Mesmo com veto a reajuste de servidor, economia continuará caindo, diz Bolsonaro
Possibilidade de reajuste para algumas categorias de servidores consta do projeto de lei de socorro aos Estados e municípios aprovado pelo Congresso
O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta terça-feira, 12, que, mesmo com veto ao reajuste salarial de servidores "a economia vai continuar caindo". "Se vetar, não adianta nada que nós estamos pretendendo fazer, a economia vai continuar caindo", disse. A possibilidade de reajuste para algumas categorias de servidores consta do projeto de lei de socorro aos Estados e municípios aprovado pelo Congresso e que aguarda sanção do presidente.
O comentário do presidente foi feito para um grupo de pessoas aprovadas em concurso público de 2018 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que estavam em frente ao Palácio da Alvorada na manhã desta terça.
O grupo queria pedir ao presidente o acréscimo de 600 aprovados no concurso, mas o presidente antes de entender o pedido se adiantou e falou do veto, já que a PRF faz parte das categorias poupadas do congelamento salarial previsto no projeto de lei. "A lei como está, o projeto como está, não tem como deixar (de fora do congelamento salarial alguma categoria), é um artigo só, trata de um montão de coisa, tá certo?", comentou. "Se vetar, não adianta nada que nós estamos pretendendo fazer, a economia vai continuar caindo, e sancionar fica a dúvida de vocês, tá ok", disse aos concursados.
Uma portaria assinada por Bolsonaro em julho do ano passado já autorizou a nomeação de mais 500 aprovados no concurso para além dos que estavam previstos originalmente no edital da prova.
Bolsonaro chamou o ministro da Economia, que ouviu o argumento do grupo. "Regra tem exceção né, presidente", disse Paulo Guedes, em resposta aos concursados, sem deixar claro ao que se referia.
No entanto, o ministro é um dos maiores defensores do enxugamento de gastos no funcionalismo público. A proposta inicial do governo federal previa impacto de R$ 130 bilhões com a medida. Após as votações na Câmara e no Senado, a economia esperada com o congelamento caiu a R$ 43 bilhões para União, Estados e municípios.
Leia Também
Como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o projeto de socorro aos Estados e municípios foi aprovado pelo Parlamento com o aval de Bolsonaro para beneficiar o funcionalismo, principalmente da área de segurança. Guedes, contudo, tem orientado pelo o congelamento de salários até dezembro de 2021 como contrapartida ao auxílio de R$ 125 bilhões.
Na semana passada, Bolsonaro mudou de postura e fez promessas públicas, ao lado de Guedes, para vetar a lista de categorias que ficariam de fora do congelamento de salários. Para cumprir com a promessa, o presidente terá de rejeitar o aumento para todas as categorias, pois as flexibilizações estão todas redigidas em um único parágrafo do artigo 8º do projeto.
No texto, ficam livres do congelamento servidores da área de saúde, como médicos e enfermeiros, policiais militares, bombeiros, guardas municipais, policiais federais, policiais rodoviários federais, trabalhadores de limpeza urbana, de assistência social, agentes socioeducativos, técnicos e peritos criminais, professores da rede pública federal, estadual e municipal, além de integrantes das Forças Armadas.
O grupo de apoiadores alegou que o acréscimo de 600 aprovados já tem previsão na Lei Orçamentária Anual, aprovada no Congresso. Em resposta, o presidente disse que poderia assinar um decreto sobre o assunto para atender ao pedido do grupo.
Na conversa com os populares, o presidente voltou a repetir ainda que o enfrentamento a pandemia do novo coronavírus deve ter dois focos, a doença e o desemprego. "Eu estou vendo notícias no jornal agora, eu vejo meio de diagonal, que a economia, estamos voltando o País da fome. Tem que tratar a questão o vírus juntamente com o desemprego. São dois problemas vírus e desemprego."
