Petrobras perde mais de R$ 125 bilhões em valor na bolsa com tombo do petróleo
Estatal perdeu 36% de valor na bolsa com guerra de preços do petróleo entre a Rússia e os países da Opep liderados pela Arábia Saudita
A ação da Petrobras é a principal vítima na bolsa brasileira da guerra de preços do petróleo entre a Rússia e os países da Opep liderados pela Arábia Saudita.
Em reação à forte queda das cotações internacionais da commodity, os papéis da estatal registraram a maior baixa entre as empresas que compõem o Ibovespa nesta segunda-feira (9).
As ações preferenciais (PETR4) despencaram impressionantes 28,95%, a R$ 16,22, enquanto os papéis ordinários (PETR3) desabaram 28,60%, a R$ 17,18. Leia aqui nossa cobertura completa de mercados nesta segunda-feira.
Na sexta-feira, as ações já haviam caído aproximadamente 10%, diante da falta de acordo sobre a reação dos países produtores de petróleo ao surto do coronavírus.
Com isso, a estatal acumulou uma perda de 36,8% do valor de mercado em apenas dois pregões — o que representa pouco mais de R$ 125 bilhões.
Leia também:
- Manhã de pânico: crise do petróleo faz Ibovespa cair mais de 10% e acionar o circuit breaker
- Juros de TODOS os títulos americanos caem abaixo de 1% pela primeira vez na história
- Mercado vai encontrar ponto de equilíbrio, diz presidente da B3
- [Premium] Os segredos da bolsa: ações para ficar de olho em meio ao caos dos mercados
Os investidores reagiram ao impasse entre os principais países produtores na produção de petróleo. A Opep buscava cortar a produção em reação à desaceleração da economia global com o surto do coronavírus, mas a Rússia se opôs a um acordo. Em um movimento surpreendente, a Arábia Saudita decidiu então aumentar sua produção.
Em comentário para clientes, os analistas do BTG Pactual afirmaram que não esperam que esse movimento seja sustentável. "Tudo se resume a quanto tempo essa forte crise pode durar."
O banco decidiu não revisar as estimativas para a Petrobras, mas forneceu alguns cenários para o comportamento das ações dependendo das cotações do dólar e do petróleo.
No cenário-base do BTG, de preços médios do barril a US$ 57,50 e câmbio a R$ 4,25, os papéis da estatal estão sendo negociadas abaixo de cinco vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
"Mas reconhecemos que o risco agora está claramente inclinado para o lado negativo", escreveram os analistas.
No momento em que o BTG divulgou o comentário, o petróleo era negociado a US$ 36 o barril. Nesse valor, os papéis eram negociados a 9,2 vezes o Ebitda projetado para a Petrobras, o que é "muito mais do que esperamos que os investidores paguem".
Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta
Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos
Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23
O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed
Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB
As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional
Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17
O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.
Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo
Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Leia Também
Mais lidas
-
1
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
2
Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; 'bancão' americano aumentou participação na varejista
-
3
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha