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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Antes que a barragem se rompa

Comportas de Wall Street se abrem e arrastam Ibovespa; dólar cai com enfraquecimento generalizado

Virada em Nova York colocou a reforma administrativa em segundo plano, mas o tema tende a pautar o noticiário político pelos próximos meses

Ricardo Gozzi
3 de setembro de 2020
18:01 - atualizado às 18:19

Um dia agitado como hoje nos mercados financeiros globais exige uma trilha sonora à altura. E a música apropriada para embalar um fechamento como o observado nesta quinta-feira é 'When the Levee Breaks', tradicional tema do blues norte-americano tornado clássico na interpretação do Led Zeppelin. Afinal, em tempos de liquidez abundante nos mercados financeiros, há momentos em que é melhor abrir as comportas do que permitir que a barragem se rompa.

O Ibovespa foi literalmente levado de arrasto pela forte queda registrada em Nova York nesta quinta-feira. Também pesou sobre a bolsa brasileira o recuo acentuado das ações da Vale - as de mais peso dentre todos os componentes do índice.

O movimento brusco ocorrido em Nova York sucedeu um rali que parecia interminável, mas cujo fim veio acompanhado de temores relacionados com o ritmo da retomada da economia passado o impacto mais acentuado da pandemia.

No decorrer das últimas semanas, dois dos três principais índices da bolsa norte-americana - o Nasdaq e o S&P-500 - renovaram recorde atrás de recorde de fechamento, impulsionados principalmente pelo setor de tecnologia em meio a advertências de que os papéis poderiam ter ficado caros demais.

O Dow Jones não chegou a renovar recordes, mas havia recuperado recentemente as perdas derivadas do primeiro impacto da pandemia do novo coronavírus sobre os mercados financeiros internacionais.

O fato é que os mercados globais de ações recuperaram terreno rapidamente nos últimos meses diante da expectativa de uma vacina para o novo coronavírus, mas os investidores começam agora a questionar a justificativa para preços tão elevados em muitos papéis enquanto a pandemia segue avançando pelo mundo.

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Com isso, o Dow Jones caiu 2,78%, o S&P-500 recuou 3,51% e o Nasdaq deixou 4,96% pelo caminho. Por aqui, o Ibovespa encerrou em queda de 1,17%, aos 100.5721,36 pontos.

A crônica de uma cautela anunciada

A queda registrada hoje no Ibovespa deu sequência a uma cautela que já se anunciava no pré-mercado. “Incerteza e indecisão são duas palavras que o mercado não gosta”, observou Enrico Cozzolino, analista de ações do banco Daycoval.

No começo da sessão, uma abertura positivamente discreta logo deu lugar à continuidade da realização de lucros observada na sessão de ontem.

A divulgação dos primeiros detalhes da proposta do governo para a reforma administrativa até fez a bolsa brasileira voltar a subir ainda na primeira hora de pregão, mas o forte recuo dos índices em Wall Street acabou arrastando a bolsa brasileira, que chegou a perder provisoriamente o piso dos 100 mil pontos.

No cenário local, as ações da Vale puxaram o Ibovespa para baixo. Também pesaram os papéis da B2W, da Magalu e da Via Varejo, impactados hoje pela correlação deles com a Nasdaq.

Bancos impediram recuo maior

O que impediu um recuo ainda maior da bolsa hoje foi o setor bancário. Mais cedo, o Bank of America (BofA) elevou sua recomendação para as ações dos bancos brasileiros. "Vemos este setor como negligenciado demais", escreveu o estrategista David Beker em um relatório

Na avaliação de Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, as ações dos bancos estavam realmente muito descontadas. "Haviam caído muito desde o início da pandemia com questões como provisões e discussões sobre taxação maior e limites à cobrança de juros”, explicou ele.

Cozzolino concorda que as ações dos bancos não estão caras. No entanto, “os múltiplos voltaram a ficar caros e não há avanços que justifiquem pagar mais por bolsa, seja em termos da pandemia ou de política local”, prossegue ele.

Olhando em retrospectiva, Cozzolino aponta que muitos ativos voltaram a ficar caros quando o Ibovespa passou dos 100 mil pontos na recuperação que se seguiu à queda ocorrida no início da pandemia. “Essa volatilidade vista ao longo do último mês nos diz que não existe um consenso.”

Confira a seguir maiores altas e as maiores quedas do dia entre os componentes do Ibovespa.

MAIORES ALTAS

  • Hering ON (HGTX) +4,15%
  • Bradesco PN (BBDC4) +3,93%
  • Bradesco ON (BBDC3) +3,83%
  • Azul PN (AZUL4) +3,67%
  • Santander Unit (SANB11) +3,38%

MAIORES BAIXAS

  • B2W Digital ON (BTOW3) -7,57%
  • Via Varejo ON (VVAR3) -6,89%
  • Totvs ON (TOTS3) -5,80%
  • Magalu ON (MGLU3) -5,36%
  • Lojas Americanas PN (LAME4) -5,22%

Dólar e juro

O dólar voltou a fechar em queda nesta quinta-feira, refletindo a desvalorização generalizada da moeda norte-americana.

O mercado de câmbio abriu oscilando próximo da estabilidade reagindo aos dados da produção industrial brasileira em julho e à apresentação dos detalhes da reforma administrativa.

Entretanto, a moeda norte-americana não demorou a firmar-se em queda ante o real em meio a um movimento de realização dos ganhos acumulados recentemente.

A depreciação generalizada do dólar nos mercados internacionais levou a moeda a encerrar o dia em queda de 1,15%, cotada a R$ 5,2960.

Já os contratos de juros futuros acompanharam as oscilações do dólar desde a abertura e também fecharam em queda.

Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:

  • Janeiro/2022: de 2,830% para 2,790%;
  • Janeiro/2023: de 4,010% para 3,960%;
  • Janeiro/2025: de 5,820% para 5,760%;
  • Janeiro/2027: de 6,790% para 6,720%.

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