Checklist do Enem: o que levar, o que deixar em casa e o que só vai te dar dor de cabeça
Documento de identidade e caneta esferográfica preta são itens obrigatórios, e há itens de vestuário que são proibidos
“Valores conservadores são o tema das eleições. Não é economia. Não são valores liberais. Conservadores tomaram tudo”, diz Paulo Guedes
Ex-ministro da Economia acredita que o mundo vive um novo momento de desordem em que os conservadores estão à frente das mudanças
Lula confirma que irá disputar as eleições em 2026: “vou completar 80 anos, mas tenho a mesma energia de quando tinha 30”
Em visita à Indonésia, Lula confirmou que pretende disputar um quarto mandato; pesquisas mostram o petista na liderança das intenções de voto
Brasileiros não apoiam exploração de petróleo na Foz do Amazonas, diz pesquisa — e afirmam que Lula deve proibir perfuração
Levantamento feito pelo Datafolha pressiona governo por definição clara antes da COP30, enquanto Petrobras aguarda liberação do Ibama
Barroso anuncia aposentadoria e vai deixar cargo de ministro do STF
Com a decisão, Barroso encerrará um ciclo de 12 anos no STF
Eleições 2026: Lula mantém liderança em todos os cenários de 2º turno, e 76% querem que Bolsonaro apoie outro candidato, diz pesquisa
Levantamento Genial/Quaest indica resistência à nova candidatura do presidente, enquanto eleitorado bolsonarista se divide sobre o futuro político do ex-presidente
Derrota para o governo: Câmara arquiva MP 1.303 e livra investimentos de aumento de imposto de renda — bets também saem ilesas
Deputados retiraram a votação do texto da pauta e, com isso, a medida provisória perde a validade nesta quarta-feira (8)
Pesquisa Genial/Quaest mostra popularidade de Lula no maior patamar do ano após crise com EUA
Aprovação sobe a 48%, impulsionada por percepção positiva da postura do governo diante de tarifas impostas por Trump
Imposto de renda sobre CDB, Tesouro Direto, JCP e fundos ficará em 18% após avaliação por comissão do Congresso Nacional
Medida provisória 1.303/25 é aprovada por comissão mista do Congresso e agora segue para ser votada nos plenários da Câmara e do Senado
Lula e Trump finalmente se falam: troca de afagos, pedidos e a promessa de um encontro; entenda o que está em jogo
Telefonema de 30 minutos nesta segunda-feira (6) é o primeiro contato direto entre os líderes depois do tarifaço e aumenta expectativa sobre negociações
Lula e Trump: a “química excelente” que pode mudar a relação entre o Brasil e os EUA
Alexandre Pires, professor de relações internacionais e economia do Ibmec, analisa os efeitos políticos e econômicos de um possível encontro entre os dois presidentes
Com Tarcísio de Freitas cotado para a corrida presidencial, uma outra figura surge na disputa pelo governo de SP
Cenário nacional dificulta a nomeação de candidatos para as eleições de 2026, com impasse de Bolsonaro ainda no radar
Comissão do Senado se antecipa e aprova projeto de isenção de IR até R$ 5 mil; texto agora depende dos deputados
Proposta de isenção de IR aprovada não é a do governo Lula, mas também cria imposto mínimo para altas rendas, programa de renegociação de dívidas e prevê compensação a estados e municípios
Senado vota regulamentação dos novos impostos sobre consumo, IBS e CBS, nesta quarta-feira (24)
Proposta define regras para o novo comitê gestor do IBS e da CBS, tributos que vão substituir impostos atuais a partir de 2027
O que Lula vai dizer na ONU? Soberania e um recado sutil a Trump estão no radar
A expectativa é que o discurso seja calibrado para o público global, evitando foco excessivo em disputas políticas internas
Câncer de Bolsonaro: o que é o carcinoma de pele encontrado em duas lesões removidas
Ex-presidente recebeu alta após internação por queda de pressão, vômitos e tontura; quadro exige acompanhamento médico periódico
LCI e LCA correm o risco de terem rendimentos tributados, mas debêntures incentivadas sairão ilesas após negociações no Congresso
Relator da MP que muda a tributação dos investimentos diz que ainda está em fase de negociação com líderes partidários
“Careca do INSS”: quem é o empresário preso pela PF por esquema que desviou bilhões
Empresário é apontado como “epicentro” de fraudes que desviaram bilhões de aposentadorias
STF condena Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão; saiba quais opções restam ao ex-presidente
Placar final foi 4 a 1 para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado
Aprovação de Lula sobe para 33% e chega ao maior nível desde dezembro de 2024, diz Datafolha
O índice de reprovação do petista ainda é um dos maiores entre presidentes desde a redemocratização a esta altura do mandato, mas, na comparação direta, Bolsonaro sai perdendo