Segredos da bolsa: Investidores buscam resposta para uma pergunta que vale milhões – ou mesmo bilhões
Terão os mercados de ações ficado caros demais ou trata-se apenas de uma realização de lucros pontual antes de tudo voltar em breve ao novo normal?

Setembro começou sem deixar nada a dever a agosto em termos de fortes emoções nos mercados financeiros globais. Os ativos de risco viveram uma semana de intensa volatilidade antes desta pausa para o feriado em São Paulo e Nova York.
Depois de muitos altos e baixos em agosto, o Ibovespa até chegou ao fim da sexta-feira apontando para cima, mas deixou 0,88% pelo caminho ao término da primeira semana de setembro. Já o dólar registrou uma queda de 2% em relação ao real na semana passada.
Tudo parecia ir bem até a quinta-feira, quando o intenso rali das ações de tecnologia acabou abruptamente colocado em xeque a partir de seu epicentro, o índice Nasdaq.
Depois de bater recorde atrás de recorde de fechamento, o Nasdaq passou por uma queda vertiginosa na quinta-feira e seguiu caindo no pregão seguinte.
No Brasil, a maior parte do impacto deste questionamento acabou absorvida pelas empresas do setor de comércio eletrônico.
Vamos à pergunta
Afinal, terão os mercados de ações ficado caros demais ou trata-se apenas de uma realização de lucros pontual antes de tudo voltar em breve ao novo normal?
Leia Também
Eis a pergunta de muitos milhões – ou bilhões – da moeda que melhor estiver representada na sua carteira.
E é desta resposta – ou de caminhos que levem a ela – que os investidores estarão atrás nesta semana encurtada pelos feriados de 7 de Setembro no Brasil e do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.
A maioria dos analistas acredita, pelo menos neste primeiro momento, em uma realização de lucros derivada de um rali nas ações de tecnologia que vinha chamando a atenção desde o início da pandemia, mas que intensificou-se nas últimas semanas.
O movimento brusco ocorrido em Nova York veio acompanhado de temores relacionados com o ritmo da retomada da economia passado o impacto mais acentuado da pandemia.
O fato é que os mercados globais de ações recuperaram terreno rapidamente nos últimos meses diante da expectativa de uma vacina para o novo coronavírus, mas os investidores agora questionam a justificativa para preços tão elevados em muitos papéis enquanto a pandemia segue avançando pelo mundo.
Ninguém descarta um possível ajuste nos preços desses ativos, ainda que nenhuma questão estrutural tenha sido identificada até o momento.
IPCA e varejo garantem novos dados sobre atividade econômica
Neste sentido, enquanto novos indicadores devem trazer luz no decorrer da semana sobre o ritmo da retomada no Brasil, na China, nos Estados Unidos e na zona do euro, os estímulos econômicos e financeiros tendem a manter os mercados com liquidez abundante ainda por um bom tempo.
Os levantamentos produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) dominam a semana de indicadores locais, mas não brilham sozinhos.
Os investidores estarão em busca de sinais, mesmo que modestos, de recuperação da atividade econômica. Os destaques ficam por conta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, e dos números sobre as vendas no varejo.
Veja quais são os indicadores que devem agitar a semana no Brasil
Terça-feira: Como de costume, mesmo quando encurtada, a semana começa com o boletim Focus e a atualização semanal dos dados da balança comercial. Antes tudo isso, porém, a FGV divulga o IGP-DI de agosto, seus dados semanais de inflação e os indicadores mensais sobre o mercado de trabalho no Brasil.
Quarta-feira: O dia começa com o IBGE divulgando os números do IPCA em agosto. Pela tarde, o Banco Central divulga os números semanais de fluxo cambial.
Quinta-feira: O IBGE divulga às 9h os números sobre as vendas no varejo em julho e a produção agrícola em agosto. Às 11h30, o Tesouro realiza leilão tradicional de LTN, LTF e NTN-F.
Sexta-feira: A semana se encerra com os dados da sondagem mensal do IBGE sobre o setor de serviços.
Investidores atentos ao BCE
A agenda de eventos e indicadores econômicos desta semana no exterior traz os índices de preços ao produtor e ao consumidor na China e nos Estados Unidos.
O grande, destaque, porém, é a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), cuja decisão é esperada para a manhã de quinta-feira.
Os analistas estão atentos a como o BCE agirá depois de o Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-americano) ter mudado importantes parâmetros para a condução de sua política monetária, abrindo a porta para que as medidas de estímulo vigentes permaneçam em cena por ainda mais tempo do que já se projetava.
Veja a seguir os principais indicadores previstos para esta semana no exterior.
Terça-feira: O dia começa com as informações sobre o desemprego zona do euro. Durante a tarde, o Fed divulga os dados sobre o crédito aos consumidores norte-americanos em julho. À noite, o governo chinês informa os números de inflação ao consumidor e ao produtor em agosto.
Quarta-feira: Em dia de poucos destaques, os Estados Unidos divulgam dados sobre pedidos de hipotecas e geração de empregos.
Quinta-feira: Logo cedo, o BCE anuncia sua decisão de política monetária em meio à expectativa de manutenção das medidas de estímulo. Nos Estados Unidos, as atenções estarão voltadas para o índice de preços ao produtor em agosto.
Sexta-feira: Logo cedo, o governo alemão divulga os números harmonizados da inflação em agosto. Ainda pela manhã, será a vez de os EUA informaram o índice de preços ao consumidor no mês passado. Na parte da tarde, o Departamento do Tesouro norte-americano dá publicidade ao resultado fiscal do governo em agosto.
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação