Berkshire se desfez de todas as ações de aéreas, diz Warren Buffett
Portfólio da empresa administrada pelo bilionário incluía papéis da American, Southwest, United e Delta Airlines; companhia teve prejuízo no trimestre

O bilionário Warren Buffett disse que a Berkshire Hathaway, conglomerado que ele administra, vendeu todas as ações das grandes companhias aéreas nos Estados Unidos. O portfólio da empresa incluía papéis da American, Southwest, United e Delta Airlines.
"Não sei se os americanos mudaram ou mudarão de hábitos por causa do período prolongado [de quarentena]", disse. "Mas acredito que certos setores - e, infelizmente, entre eles o aéreo - serão realmente prejudicados por um 'shutdown'", disse, em encontro anual da Berkshire Hathaway neste sábado (2).
O evento tem transmissão ao vivo pela internet e participação de poucas pessoas no local, incluindo a imprensa norte-americana. Um repórter perguntou se a Berkshire Hathaway havia vendido ações de todas as companhias do setor e o bilionário disse que sim. "Quando vendemos algo, na maioria das vezes é toda nossa participação. Não cortamos posições", afirmou.
Para o Buffett, não está claro por quanto tempo as empresas do setor vão ter de sustentar bilhões de dólares em perdas operacionais por causa da baixa demanda. O bilionário disse ainda que a venda de US$ 6,1 bilhões em ações em abril é reflexo, em grande parte, da saída da Berkshire das quatro grandes companhias aéreas americanas.
Neste sábado, a Berkshire Hathaway divulgou prejuízo de US$ 49,7 bilhões no primeiro trimestre. No mesmo período de 2019, a companhia havia informado um lucro de US$ 21,6 bilhões. A posição de caixa é de cerca de US$ 137,3 bilhões, diz a empresa — um aumento de cerca de US$ 10 bilhões em relação ao fim de 2019.
Crise do setor
As companhias aéreas estão entre as primeiras que sentiram o baque da crise do novo coronavírus, com a queda imediata da demanda causada pela restrições de circulação de pessoas em todo o mundo.
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Segundo a consultoria Bain & Company, o setor deve sofrer impactos negativos em sua cadeia pelo menos até o fim de 2023. A queda na demanda global por voos deve atingir 70% em junho e ficar entre 40% e 55% neste ano, diz o estudo.
Para a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), o recuo será de 55% na receita com passageiros. O CEO da Iata, Alexandre de Juniac, disse em teleconferência no último dia 28 que "a indústria aérea está desesperada por recursos".
O setor aéreo brasileiro tem a promessa de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - estimado na ordem de R$ 3 bilhões para cada companhia. Mas as negociações por ora estão travadas.
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