🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Ricardo Gozzi
Vai começar de novo

Segredos da bolsa: Trump com covid-19 e treta entre Guedes e Marinho mantêm investidores receosos

Crise entre ministros e saúde de Trump devem garantir aquela volatilidadezinha básica nos mercados financeiros

Ricardo Gozzi
4 de outubro de 2020
20:02 - atualizado às 20:03
Paulo Guedes - Imagem: Wilton Junir/Estadão Conteúdo

Mais de um quarto de século se passou desde o tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira, no hoje longínquo ano de 1994. Não se trata só de um acontecimento de outro século, mas de outro milênio.

Ainda assim, o tempo parece incapaz de apagar uma imagem específica na minha cabeça. E não é a do capitão Dunga xingando sei lá quem enquanto ergue a taça. É a imagem de Galvão Bueno pendurado no pescoço de Pelé berrando: é téééééééétra! É téééééééétra!

Da mesma forma, quando observo um barraco de qualquer espécie, sinto-me incapaz de não imaginar Galvão trocar o erre de lugar e gritar: é trêêêêêêêêêta! É trêêêêêêêêêta!

É um pouco chulo, eu sei, mas é mais forte que eu. Essa imagem me voltou à mente na semana passada, quando rolou a treta entre os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, por causa das fontes de financiamento do programa Renda Cidadã.

Em meio a muito disse-que-disse, a desavença pública entre dois integrantes do alto escalão do governo acentuou ainda a aversão ao risco entre os ativos locais. No acumulado da semana passada, o Ibovespa caiu mais de 3% e o dólar subiu mais de 2% em relação ao real.

Notemos ainda que desde o início do ano, a depreciação do real ante o dólar ultrapassa os 41%. Isto faz da moeda brasileira a maior perdedora dentre as divisas de mais liquidez nos mercados internacionais de câmbio, levando os analistas a revisarem suas projeções de curto e médio prazos.

O teto é de vidro

Não bastasse a lavação de roupa suja entre Marinho e Guedes, no fim de semana o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), resolveu sair em defesa da possibilidade de o governo ‘flexionar instrumentos legais’ devido aos custos do combate à pandemia do novo coronavírus.

Nem é preciso dizer o quanto os investidores ficam contentes com os crescentes sinais de que o governo do presidente Jair Bolsonaro mais cedo ou mais tarde vai acabar voltando atrás de seu compromisso declarado com o teto de gastos e com a disciplina fiscal.

Portanto, cautela e volatilidade devem continuar dando as caras na B3.

E enquanto Brasília, a Amazônia e o Pantanal seguem em chamas e o País é atacado por uma onda de calor escaldante, a agenda de indicadores dá um refresco, mas trará dados importantes em relação à atividade econômica, como os de venda no varejo e inflação ao consumidor.

Veja a seguir quais indicadores devem agitar a semana no Brasil

Segunda-feira: para não perder o hábito, a semana começa com o boletim Focus e as expectativas dos participantes do mercado para o PIB, a taxa Selic, a inflação, a balança comercial, a taxa de câmbio, entre outros assuntos; ao longo do dia, o HSBC divulga seu índice de gerentes de compra referente ao setor de serviços em setembro.

Terça-feira: a Anfavea divulga os números da indústria automobilística em setembro e a CNI dá a conhecer seus indicadores industriais referentes a agosto.

Quarta-feira: o dia começa com os dados do IGP-DI de setembro, divulgados pela FGV; ainda pela manhã, o Banco Central do Brasil (BCB) dá a conhecer a medição da atividade econômica no mês passado contida no IBC-BR; pela tarde, o BCB divulga os números semanais de fluxo cambial.

Quinta-feira: às 9h, o IBGE divulga os dados referentes às vendas no varejo em agosto e à produção agrícola em setembro. às 11h30, o Tesouro promove leilão tradicional de LTN, LTF e NTN-F.

Sexta-feira: a semana de indicadores se encerra com os dados do IPCA em setembro com os investidores de olho no impacto dos preços dos alimentos sobre a inflação oficial.

Trump com covid reacende alerta entre os investidores

Como se não bastassem as motivações locais para a aversão ao risco, os investidores acompanham com atenção as notícias vindas do hospital militar Walter Reed, nos arredores de Washington, onde o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, precisou ser internado na última sexta-feira depois de ser diagnosticado com covid-19.

A notícia vem à tona em um momento no qual a campanha para a presidência dos EUA entra em suas últimas semanas e o candidato democrata Joe Biden amplia sua vantagem sobre Trump nas pesquisas de intenção de voto e comparecimento às urnas.

