Os grandões vêm aí: Petrobras e Vale divulgam os resultados; veja o que esperar
Semana será marcada pela apresentação dos resultados de algumas das principais companhias da B3
No mundo do boxe, as disputas dos peso pesados são geralmente as mais aguardadas pelos fãs. As lutas de Mike Tyson, Evander Holyfield e Muhammad Ali foram capazes de atrair a atenção inclusive daqueles que não acompanham a “nobre arte”, marcando seus nomes para sempre na cultura popular.
A atração destas lutas talvez esteja justamente na força que esses lutadores têm. Um soco de um peso pesado “apaga” alguém em segundos. E quando um deles é atingido em cheio, a queda é impressionante.
Quando os peso pesados da bolsa divulgam seus resultados, ocorre algo muito parecido. Se a Petrobras tem um resultado muito bom, ela é capaz de puxar sozinha o Ibovespa para cima. Mas quando ela é nocauteada, o índice inteiro sente.
Esta semana será marcada pela apresentação dos resultados das principais companhias da B3. Além da petroleira, estão previstas as demonstrações financeiras de Vale e Ambev do terceiro trimestre. Os resultados de Santander e Bradesco também estão programados para esta semana – veja o que esperar nesta matéria do Vinicius Pinheiro.
Confira as expectativas do mercado para os principais nomes desta semana e o calendário completo de divulgação. Até o fim do período de divulgação, você pode acompanhar os principais resultados e saber o que esperar dos números das empresas do Ibovespa com a equipe do Seu Dinheiro.
Fique de olho, para não ser nocauteado.
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Segunda-feira (26)
- Klabin – antes da abertura
Terça-feira (27)
- Santander (SANB11) – antes da abertura
- Cielo (CIEL3) – após o fechamento
- Raia Drogasil (RADL3) – após o fechamento
Quarta-feira (28)
- Pão de Açúcar (PCAR3) – após o fechamento
- Gerdau (GGBR4) – antes da abertura
- Multiplan (MULT3) – após o fechamento
- Vale (VALE3) – após o fechamento
- Bradesco (BBDC4) – após o fechamento
- Petrobras (PETR4) – após o fechamento
Quinta-feira (29)
- Ambev (ABEV3) – antes da abertura
- B2W (BROW3) – após o fechamento
- Fleury (FLRY3) – após o fechamento
- Lojas Americanas (LAME4) – após o fechamento
- Usiminas (USMI5) – antes da abertura
- Suzano (SUZB3) – após o fechamento
Petrobras – se recuperando
O balanço da Petrobras sempre é um evento aguardado pelo mercado, dado seu peso na bolsa.
A expectativa é de uma recuperação em relação ao segundo trimestre, diante da melhora do cenário macroeconômico e o bom desempenho operacional visto no terceiro trimestre, mas a linha final do balanço ainda deve ser negativa, por conta da depreciação do câmbio.
Dados divulgados em 20 de outubro mostram que ela produziu 2,952 milhões de boe/d de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) no terceiro trimestre deste ano. Esse volume representa uma alta de 5,4% ante o trimestre anterior e de 2,6% ante igual período do ano anterior.
O resultado fez com que ela projetasse que a produção média ficará acima dos 2,7 milhões de boe/d estabelecido como meta para 2020. E isto sem produzir estoques em excesso.
“Ajudada pela melhora da tendência operacional, os resultados [do terceiro trimestre] devem vir maiores, comparados com o desempenho muito fraco do segundo trimestre, quando a produção, as vendas de combustíveis e os preços foram duramente afetados pela covid-19 e o enfraquecimento da economia”, diz trecho do relatório do Bank of America (BofA).
A Petrobras divulga seu resultado na quarta-feira (28), após o fechamento do mercado. Confira as estimativas do mercado, segundo os dados da Bloomberg.
Projeções para o resultado:
- Prejuízo líquido: R$ 4,150 bilhões
- Ebitda: R$ 16,520 bilhões
- Receita líquida: R$ 56,315 bilhões
Vale – ainda melhor
A quarta-feira (28) será o dia mais movimentado da temporada de balanços do terceiro trimestre. Além da Petrobras, a Vale também programou para divulgar os resultados após o fechamento do mercado.
