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Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.
o que vem por aí

Os segredos da bolsa: PIB do Brasil ganha holofotes após rali de novembro

PIB do 3º trimestre pode aumentar ainda mais a euforia dos investidores vista em novembro ou frear os ânimos

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
30 de novembro de 2020
5:15 - atualizado às 8:34
pib 2020
Imagem: Shutterstock

Que mês que vai chegando ao fim, leitor. O Ibovespa ganhou 18 mil pontos em novembro, passando de 93 mil para 111 mil, retornou aos maiores níveis vistos imediatamente antes da pandemia de coronavírus e quase zerou as perdas em 2020.

O bom desempenho aconteceu em meio ao processo eleitoral em todo o país, que só terminou no domingo (29), com o segundo turno de 57 cidades. Entre os destaques, Bruno Covas (PSDB) foi reeleito em São Paulo e Eduardo Paes (DEM) derrotou o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio de Janeiro.

Na bolsa, novembro foi o mês das empresas de valor. Blue chips, companhias mais consolidadas, com geração estável de receitas e elevado rendimento de dividendos, como Petrobras, bancos e Vale, foram as protagonistas desse movimento vigoroso de aproximadamente 20% de alta do principal índice acionário da B3.

Papéis também da economia tradicional e os mais penalizados pela covid-19, como Azul PN, Gol PN e CVC ON, foram os grandes destaques percentuais do Ibovespa no período. A Julia Wiltgen e eu falamos do assunto aqui, na tradicional live de sexta-feira do Seu Dinheiro.

O índice se aproveitou principalmente de um grande fluxo de ingresso de recursos estrangeiros amplamente disseminado entre diversos mercados emergentes.

Após a eleição americana, os investidores "se lembraram" dos ativos de risco desses países, desvalorizados frente às ações americanas, por exemplo — para isso, basta reter a informação de que as bolsas americanas estão renovando máximas históricas nas últimas sessões, e o Ibovespa ainda procura voltar ao patamar em que estava no início do ano.

Nesta semana, como na passada, um dado de PIB fica nos holofotes do mercado. Desta vez, no entanto, não é o PIB dos Estados Unidos, como ocorreu na semana passada, mas, sim, o PIB brasileiro relativo ao terceiro trimestre.

Mas é claro que a questão fiscal continuará a mexer com o seu dinheiro — ninguém quer ver mais atritos públicos entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Preste atenção também ao noticiário local no que se refere ao avanços de reformas estruturais, como a tributária. O deputado Baleia Rossi, autor da proposta que tramita na Câmara dos Deputados, disse na semana passada que um acordo com o governo para votar o projeto está próximo.

No exterior, indicações concretas sobre a viabilidade de um pacote de estímulos nos Estados Unidos prosseguem no radar, bem como o andamento das vacinas contra a covid-19 e o aumento do número de casos da doença no exterior.

Nesta segunda-feira (30), as bolsas globais estão em posição mais defensiva. Ainda que a economia chinesa tenha dado novos sinais de recuperação, hoje os investidores focam em novo episódio de tensão com os Estados Unidos

Os EUA estudam incluir mais empresas chinesas, como a fabricante de chips SMIC e a produtora de petróleo CNOOC, na lista de entidades, limitando o acesso a investidores americanos.

A tensão no campo comercial e a realização de parte dos lucros recentes levaram as bolsas asiáticas a fecharem em queda durante a madrugada. Nesta manhã, as principais praças europeias operam mistas, também repercutindo o avanço do coronavírus. Em Wall Street, os índices futuros estão no vermelho.

PIB no radar

A atividade econômica no terceiro trimestre rouba a atenção dos investidores. O PIB do terceiro trimestre será divulgado na quinta (3).

É um dado fundamental porque indica a recuperação da economia do país após o período mais sensível no que se refere aos impactos do coronavírus.

Este "baque" foi mais pronunciado no segundo trimestre, uma vez que abrangeu as medidas de isolamento social e de restrição de circulação.

O PIB do segundo trimestre, em função da covid-19, indicou forte queda na comparação trimestral (-9,7%) tanto como anual (11,9%).

Um dado decepcionante sem dúvida vai pesar sobre o humor atualmente implacavelmente positivo dos investidores. Um dado positivo pode embalar o índice e fazê-lo revisitar patamares ainda maiores.

Confira a agenda local:

  • Segunda-feira (30)
    • Resultado do Setor Público Consolidado de outubro
  • Terça-feira (1)
    • Balança Comercial de novembro
    • IPC-S de novembro
  • Quarta-feira (2)
    • IPC-Fipe de novembro
    • Produção Industrial de outubro
  • Quinta-feira (3)
    • PIB do terceiro trimestre

Desemprego americano em foco

No exterior, o principal indicador refere-se ao mercado de trabalho dos Estados Unidos, com a divulgação da taxa de desemprego.

Na semana que passou, o número de pedidos de seguro-desemprego demonstrou que a recuperação do mercado de trabalho no país ainda é lenta, com os níveis de atividade ainda abaixo dos vistos antes da pandemia, conforme alertou o Federal Reserve.

Os pedidos de auxílio-desemprego subiram 30 mil na semana retrasada nos EUA, para 778 mil solicitações — bem acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam 733 mil solicitações.

Enquanto isso, o total de pedidos da semana anterior foi ligeiramente revisado para cima, de 742 mil para 748 mil.

O índice de gerente de compras (PMI, da sigla em inglês) de manufatura dos EUA e na China também ficam sob escrutínio dos agentes financeiros, além do dado de vendas pendentes de moradias no país americano. Veja abaixo a agenda externa:

  • Domingo (29)
    • PMI de manufatura da China (22h)
  • Segunda-feira (30)
    • Vendas de casas pendentes de outubro (12h)
  • Terça-feira (1)
    • PMI de manufatura da Grã-Bretanha (6h30)
    • Inflação da Zona do Euro (7h)
  • Quinta-feira (3)
    • Pedidos de seguro-desemprego dos EUA (10h30)
  • Sexta-feira (4)
    • Taxa de desemprego dos EUA (10h30)

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