🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Mercado imobiliário

Lucro da Cyrela cai 42% no 1º tri, para R$ 28 milhões; receita e geração de caixa também recuam

Desvalorização das ações da Tecnisa e da Cyrela Commercial Properties pesaram no resultado; construtora também teve problemas com repasses do Minha Casa Minha Vida

Prédio em construção CURY CURY3 MRV Cyrela Tenda EZTec Even Direcional MRVE3 construtoras bank of america ações Tenda TEND3 fundo imobiliário Trisul
Imagem: Shutterstock

A Cyrela registrou lucro líquido (atribuído aos controladores) de apenas R$ 28 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 81,3% ante os R$ 149 milhões registrados no quarto trimestre de 2019 e de 42,3% frente a cifra de R$ 48 milhões do primeiro tri do ano passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O lucro por ação da companhia ficou em 7 centavos, diante de 39 centavos no trimestre anterior e 13 centavos no primeiro trimestre de 2020.

Segundo a Cyrela, o resultado contou com impactos positivos referentes à participação da companhia no resultado da construtora Cury, voltada para o segmento Minha Casa Minha Vida (R$ 4 milhões); e a uma operação realizada com o plano de aposentadorias do Canadá (CPPIB, na sigla em inglês) (R$ 33 milhões).

No lado negativo, porém, pesaram as perdas com a desvalorização das ações da Tecnisa (R$ 9 milhões) e da Cyrela Commercial Properties (R$ 21 milhões); além de R$ 31 milhões em contingências judiciais, sendo R$ 11 milhões em despesas gerais e administrativas, e R$ 20 milhões em provisões.

No primeiro trimestre do ano, as ações da Tecnisa (TCSA3) desvalorizaram 60%, enquanto das da Cyrela Commercial Properties (CCPR3) caíram 46%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A margem líquida da Cyrela foi de 3,7% no trimestre, menor que os 5,9% do mesmo período do ano passado e os 12,1% do quarto tri de 2019. O ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) no trimestre foi de 7,9%.

Leia Também

Resultados operacionais

Os lançamentos da Cyrela no primeiro trimestre de 2020 totalizaram R$ 1,644 bilhão, alta de 200,8% na comparação anual. O segmento Minha Casa Minha Vida representou a maior parte desse Valor Geral de Vendas (VGV), com R$ 1,045 bilhão em lançamentos.

As vendas totalizaram R$ 1,357 bilhão, alta de 29,9% na comparação anual. As vendas de estoque, no trimestre, representaram 54% do volume total. Já a velocidade de vendas foi de 53,4%, em linha com os trimestres anteriores.

Os estoques totalizaram, em valor de mercado, R$ 6,088 bilhões, alta de 3,9% ante o trimestre anterior. O estoque pronto corresponde a R$ 1,735 desse total, uma queda de 3,8% em comparação ao último trimestre de 2019.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Queda na receita líquida

A receita líquida total da companhia somou R$ 765 milhões no primeiro trimestre de 2020, montante 7,4% inferior aos R$ 826 milhões obtidos no mesmo período do ano passado e 38% a menos do que a receita de R$ 1,233 bilhão do trimestre anterior.

A queda, diz a empresa, pode ser explicada pelo menor volume de reconhecimentos de lançamentos e menor POC médio de vendas, principalmente devido ao menor volume de vendas de estoque pronto no período.

O POC (Percentage of Completion) é um indicador de evolução financeira da obra, que mede o seu andamento em termos de custos incorridos em relação ao total de custos orçados.

Os custos dos bens e serviços prestados, por sua vez, também diminuíram. O custo total no trimestre foi de R$ 504 milhões, 12,7% inferior ao mesmo período de 2019 (R$ 577 milhões) e 40,6% menor que no trimestre passado (R$ 848 milhões).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O lucro bruto operacional totalizou, assim, R$ 261 milhões, 32,2% a menos do que no quarto trimestre de 2019, quando totalizou R$ 385 milhões, mas 4,8% a mais do que os R$ 249 milhões reportados no primeiro tri de 2019.

A margem bruta viu melhora no trimestre, subindo para 34,1%, contra 31,2% no trimestre anterior e 30,1% no primeiro trimestre de 2019.

“A melhora na margem bruta da Cyrela se deu, principalmente, pela maior contribuição da usinagem no resultado consolidado da Companhia, que tipicamente possui margens acima da média”, diz o release de resultados da construtora.

Geração de caixa é impactada pelo MCMV

A geração de caixa da Cyrela foi de apenas R$ 13 milhões no trimestre, 94,7% menor que os R$ 245 milhões do trimestre anterior e 91,4% inferior aos R$ 150 milhões do primeiro trimestre do ano passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a companhia, essa grande redução se deu principalmente pela instabilidade, no período, nos repasses de vendas do Programa Minha Casa Minha Vida, decorrente da paralisação nos aportes de recursos da União nos subsídios aos clientes, além de um menor volume de vendas de estoque pronto no período.

Endividamento

Finalmente, o endividamento da companhia permaneceu mais ou menos estável. A dívida bruta totalizou R$ 2,511 bilhões, um pouco menos do que os R$ 2,514 bilhões do trimestre anterior, e a dívida líquida totalizou R$ 839 milhões.

Com isso, a alavancagem da companhia (dívida líquida/PL) ficou em 16,1%, ligeiramente menor que os 16,4% do trimestre anterior. No primeiro trimestre de 2019, a alavancagem era de 12%.

Impactos do coronavírus

Apesar de a Cyrela não ter atribuído nenhum aspecto negativo dos seus resultados à crise do coronavírus, a administração da construtora se pronunciou a respeito dos seus impactos na economia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Entendemos que estamos diante de um cenário ainda bastante incerto, e em função disso reforçamos o conservadorismo que sempre marca a nossa atuação. Por outro lado, estamos atentos às eventuais oportunidades que crises podem trazer, e temos confiança na resiliência do setor imobiliário residencial mesmo em cenários mais desafiadores”, diz o release de resultados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VISÃO OTIMISTA

Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA

29 de dezembro de 2025 - 15:02

Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33

FINANCIAMENTO APROVADO

CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão

29 de dezembro de 2025 - 13:49

Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense

PODE ISSO, JUIZ?

De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?

29 de dezembro de 2025 - 13:11

Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo

REESTRUTURAÇÃO

Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição

29 de dezembro de 2025 - 11:03

Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas

RETROSPECTIVA FINANCEIRA

O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025

29 de dezembro de 2025 - 6:16

Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva

O ANO DA VIRADA (DE NOVO)

A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa

28 de dezembro de 2025 - 17:56

Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar

ROTA DE LONGO PRAZO

Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas

28 de dezembro de 2025 - 15:34

O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores

APÓS A POLÊMICA LIQUIDAÇÃO

O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira

28 de dezembro de 2025 - 9:41

A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo

GALPÕES LOGÍSTICOS

Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar

27 de dezembro de 2025 - 15:34

De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez

E NEM É PREVISÃO DOS ASTROS

Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet 

27 de dezembro de 2025 - 14:29

Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001

PÉ NO FREIO

Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor

27 de dezembro de 2025 - 13:33

A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões

INDEPENDÊNCIA OU...

Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master 

27 de dezembro de 2025 - 12:59

Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”

ATENÇÃO, ACIONISTAS!

CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano

27 de dezembro de 2025 - 12:16

Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025

RESPIRO EXTRA

STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto

27 de dezembro de 2025 - 10:34

O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário

CONSTRUINDO O FUTURO

BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes

26 de dezembro de 2025 - 19:44

Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região

FUNDO IMOBILIÁRIO

FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra

26 de dezembro de 2025 - 19:21

Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência

BATEU O MARTELO

OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta

26 de dezembro de 2025 - 17:33

Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história

PREGÃO TURBULENTO

Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares

26 de dezembro de 2025 - 16:46

Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação

EXCLUSIVO

Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares

26 de dezembro de 2025 - 16:01

Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group

NOVELA CORPORATIVA

IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3

26 de dezembro de 2025 - 14:00

A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar