🔴 É HOJE, ÀS 12H: COMPRAR OU VENDER VALE3? ASSISTA AO VIVO

Estadão Conteúdo
dias de glória

Congresso mantém vetos de Bolsonaro no orçamento

Os trechos do projeto que haviam sido rejeitados por Bolsonaro foram mantidos com 398 votos na Câmara e apenas dois contrários. As emendas ao Orçamento são tradicionalmente usadas por parlamentares para destinar recursos a seus redutos eleitorais.

Estadão Conteúdo
5 de março de 2020
8:14 - atualizado às 21:47
Imagem: Isac Nóbrega/PR

Sob pressão de manifestações previstas para o próximo dia 15, o Congresso fez um acordo com o Palácio do Planalto e manteve vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei do Orçamento, que entregaria ao Legislativo o controle sobre R$ 30,1 bilhões de recursos públicos.

Mesmo assim, após duas semanas de impasse, deputados e senadores saíram ganhando no jogo, pois conseguiram permanecer com uma fatia considerável desse dinheiro.

O relator do Orçamento impositivo, deputado Domingos Neto (PSD-CE), terá o poder de determinar o destino de R$ 19 bilhões em emendas. O valor inclui uma reserva de R$ 1,5 bilhão. Os trechos do projeto que haviam sido rejeitados por Bolsonaro foram mantidos com 398 votos na Câmara e apenas dois contrários. Diante desse resultado, o Senado nem precisou votar.

As emendas ao Orçamento são tradicionalmente usadas por parlamentares para destinar recursos a seus redutos eleitorais e ficam ainda mais importantes em um ano eleitoral como este, pois em outubro haverá disputas para as prefeituras.

No Planalto houve o reconhecimento de que a manutenção dos vetos não representou uma vitória do governo, já que, para não se ver sem apoio a futuros projetos, como as reformas tributária e administrativa, Bolsonaro aceitou ceder e dividir o montante de R$ 30,1 bilhões.

Mesmo assim, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos - responsável pela articulação política com o Congresso - publicou mensagem no Twitter comemorando o resultado. "O placar de 398 a demonstrou que o Executivo e o Legislativo estão em sintonia para desenvolver o Brasil", escreveu o ministro.

Decorativo

Na outra ponta, a deputada Bruna Furlan (PSDB-SP), uma das que votaram pela derrubada do veto, atacou o governo. "Não sou oposição, mas acho que, pela falta de respeito do presidente com os parlamentares, a imprensa e chefes de outros Poderes, quanto mais decorativo ele for, melhor", disse ela.

Seu colega Rogério Correia (PT-MG) foi o outro parlamentar que se posicionou contra. "O governo Bolsonaro é ilusionista, quer fazer mágica. Além disso, quer fazer os remanejamentos no Orçamento e jogar a culpa dos seus fracassos no Congresso", protestou.

Ainda na sessão desta quarta-feira, 4, o Congresso rejeitou vetos do presidente a outros itens do projeto e proibiu o governo de bloquear recursos em seis áreas. Esse capítulo, no entanto, também fazia parte do acordo com o Planalto. Com isso, repartições como a Embrapa e o IBGE ficarão livres do corte de verbas ao longo do ano.

As negociações pelo dinheiro do Orçamento foram marcadas por muita tensão nos últimos dias. O clima piorou depois que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno Ribeiro, acusou o Congresso de fazer "chantagem" com o governo.

Bolsonaro também compartilhou um vídeo por WhatsApp chamando para atos em defesa do governo, no dia 15. O sinal dado pelo presidente incentivou seus apoiadores a reforçar nas redes a convocação de manifestações contra o Congresso.

A votação de ontem, porém, ainda não encerrou as discussões sobre a divisão dos recursos. O governo encaminhou três projetos com novas regras para execução orçamentária.

Em conversas reservadas, auxiliares de Bolsonaro admitem que as propostas fazem parte de um acordo que vinha sendo alinhavado desde o mês passado. Mas, diante da crise provocada pelas declarações de Heleno, já não era possível anunciar o acerto sem contrariar o bolsonarismo nas redes. As propostas deverão ser votadas na próxima semana.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o conteúdo dos projetos apresentados pelo governo está "alinhado" com a agenda do Congresso. "O que defendemos desde a primeira reunião com a equipe econômica é muito próximo ao que está colocado", afirmou Maia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo.

Compartilhe

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas estrangeiras iniciam semana no azul, mas ruídos políticos locais seguem causando interferência

18 de julho de 2022 - 6:32

Bolsas sobem lá fora com expectativa de bons resultados trimestrais; no Brasil, partidos se preparam para convenções

VITÓRIA PARA O GOVERNO

Câmara aprova ‘PEC Kamikaze’ em 2º turno após manobras de Lira e uma visita da Polícia Federal; veja os próximos passos da proposta

13 de julho de 2022 - 19:07

O deputado prometeu que quem faltasse na votação ganharia uma falta administrativa e lançou mão de outras manobras para garantir o quórum

LDO 2023

Caiu e passou: Congresso aprova Lei das Diretrizes Orçamentárias sem emendas impositivas de relator; texto vai à sanção presidencial

12 de julho de 2022 - 17:28

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) retirou do texto a execução obrigatória das emendas de relator, identificadas como RP 9

ACERTO DE CONTAS

Com teto do ICMS em 17% sobre energia e combustíveis, Câmara propõe compensar arrecadação dos estados; entenda se será suficiente

25 de maio de 2022 - 7:21

A proposta acontece em meio a embates do governo federal contra os estados pela arrecadação do ICMS

Privatização à vista?

Novo ministro de Minas e Energia quer privatizar a Petrobras (PETR4), mas presidente do Senado afirma que as negociações não estão na mesa

12 de maio de 2022 - 14:06

Pacheco avaliou que a desestatização da empresa não é uma solução de curto prazo para o problema da alta dos combustíveis

FOCO NO CENTRO

Com Lula ou Bolsonaro na Presidência, o próximo Congresso será de centro-direita e reformista, diz Arthur Lira

10 de maio de 2022 - 15:04

Em evento em Nova York, presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país

ATÉ 2023

Alívio no bolso vem aí? Conheça a PEC que pode zerar impostos sobre combustíveis e gás

3 de fevereiro de 2022 - 20:42

A matéria dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros

RAIO-X DO ORÇAMENTO

Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana

22 de janeiro de 2022 - 14:45

Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)

PEC DOS COMBUSTÍVEIS

Tesouro pode perder até R$ 240 bilhões com PEC dos Combustíveis e inflação pode ir para 1% — mas gasolina ficará só R$ 0,20 mais barata; confira análise

22 de janeiro de 2022 - 10:58

Se todos os estados aderirem à desoneração, a perda seria de cifras bilionárias aos cofres públicos, de acordo com a XP Investimentos

DE OLHO NAS DÍVIDAS JUDICIAIS

Além do furo no teto: como a PEC dos precatórios afeta os credores, mas abre uma grande oportunidade de investimento

20 de janeiro de 2022 - 7:03

Com a regra fiscal ameaçada, o motivo inicial para a criação da emenda acabou sendo relegado a segundo plano, mas seus desdobramentos podem beneficiar os investimentos alternativos

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar