Para tentar sacramentar a compra da Linx (LINX3), a Stone apresentou na quarta-feira (28) duas mudanças a sua proposta: aumentou em R$ 0,50 por ação a parcela em dinheiro a ser paga pelas ações da empresa de tecnologia para o varejo e renunciou à multa compensatória de R$ 112,5 milhões caso o acordo não seja aprovado integralmente.
Com o aumento, a Stone pretende pagar R$ 32,06 em dinheiro, mais 0,0126774 ação Classe A, que permanece inalterada. A medida elevou a parcela em dinheiro em R$ 89,5 milhões. A última proposta Stone totalizava R$ 6,3 bilhões.
A Stone também renunciou à multa, a pedido dos conselheiros independentes da Linx. A cobrança foi criticada pela B3, que criticou impor uma punição sobre a manifestação de manter ou não a companhia listada no Novo Mercado “é prejudicial à plena manifestação de vontade do acionista”.
Importante ressaltar que a Stone só abriu mão da multa prevista no caso de os acionistas rejeitarem a sua oferta. Mas manteve a cobrança de R$ 450 milhões prevista no caso de a Linx aceitar uma proposta concorrente. Lembrando que esse pode ser o caso se os acionistas preferirem fechar negócio com a Totvs.
Em carta à Linx, a operadora de máquinas de cartões disse que o objetivo é "afastar controvérsias que poderiam atrapalhar o bom funcionamento da assembleia geral extraordinária da Linx".
Diante destas mudanças, o conselho de administração da Linx autorizou ontem que a diretoria aceitasse os novos termos e votou por manter sua manifestação favorável à operação com a Stone.
A Linx convocou para 17 de novembro a assembleia de acionistas que discutirá a proposta da Stone. A Totvs permanece na briga. Ela convocou uma assembleia de acionistas para aprovar o protocolo e justificação de incorporação da Linx. A reunião foi marcada 27 de novembro.