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Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.
o que será a próxima semana

Segredos da bolsa: Ibovespa pode voltar ao topo em semana de último Copom do ano

Agenda traz decisão de política monetária na Europa, além de núcleo da inflação nos EUA. Bolsa persegue retorno à máxima de 119.593 pontos

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
6 de dezembro de 2020
20:00 - atualizado às 9:25
Imagem: Shutterstock

O Ibovespa está vendo o topo muito de perto e tem — quem diria! — chances reais de retomá-lo, desde que mantenha o seu forte ritmo de alta — na última semana, avançou 3%. Dependendo do quão acelerado estiver, a reconquista do cume pode vir até já nesta semana.

O principal índice acionário da bolsa brasileira se aproximou dos 114 mil na sexta-feira (4) e está na iminência de zerar as perdas percentuais de 2020 — ano no qual ainda cai 1,64%. Só nas últimas cinco sessões, ganhou aproximadamente 5 mil pontos.

Levando isso em conta, certamente o retorno à máxima histórica, de 119.593 pontos, alcançada em 24 de janeiro de 2020, parece tão somente uma questão de tempo.

O que aconteceu para o índice andar assim você já está careca de saber: vacinas, vacinas e vacinas, com a novidade de que o Reino Unido aprovou o uso emergencial do imunizante da Pfizer.

Além disso, claro, não se esqueça da definição da eleição americana, fatores que atraíram estrangeiros à B3 e fizeram os investidores globais mais propensos a tomar riscos — para isso, vide os fechamentos de sexta-feira de S&P 500, Dow Jones e Nasdaq, que renovaram máximas históricas.

"A gente andou com o cenário externo mais favorável ao risco, e a questão fiscal por aqui ficou um pouco de lado nos últimos tempos", diz Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos.

De fato, o risco de descontrole das contas públicas do país, amplamente "precificado", como dizem os profissionais de mercado, no dólar e na curva de juros futuros, tem ficado de lado em sessões recentes.

E isto se deve, em parte, a uma euforia geral pelo advento de um imunizante, com a atração de investidores para ativos baratos como os brasileiros, mas também tem a ver com o próprio cenário local.

Recentemente, houve ligeiras evoluções favoráveis à tomada de risco: a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que não estenderá o auxílio emergencial foi uma delas.

Outra, a de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias enfim será votada em 16 de dezembro, o que impede que o governo fique com os gastos paralisados a contar de 1º de janeiro.

Estas notícias do front fiscal com certeza continuarão a mexer com o Ibovespa nos próximos dias (e, consequentemente, com o seu dinheiro), embora elas pareçam secundárias em meio à espiral positiva de que se apropriaram os mercados recentemente.

Para esta semana, o grande destaque além dos desenvolvimentos de vacinas e questão fiscal ou avanço de reformas é o Copom, que mostrará até que ponto o Banco Central se preocupa com a inflação mais pressionada no curto prazo.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para apimentar as coisas, será divulgado um dia antes da reunião do comitê.

Lá fora, temos uma "cópia" da agenda daqui, com o foco voltado para a política monetária da Zona do Euro e para a inflação dos Estados Unidos.

Mercados hoje

Embora o salto de 21,1% nas exportações chinesas seja sinal de boas notícias, novas tensões entre as duas maiores economias do mundo minam o humor dos investidores nesta manhã de segunda-feira.

Segundo informações da mídia local, os Estados Unidos planejam impor novas sanções a mais integrantes do Partido Comunista chinês. O avanço do coronavírus em todo o mundo também é motivo de preocupação.

Neste cenário, as bolsas asiáticas fecharam mistas durante a madrugada. Os índices futuros em Wall Street recuam e as principais praças europeias também aparecem no vermelho, também repercutindo a falta de acordo entre União Europeia e Reino Unido em torno do Brexit.

"Copom" meio cheio ou meio vazio?

O Comitê de Política Monetária tem mantido a sua orientação para o futuro da política monetária brasileira de forma muito firme: sustenta que não há aceleração de preços no curto prazo que não seja fruto de choques temporários, nem vê um aumento das expectativas para a inflação.

Mais importante, o Banco Central reconhece que o regime fiscal ainda não mudou, ou seja, que o teto de gastos continua mantido. Entretanto, em sua última ata, apontou que não é só o risco fiscal o que determina a manutenção do forward guidance, a orientação segundo a qual o BC manterá parada a Selic em 2% ao ano: são necessárias também reformas e responsabilidade fiscal.

O IPCA no dia anterior ao Copom sem dúvida é um fator que eleva o interesse na reunião. Como reagirá o BC em um caso de aceleração ainda maior dos preços: endurecerá o tom ou o manterá intacto?

Dados de atividade também temperam a visão de investidores sobre a recuperação da atividade econômica do Brasil, depois que o PIB do terceiro trimestre decepcionou as expectativas. Varejo e volume de serviços relativos já a um mês do quarto trimestre ficam no radar.

Confira a agenda da semana que vem:

  • Segunda-feira (7)
    • IGP-DI de novembro
  • Terça-feira (8)
    • IPCA de novembro
    • IPC-S da 1ª quadrissemana de dezembro
  • Quarta-feira (9)
    • Decisão do Copom (18h)
    • IGP-M (1ª prévia de dezembro)
    • IPC-Fipe (1ª prévia de dezembro)
  • Quinta-feira (10)
    • Varejo ampliado e restrito de outubro
  • Sexta-feira (11)
    • Volume de serviços de outubro

Mais política monetária e inflação

Na Europa, com a agenda corporativa definitivamente esvaziada, as atenções são exclusivamente para o andamento da economia e, mais especificamente, também para a política monetária.

O Banco Central Europeu (BCE) decidirá na quinta-feira (10) pela manhã o futuro da sua taxa básica de juros. Atualmente, a taxa de referência, a de depósitos, está em -0,5%.

Mas o que deve mesmo vir dessa reunião e tem o potencial de guiar os negócios é a disposição do BCE de aumentar a compra de títulos a fim de prover mais estímulos à economia.

Em novembro, o Banco da Inglaterra anunciou a elevação da compra de títulos, sendo o primeiro grande banco central europeu a tomar uma medida do tipo em meio a lockdowns no continente.

Além disso, a agenda ainda traz o núcleo da inflação (isto é, a inflação sem os preços de alimentos e energia, desconsiderados por serem mais voláteis do que de outros bens e serviços) dos Estados Unidos no mês de novembro, para além do dado de seguro-desemprego semanal.

Confira a agenda:

  • Quinta-feira (10)
    • Decisão de política monetária do BCE (9h45)
    • Pedidos de seguro-desemprego dos EUA (10h30)
    • Núcleo da inflação de novembro dos EUA (10h30)

* Colaboração Jasmine Olga

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