🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DA SEMANA

Juros futuros são os grandes protagonistas da semana e ainda prometem mais emoção; dólar recua 1% e bolsa fica no vermelho

Com Copom duro e a sinalização de uma possível elevação nas taxas de juros nos EUA, os principais contratos de DI dispararam. Na semana, o dólar recuou com o forte fluxo estrangeiro e a bolsa seguiu o ritmo das commodities (mais uma vez)

Jasmine Olga
Jasmine Olga
18 de junho de 2021
19:00 - atualizado às 23:52
Imagem: Andrei Morais

A pipoca estava pronta, o refrigerante no jeito e o público bem posicionado para o mais aguardado lançamento simultâneo dos últimos tempos: as decisões de política monetária dos Bancos Centrais dos Estados Unidos e do Brasil. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora o desfecho fosse previsível nos dois casos, eles vieram carregados de surpresas que deixam os investidores ávidos pela sequência. E, lá fora, nem foi preciso esperar muito por ela. Na Super Quarta, o Federal Reserve manteve a taxa básica de juros na faixa de 0 a 0,25% ao ano e, à primeira vista, reforçou o seu compromisso de manter os estímulos monetários até que a economia atinja o pleno emprego e se recupere plenamente dos efeitos do coronavírus. 

Uma segunda olhada no comunicado e nas projeções dos membros do Fomc para o curto e médio prazo, no entanto, criou um nó na cabeça dos investidores, pois a conta não fecha. As atualizações trimestrais das projeções mostraram que a mediana das estimativas indica uma inflação acima de 3% em 2021, e boa parte dos dirigentes começa a prever uma elevação nos juros já em 2023, confirmando o temor dos mercados. 

O susto foi grande na hora da decisão, mas ontem foi dia de esfriar a cabeça, e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano até voltaram a recuar. Isso até James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, afirmar que será preciso uma mudança na política monetária para que a inflação recue de fato, jogando por terra o alívio que os investidores haviam sentido com o discurso de Jerome Powell - juros futuros voltaram a disparar, o dólar engatou uma alta expressiva e as bolsas globais recuaram. 

Esse cenário de tensão no exterior deve seguir trazendo volatilidade aos negócios, principalmente para os juros futuros. Por aqui, vale lembrar que o Comitê de Política Monetária do Banco Central brasileiro (Copom) de fato elevou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, a 4,25% ao ano, mas mostrou um discurso muito mais duro com relação à sua meta de ancorar as expectativas para a inflação de 2022. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso se refletiu em uma aposta mais ousada de alta na próxima reunião e no fim de 2021, levando os juros futuros a serem os grandes protagonistas da semana, com uma elevação expressiva em todos os vencimentos, impactando também alguns setores específicos da bolsa. Confira o fechamento dos principais contratos de DI:

Leia Também

  • Janeiro/2022: de 5,59% para 5,63%
  • Janeiro/2023: de 7,15% para 7,22%
  • Janeiro/2025: de 8,14% para 8,31%
  • Janeiro/2027: de 8,43% para 8,78%

Nosso repórter Victor Aguiar comentou a alta da Selic e como ela influencia as ações nesse cenário:

Vai chegar lá?

O dólar à vista fechou a semana com um recuo expressivo de 1,05%, mas longe da cotação que faz os olhos de muitos brilharem — abaixo de R$ 5. A moeda americana chegou a tocar esse nível algumas vezes nos últimos dias e até mesmo hoje, na primeira parte do pregão, quando o ingresso de fluxo estrangeiro no país falou mais forte. 

Mas isso foi antes de a fala de Bullard voltar a colocar uma pulga atrás da orelha do mercado. No fim, a divisa acompanhou a alta vista no exterior e o dólar à vista fechou o dia com uma alta de 0,92%, a R$ 5,0687.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caminho paralelo

Na bolsa, além da tensão pela definição dos juros, também tivemos dois movimentos que levaram o Ibovespa a encerrar a semana com um recuo de 0,80% — o desempenho negativo do setor de commodities e os entraves na apreciação da MP da Eletrobras no Senado. 