Na avaliação de Nannette Hechler-Fayd’herbe, diretora de investimento do banco Credit Suisse, o teste positivo de Trump tende a servir como um sinal de alerta para os agentes dos mercados financeiros com relação ao persistente avanço da pandemia. "Se aconteceu com o presidente, pode acontecer com qualquer um, com todo o potencial disruptivo que isso pode ter sobre a atividade econômica", adverte ela.

De acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, a pandemia já deixou mais de 1 milhão de mortos entre quase 35 milhões de infectados pelo mundo, com EUA e Brasil contabilizando juntos mais de um terço dos mortos e quase a mesma proporção de casos confirmados.

Com o presidente e candidato à reeleição fora de combate, as atenções no exterior voltam-se para o debate entre os vices marcado para a noite de quarta-feira: Kamala Harris, a companheira de chapa de Biden, e Mike Pence, que faz dupla com Trump.

Apesar da agenda fraca no exterior esta semana, a terça-feira reserva discursos dos presidentes do Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-amerticano), Jerome Powell, e do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, além dos dados da balança comercial norte-americana.

Na quarta-feira, o Fed divulga a a ata da reunião de política monetária em setembro. Na quinta-feira, será a vez de os BCs da zona do euro (BCE) e da Inglaterra (BoE) divulgarem as atas de suas respectivas reuniões. Na sexta-feira será a vez de a bolsa de valores de Xangai voltar a operar depois de um feriado prolongado.

Compartilhe

Segredos da bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB

12 de setembro de 2022 - 7:57

O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira

FII DO MÊS

Fundo imobiliário que subiu quase 10% em agosto e tem Magalu como inquilino é o mais recomendado para setembro; confira os FIIs favoritos de 10 corretoras

7 de setembro de 2022 - 7:03

O Bresco Logística é o favorito das corretoras desde março deste ano; quem seguiu a recomendação desde então garantiu uma alta de 9,4%

FII do mês

Dupla de FIIs de logística domina lista dos fundos imobiliários mais recomendados para agosto; confira os favoritos de 10 corretoras

8 de agosto de 2022 - 11:01

Os analistas buscaram as oportunidades escondidas em todos os segmentos de FIIs e encontraram na logística os candidatos ideais para quem quer um show de desempenho

FII DO MÊS

Fundos de papel retornam ao topo da preferência dos analistas; veja quais são os FIIs favoritos para julho

6 de julho de 2022 - 7:01

Em meio ao temor de recessão global, as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro voltaram-se novamente para a proteção do papel

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Volta de Nova York encontra bolsas em queda após atividade econômica mais fraca; Ibovespa acompanha pacote de bondades mais ‘recheado’

5 de julho de 2022 - 7:53

Na agenda de indicadores do dia, o IBGE divulga a produção industrial nesta terça-feira

Segredos da Bolsa

Esquenta dos mercados: Sem Nova York hoje, bolsas sentem falta de liquidez antes de dados do emprego nos EUA; Ibovespa acompanha furo do teto de gastos

4 de julho de 2022 - 7:51

Ainda nesta semana, o IBGE divulga os dados de produção industrial de maio e inflação de junho

SEGREDOS DA BOLSA

Bolsas estrangeiras ignoram iminência de calote russo e sobem com expectativa de um Fed menos agressivo

27 de junho de 2022 - 7:01

Otimismo dos investidores é sustentado por expectativa de que aperto monetário do Fed chegará ao fim antes do que se esperava

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Recessão e commodities em queda pressionam as bolsas no exterior antes das falas de Jerome Powell; Ibovespa segue de olho na Petrobras (PETR4) e combustíveis

22 de junho de 2022 - 7:53

Os debates envolvendo a estatal brasileira ganharam um novo capítulo com a entrada do ministro da Economia, Paulo Guedes, e a proposta da “bolsa caminhoneiro”

Segredos da Bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas encaram proximidade da recessão e caem hoje; Ibovespa acompanha possível CPI da Petrobras (PETR4)

20 de junho de 2022 - 7:57

Sem Nova York hoje, os investidores devem sentir a falta de liquidez na sessão desta segunda-feira

Segredos da Bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais derretem na madrugada após inflação dos EUA; Ibovespa segue de olho na Super-Quarta

13 de junho de 2022 - 7:08

Nem as criptomoedas escaparam da maré vermelha e o bitcoin é negociado abaixo dos US$ 25 mil

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar