Ibovespa aprofunda queda e chega a perder os 104 mil pontos; dólar avança cerca de 1%
O índice até esboçou uma recuperação no início da semana, mas, com apenas mais dois pregões restantes, não encontra forças para manter a subida
Os mercados locais pioraram nesta tarde de quarta-feira (29), seguindo um desânimo também visto no exterior. Após o otimismo dos últimos dias com a perspectiva de medidas não tão rígidas contra a pandemia por parte dos governos mundiais, as bolsas globais não encontram fôlego para continuar subindo, uma vez que a variante ômicron do coronavírus continua sendo um risco, ainda que aparentemente menos grave que variantes anteriores.
Assim, depois de as bolsas asiáticas fecharem em queda, as bolsas europeias, que passaram todo o pregão com sinais mistos, também acabaram fechando majoritariamente em baixa. O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais empresas do Velho Continente, fechou com recuo de 0,63%.
Nos Estados Unidos, o ânimo dos investidores também foi diminuindo ao longo do dia. Os principais índices começaram o pregão em leve alta, mas foram, um por um, virando para queda. Há pouco, o Dow Jones subia 0,28%, o S&P 500 conseguia avançar 0,14%, e o Nasdaq caía 0,09%.
O clima de rali de fim de ano foi, pouco a pouco, dando lugar a um cansaço pré-recesso de Réveillon, e os mercados locais seguiram o exterior. A liquidez reduzida desta época não ajuda a manter o fôlego. O Ibovespa, que pela manhã lutou para manter os 105 mil pontos, se firmou em baixa na hora do almoço, e chegou a perder os 104 mil pontos.
Por volta das 16h30, o índice recuava 0,60%, aos 104.239 pontos. Já o dólar à vista, que começou o dia em leve baixa, se firmou em alta e chegou a subir quase 1% no início da tarde. Há pouco, fechou em alta de 0,95%, a R$ 5,6934, flertando novamente com o patamar de R$ 5,70.
Vale lembrar que esse é o penúltimo pregão do ano. Na sexta-feira (31), as bolsas dos Estados Unidos, Europa, os principais mercados da Ásia e a B3, a bolsa brasileira, não abrem.
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Os juros futuros fecharam em alta firme nesta quarta-feira. Confira o desempenho dos principais vencimentos:
- Janeiro/23: de 11,68% para 11,81%;
- Janeiro/25: de 10,592% para 10,69%;
- Janeiro/27: de 10,501% para 10,59%.
Ômicron ameaça rali
A principal ameaça para o rali de final de ano dos mercados é a disseminação da ômicron.
As autoridades mundiais têm optado por medidas de distanciamento social mais brandas, que não parecem ser suficientes para conter o avanço da nova cepa do coronavírus. A França, por exemplo, registrou ontem mais de 179 mil infecções por covid-19, o maior número desde o início da pandemia.
Portugal também renovou o recorde, com 17 mil novas infecções, enquanto a Inglaterra confirmou mais 117 mil casos. Apesar disso, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reiterou que não pretende impor novas restrições antes de 2022.
No Japão, autoridades sanitárias em duas das maiores cidades do país, Tóquio e Osaka, pediram que a população evite aglomerações nas festividades de final de ano.
Já na Espanha e em Xian, na China, os governos regionais foram mais duros: o país europeu decidiu limitar as celebrações pela chegada de 2022, e a cidade chinesa entrou no sétimo dia de lockdown hoje.
Inflação e contas públicas
Com a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vindo abaixo das expectativas em dezembro, os investidores aguardavam ansiosamente para conferir como seria o comportamento do IGP-M, divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O resultado foi uma alta de 0,87% no mês, contra avanço de 0,02%. O índice, mais conhecido como a “inflação do aluguel”, veio um pouco acima da mediana de 0,74% dos especialistas ouvidos pelo Broadcast, mas dentro do intervalo geral para os palpites, que ia até 1,02%.
Com a nova aceleração, o IGP-M terminou 2021 com alta de 17,78%. Apesar de ainda estar elevado, o percentual é menor do que os 23,14% acumulados no ano passado.
Ainda hoje, o Tesouro revela também o resultado fiscal do Governo Central em novembro, com destaque para aquele que pode ser o primeiro superávit primário para o mês nos últimos quatro anos.
Assembleia dos servidores
No cenário político, as discussões sobre o Orçamento, em especial no que diz respeito ao reajuste dos servidores, seguem dominando o noticiário.
Mesmo após o presidente Jair Bolsonaro voltar atrás em seu aceno de um possível aumento de salário aos policiais federais, uma de suas bases eleitorais, as tensões seguem em alta na Receita Federal.
Mais de 730 delegados do órgão entregaram seus cargos em todo o país. A ausência das chefias já é sentida em todas as áreas da Receita, mas afeta especialmente as alfândegas, portos e aeroportos.
Para resolver o impasse, está marcada para hoje uma assembleia conjunta de diversas categorias de servidores públicos. O objetivo da mobilização é decidir os próximos passos da campanha pelo aumento salarial.
Sobe e desce
Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| BPAN4 | Banco Pan PN | R$ 10,65 | +1,14% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 77,57 | +1,00% |
| VIVT3 | Telefônica Brasil ON | R$ 48,42 | +0,92% |
| USIM5 | Usiminas PNA | R$ 14,88 | +0,88% |
| VIIA3 | Via ON | R$ 4,98 | +0,61% |
Confira também as maiores quedas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 13,14 | -7,33% |
| AZUL4 | Azul PN | R$ 24,08 | -6,49% |
| GOLL4 | Gol ON | R$ 16,90 | -5,38% |
| QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 16,06 | -4,52% |
| BIDI11 | Banco Inter unit | R$ 27,72 | -4,41% |
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