A mineradora fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de US$ 995 milhões, revertendo o prejuízo apurado no mesmo período de 2019, quando a companhia estava sofrendo as consequências financeiras oriundas do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
No terceiro trimestre, a Vale se beneficiou da valorização do preço do minério de ferro. As cotações estão em alta principalmente por causa da alta demanda da China, além de restrições na oferta, provocada pela pandemia. Mesmo assim, a receita pode apresentar uma leve contração em base trimestral, porque o volume de vendas no terceiro trimestre foi considerado baixo.
Segundo o Goldman Sachs, o total de 74 milhões de toneladas de minério de ferro comercializadas ficou 17% abaixo do que se esperava. “Nós esperamos um Ebitda de US$ 6,6 bilhões, alta de 67% na comparação trimestral, mas vemos alguns riscos significativos para nossas estimativas por conta do menor volume de vendas de minério de ferro”, diz trecho de relatório do banco americano.
A Vale divulga seu resultado na quarta-feira (28), após o fechamento do mercado. Confira as estimativas do mercado, segundo os dados da Bloomberg.
Projeções para o resultado:
- Lucro líquido: US$ 1,394 bilhão
- Ebitda: US$ 3,524 bilhões
- Receita: US$ 7,466 bilhões
B2W – vencedor
Se tem uma empresa que conseguiu atravessar tranquilamente a pandemia é a B2W.
Enquanto outras companhias, inclusive do segmento de varejo, tiveram que interromper suas operações por conta do novo coronavírus, ela aproveitou o crescimento na quantidade de brasileiros utilizando o e-commerce para fazer compras.
A B2W teve o melhor trimestre da história no período de abril a junho, com crescimento de 65% da receita líquida, para R$ 2,4 bilhões. As vendas totais, que incluem ainda os números de produtos comercializados em seu marketplace (“shopping virtual”) subiram 72%, para R$ 6,7 bilhões.
Para a XP Investimentos, a B2W deve manter um patamar elevado de vendas no terceiro trimestre, com um crescimento de 54% das vendas totais, abaixo da alta de 72,2% vista no segundo trimestre. “Esperamos um resultado positivo, com a empresa mantendo um forte ritmo de vendas totais (GMV) no trimestre, apesar de levemente abaixo do segundo trimestre”, diz a corretora em relatório.
A B2W divulga seu resultado na quinta-feira (29), após o fechamento do mercado. Confira as estimativas do mercado, segundo os dados da Bloomberg.
Projeções para o resultado:
- Prejuízo líquido: R$ 59 milhões
- Ebitda: R$ 170 milhões
- Receita: R$ 2,184 bilhões
Ambev – dias melhores
Os dias difíceis da Ambev parecem estar ficando para trás. O segundo trimestre foi o período mais complicado que a empresa enfrentou em sua história, segundo disse o presidente da companhia, Jean Jereissati Neto, em teleconferência com analistas.
O lucro líquido caiu 51,3% entre abril e junho, para R$ 1,2 bilhão, por conta dos efeitos da pandemia. O fechamento de bares e restaurantes diminuiu as vendas em 4,3%, para R$ 11,6 bilhões.
Com a retomada das atividades, além de ajustes em sua estratégia de negócios, com a aposta em aplicativo de entrega de bebidas em casa, o volume de vendas deve crescer no terceiro trimestre. O Goldman Sachs calcula uma alta de 8%. “Esperamos que esta seja a notícia mais positiva dos resultados do terceiro trimestre, apoiando a visão de que os consumidores brasileiros mantiveram o consumo de cerveja e o portfólio da Ambev voltou a crescer”, diz trecho do relatório.
Os analistas do banco afirmam que, se concretizada, será a primeira alta em um terceiro trimestre em cinco anos. Mas eles ressalvam que este resultado pode ter sido obtido às custas do reajuste de preços, além da maior venda de produtos mais baratos, ao invés de cervejas premium. Eles recomendam ficar de olho na margem bruta da Ambev, que pode recuar em relação ao terceiro trimestre de 2019.
Outro fator que pode favorecer o resultado consolidado da Ambev é a desvalorização do real ante o dólar, aumentando os resultados obtidos no Canadá, onde a performance foi boa.
A Ambev divulga seu resultado na quinta-feira (29), antes da abertura do mercado. Confira as estimativas do mercado, segundo os dados da Bloomberg.
Projeções para o resultado:
- Lucro líquido: R$ 1,343 bilhão
- Ebitda: R$ 3,379 bilhões
- Receita: R$ 10,508 bilhões
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