pleno emprego e as metas de inflação.
O presidente do Fed também reforçou o recado de que a instituição irá avisar com antecedência quando pretende iniciar uma redução na compra de ativos. O aguardado Livro Bege também não trouxe novidades, tendo uma reação tímida por parte do mercado. Com a temporada de balanços aquecida e de olho no futuro da política monetária americana, os índices em Wall Street operam mistos
Com o exterior positivo e uma melhora no cenário político local, a bolsa brasileira aprovou o fôlego extra e bateu a máxima de 129.619 mil pontos pela manhã. No entanto, as bolsas em Nova York perderam força, com as petroleiras acompanhando a queda do petróleo.
O movimento em Wall Street levou o Ibovespa a operar em queda por alguns minutos, mas a repercussão positiva aos ajustes feitos no texto da reforma tributária seguem impulsionando os negócios. Por volta das 16h15, o Ibovespa avançava 0,19%, aos 128.414 pontos. Por aqui, as ações das siderúrgicas recuam e seguram o movimento de alta, após fala do ministro Paulo Guedes incomodar o mercado.
O dólar à vista, que ontem não acompanhou o otimismo da bolsa brasileira, hoje opera em queda acentuada de 1,92%, a R$ 5,0821.
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Para Nicolas Borsoi, economista da Nova Futura Investimentos, as mudanças propostas pelo relator da reforma do imposto de renda melhoraram a 'percepção de Brasil' enquanto no exterior o movimento de depreciação do dólar se amplia com a perspectiva de manutenção dos estímulos monetários e nova injeção de dólares por parte do governo americano.
Depois da alta generalizada no mercado de juros vista ontem - tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos - o dia hoje foi de alívio. Confira:
- Janeiro/22: de 5,83% para 5,77%
- Janeiro/23: de 7,37% para 7,28%
- Janeiro/25: de 8,45% para 8,27%
- Janeiro/27: de 8,87% para 8,68%
Cenário local
O mercado também possui dados domésticos para digerir. Agora pela manhã, o Banco Central divulgou o IBC-Br de maio, considerado a prévia do PIB do BC. O índice recuou 0,43% no período, ficando abaixo da mediana das estimativas dos investidores.
Outro número que ajuda na melhora de cenário é a revisão das projeções macroeconômicas feitas pelo Ministério da Economia. Segundo Marcio Lórega, gerente de research do Pagbank, o aumento da expectativa de crescimento de 3,5% para 5,30% em 2021 ajuda a amenizar o impacto do IBC-Br, mesmo que a projeção para a a inflação também tenha sido revisada para cima.
Reforma repaginada
Depois de dias de amargor, a bolsa volta a ver com bons olhos a proposta de reforma tributária apresentada pelo governo no fim de junho. Ontem, o relator da pauta na Câmara, Celso Sabino, apresentou o seu parecer prévio, que endereçou as principais polêmicas contidas no texto original. As mudanças permitem um apoio maior do setor privado ao andamento da pauta.
Dentre as alterações está a redução do imposto de renda para pessoas jurídicas em 12,5 pontos percentuais (contra 5 p.p da proposta original, com a compensação da arrecadação sendo feita com o fim de diversas isenções fiscais que hoje estão em vigor) e a permanência da isenção dos rendimentos de fundo imobiliários no IR.
Sobe e desce
Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 61,59 | 2,99% |
| JHSF3 | JHSF ON | R$ 7,72 | 2,93% |
| BIDI11 | Banco Inter unit | R$ 79,06 | 2,68% |
| LCAM3 | Locamérica ON | R$ 29,32 | 2,45% |
| SBSP3 | Sabesp ON | R$ 36,98 | 2,18% |
Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 18,52 | -3,14% |
| USIM5 | Usiminas PNA | R$ 19,86 | -3,12% |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 45,90 | -2,92% |
| HYPE3 | Hypera ON | R$ 35,44 | -2,77% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 59,20 | -2,63% |
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