A sexta-feira, no entanto, inverteu essa tendência. A aprovação da MP puxou as ações da Eletrobras para cima, o anúncio de dividendos bilionários fez a Vale avançar mais de 3%, e o setor de siderurgia teve um bom dia. Com isso, o Ibovespa se afastou do clima negativo visto no exterior e fechou com uma alta de 0,27%, aos 127.595 pontos

Em Wall Street, não teve muito como escapar do vermelho. A tensão em torno da inflação e da futura atuação do Federal Reserve fizeram o VIX, considerado o índice do medo, disparar cerca de 19% no pior momento do dia. O Nasdaq se saiu melhor, com uma queda de 0,92%. Enquanto isso, o Dow Jones e o S&P 500 recuaram 1,58% e 1,31%, respectivamente. 

Um obstáculo vencido

O destaque do dia ficou com a repercussão da aprovação da MP que abre caminho para a privatização da Eletrobras. A pauta foi aprovada ontem, com um placar apertado, e deve voltar para a Câmara nos próximos dias, já que as mudanças feitas no Senado obrigam o texto a ser revisto pelos deputados. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O presidente da Casa, Arthur Lira, prometeu pautar o tema na segunda-feira (21), véspera da data limite para a apreciação do tema. As ações PNB e ON da companhia chegaram a subir mais de 9% pela manhã. Mesmo desacelerando a alta, os papéis acumularam um avanço de 5% no dia. 

Para Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, o avanço da pauta da privatização pode fazer com que outras estatais federais listadas na bolsa destravem valor no futuro. 

Vacina no braço

Um assunto que deve seguir dando o que falar e levando os principais bancos e casas de análise a revisarem as suas projeções de PIB (e inflação) para cima é o andamento da vacinação no país. 

No último fim de semana, notícias positivas empolgaram os investidores locais. O estado de São Paulo anunciou que irá vacinar todos os adultos maiores de 18 anos até a primeira quinzena de setembro. O adiantamento do calendário tem sido promovido por diversos estados, quase que em uma disputa para ver quem garante o fim da pandemia mais cedo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para os analistas, a retomada expressiva e a reabertura econômica intensa vista e precificada no exterior ainda não havia passado pela bolsa brasileira, o que deve dar fôlego para que o principal índice da B3 siga buscando patamares acima dos 130 mil pontos conforme as metas são cumpridas. 

O que pode atrapalhar essa trajetória empolgante é o Ministério da Saúde. Os cronogramas são montados de acordo com a previsão feita pela Pasta. Ainda que o governo de SP tenha afirmado que não estava contando com essas doses, as vacinas da Janssen previstas para chegar na última terça-feira tiveram a entrega adiada e ainda não se sabe quando o país receberá os imunizantes. 

Sobe e desce

A perspectiva de alta da taxa básica de juros e retomada econômica movimentou o setor financeiro ao longo de toda a semana e as companhias do segmento se destacaram entre as maiores altas do período. Além do impulso dado pela revisão de expectativas positivas para os bancos, o Inter também teve forte alta após a divulgação dos detalhes da sua nova oferta de ações. Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
B3SA3B3 ONR$ 17,387,75%
LWSA3Locaweb ONR$ 27,097,67%
ENEV3Eneva ONR$ 17,905,85%
SULA11SulAmérica unitsR$ 35,785,64%
BIDI11Banco Inter unitR$ 67,975,58%

Confirmando que o mar não estava para peixe para as empresas ligadas ao minério de ferro na última semana, as siderúrgicas - e a Bradespar, grande acionista da Vale - ficaram na parte de baixo da tabela. Vale destacar também o desempenho negativo da Braskem, maior alta do Ibovespa no ano, que repercutiu novidades sobre a possibilidade de venda da fatia da antiga Odebrecht na empresa. Confira as maiores quedas da semana:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
GGBR4Gerdau PNR$ 29,08-11,88%
CSNA3CSN ONR$ 41,40-9,01%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 13,66-7,64%
BRAP4Bradespar PNR$ 66,99-5,79%
BRKM5Braskem PNAR$ 54,06-5,65%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar