Itaú descarta vender participação na XP
Mesmo entre farpas e ofensas após uma campanha expor a relação, o banco estaria satisfeito com o investimento na XP, diz uma fonte
A arena em que se transformou a relação da XP com o seu maior acionista, o Itaú Unibanco, deu sinais de trégua. Enquanto a corretora espera que a "confusão" seja uma página virada, o banco, maior em ativos da América Latina, segue firme na sua posição e não pretende vender suas ações - nem parte delas, adquiridas em 2016, apurou o Broadcast sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Mesmo entre farpas e ofensas após uma campanha expor a relação, o Itaú estaria satisfeito com o investimento na XP, diz uma fonte próxima ao banco. Reconhecido por seu talento em selar bons negócios, a corretora foi sua 27.ª aquisição e a maior da gestão de Candido Bracher, que no fim deste ano atinge idade limite para chefiar a instituição.
Desde que o banco entrou para a sociedade, o valor de mercado da XP saltou de R$ 12 bilhões para mais de R$ 130 bilhões, após ter listado suas ações no mercado americano.
Embora o fundador e CEO da XP, Guilherme Benchimol, tenha recomendado que o Itaú se desfaça de sua participação, caso não esteja satisfeito com o negócio, não parece estar nos planos do Itaú desinvestir da "concorrente" no curto prazo. "Em nenhum momento, passou pela cabeça vender a participação na XP, que permite ao banco estar em um mercado em crescimento. Isso não quer dizer que, enquanto concorrentes, não haverá competição", diz um executivo, próximo ao Itaú, na condição de anonimato.
Nos bastidores, o banco tem afirmado que reconhece o "talento" da liderança da XP, mas que "modelos perfeitos" envelhecem e que o potencial de um negócio está na sua capacidade de se transformar. E essa ainda seria sua visão em relação à corretora.
O Itaú adquiriu 49,9% da XP em 2016, após o Banco Central ter barrado a aquisição do controle da maior corretora do País. Com a abertura de capital na Nasdaq, que recebe as empresas de tecnologia ao redor do globo, em dezembro de 2019, sua fatia foi diluída para 46,05%, e o banco embolsou cerca de R$ 2 bilhões com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O Itaú ainda tem a possibilidade de uma única aquisição adicional em 2022, que, se aprovada pelos órgãos reguladores, poderia empurrar sua fatia para até 62,4%.
Leia Também
Comercial de TV
A briga pública com a XP na semana passada levantou, porém, questionamentos sobre uma possível intenção do Itaú de deixar o capital da XP. Em campanha para evidenciar a plataforma de investimentos do seu banco de alta renda, o Personnalité, o banco explorou a forma de remuneração dos assessores de investimentos. Sem citar a concorrente, sinalizou que exatamente o que fez a corretora chegar até aqui pode não ser mais garantia de seu sucesso no futuro: os agentes autônomos.
A propaganda, veiculada em horário nobre na TV, incomodou a XP, que partiu para o contra-ataque para defender seu modelo. Dentre as ações, distribuiu cinco mil coletes, item de moda indispensável na Avenida Faria Lima, reduto financeiro de São Paulo, para clientes que fizessem transferências eletrônicas (TED) do banco para a corretora. Em troca, bateu o recorde diário de mais de 20 mil transferências e R$ 150 milhões que deixaram o Itaú com destino à XP.
A despeito das farpas trocadas com a XP, o Itaú deve manter a campanha da plataforma de investimentos do Personnalité no ar, com a veiculação de novos filmes nos próximos dias. Procurados, nem Itaú Unibanco nem XP voltaram a fazer comentários sobre o tema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação