🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM JUNHO – CONFIRA +30 RECOMENDAÇÕES PARA ESTE MÊS – ASSISTA AGORA

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Entrevista exclusiva

Do imóvel on-line aos móveis da casa, MRV quer criar ‘ecossistema de moradia’

Enquanto setores como turismo devem levar mais tempo para se recuperar, a indústria da construção civil sai como uma das fortalecidas da crise, afirma Rafael Menin, presidente da MRV

Vinícius PinheiroJulia Wiltgen
19 de junho de 2020
5:30 - atualizado às 19:58
Rafael Menin
Rafael Menin, copresidente da MRV - Imagem: Divulgação

Logo no começo da crise do coronavírus, a MRV se uniu ao grupo que criou o movimento Não Demita, iniciativa que mobilizou mais de 4 mil empresas que se comprometeram a preservar os empregos durante a fase mais crítica do isolamento social.

O que o copresidente da construtora e incorporadora mineira, Rafael Menin, talvez não esperasse era chegar ao fim do período de 60 dias não só mantendo seus 30 mil colaboradores como planejando novas contratações.

“Nós podemos terminar essa crise com mais funcionários do que começamos”, afirmou Menin, em uma entrevista por videoconferência.

Maior incorporadora do programa Minha Casa Minha Vida, a MRV foi menos afetada pela crise do que as incorporadoras voltadas para os segmentos de renda mais altos até o momento.

A empresa chegou a ter 25% dos canteiros parados durante a quarentena, mas no dia da nossa entrevista com Menin esse índice era de apenas 3%. Até agora a incorporadora não registrou nenhum caso crítico de covid-19 entre os funcionários.

Para o presidente da MRV, enquanto setores como turismo devem levar mais tempo para se recuperar, a indústria da construção civil sai como uma das fortalecidas da crise. “A casa passou a ser muito mais importante para todo mundo.”

Leia Também

A habitação também ganhou relevância como política pública na crise, por trazer a reboque questões como saneamento e segurança, segundo Menin.

É claro que a empresa não está imune aos efeitos do coronavírus na economia e nos mercados. Na bolsa, as ações da MRV (MRVE3) acumulam uma queda de 20% no ano, um pouco pior que o desempenho do Ibovespa.

A empresa tem o empresário Rubens Menin como principal acionista, ao lado de gestoras como Dynamo e Atmos, além de uma base de quase 18 mil pessoas físicas.

Imóvel pela internet

No primeiro trimestre, mesmo com o impacto do início da pandemia, a MRV registrou recorde de R$ 1,67 bilhão em vendas líquidas, num total de 10.493 unidades. Em abril e maio, o movimento continuou “surpreendentemente bom” apesar das medidas de isolamento, segundo Menin.

Com os estandes de venda fechados ou com movimento bastante reduzido em razão da quarentena, como a MRV conseguiu manter as vendas? A resposta está num projeto que a construtora já vinha tocando antes mesmo da pandemia: as vendas on-line.

É claro que ninguém vai comprar um imóvel como se compra uma TV em um site ou aplicativo. Mas o projeto da MRV, acelerado agora com a crise, torna o processo de aquisição da casa própria menos “analógico”.

Foram R$ 300 milhões em investimentos nos últimos anos e quase 400 pessoas envolvidas na plataforma on-line, que permite que até 80% da “jornada” para a compra do imóvel aconteça de forma digital. “A MRV se antecipou e, por sorte e estratégia, foi beneficiada”, disse Menin.

Ecossistema de moradia

A compra on-line é apenas uma das etapas para formar o que o copresidente da MRV chama de “ecossistema de moradia”. A incorporadora vem diversificando a atuação em busca de atender a públicos com diferentes demandas.

“O mercado vai crescer, mas não tenho dúvida de que a sociedade vai demandar novos modelos de habitação” – Rafael Menin, MRV

Antes concentrada na população de renda mais baixa, hoje a empresa atende clientes com renda até R$ 10 mil em uma linha de imóveis “premium”.

Outra aposta da MRV é na startup Luggo, que desenvolve empreendimentos para locação. Menin diz que hoje é possível alugar um apartamento pela startup em três minutos, com opções como vaga na garagem ou mobiliado. “Esse tipo de moradia vai ganhar mais importância.”

Dentro dessa estratégia, a Luggo fechou no fim do ano passado a venda de quatro empreendimentos para o fundo imobiliário LUGG11, o primeiro do mercado brasileiro dedicado à locação residencial, em uma oferta de cotas de R$ 83 milhões na B3.

A estratégia de ampliação dos negócios da MRV já estava em andamento, mas com a pandemia algumas linhas ganharam mais relevância (e investimentos), como a empresa de loteamentos Urba.

Para o executivo, um percentual maior da população vai querer morar em casa e ter o seu quintal na era pós-covid. Se a distância para o trabalho antes era um problema para quem desejava viver em um espaço maior, a disseminação do home office durante a quarentena deve ajudar a derrubar essa barreira.

O objetivo da MRV com todas essas frentes é chegar a um total de 60 mil apartamentos vendidos e mais 10 mil lotes da Urba por ano. Em 2019, a incorporadora vendeu um total de 34.974 unidades.

“O cliente pode começar num Luggo e ir para um produto premium, ou para a Urba. Se ele perder o emprego, pode vender o lote na nossa própria plataforma de habitação e alugar um apartamento mais barato”, conta Menin.

A ideia da MRV é que esse ecossistema atravesse a fase da compra do imóvel. No modelo atual, a partir do momento da entrega das chaves, o cliente deixa de ser um ativo para ser um passivo, com os eventuais custos da garantia dos imóveis.

Mas a empresa quer mudar essa dinâmica, e para isso vai oferecer dentro da plataforma um “market place” em que os clientes poderão, por exemplo, encontrar soluções de decoração para o apartamento. “Assim a MRV deixa de ser incorporadora convencional e passa a ser também uma prestadora de serviço.”

Dois lados da crise

Voltando ao presente, o presidente da MRV prevê meses difíceis para o setor de construção como um todo, que deve encerrar este ano menor do que em 2019. Por outro lado, ele afirmou que os pilares para uma recuperação rápida estão colocados. O principal deles é a taxa de juros.

Com a redução da Selic, agora para apenas 2,25% ao ano, Menin espera a continuidade do movimento de redução das taxas dos financiamentos bancários para a compra da casa própria nas linhas de mercado.

No Minha Casa Minha Vida, o setor negocia com o governo uma redução de 0,5 ponto percentual nos juros, que hoje variam até 8,16% ao ano.

Especificamente para a MRV, Menin disse que os impactos da crise provocada pela pandemia do coronavírus para a empresa se refletiram principalmente na tramitação de licenças para novos empreendimentos.

Até o momento, a incorporadora registrou um aumento marginal, tanto na inadimplência como nos distratos, mas abaixo da expectativa. De todo modo, reforçou o caixa bruto em mais R$ 700 milhões para lidar com eventuais restrições. “É melhor atravessar o deserto com o cantil lotado”, disse.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SINAL VERDE

BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) ganham aval do Cade para fusão — dividendos bilionários e o que mais vem pela frente?

4 de junho de 2025 - 10:09

A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a combinação de negócios entre os dois players do mercado de proteínas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje

4 de junho de 2025 - 8:13

Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira

ONDE INVESTIR

Onde Investir em junho: Cosan (CSAN3), SBF (SBFG3), SLC Agrícola (SLCE3) e mais opções em ações, dividendos, FIIs e criptomoedas

3 de junho de 2025 - 19:28

Em novo episódio da série, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações após os resultados da temporada de balanços

DE VOLTA AO TOPO

Nvidia faz Microsoft comer poeira e assume posto de maior empresa dos EUA em valor de mercado

3 de junho de 2025 - 18:33

A terceira posição nesse pódio é da Apple: a fabricante de iPhones terminou a sessão desta terça-feira (3) avaliada em US$ 3,04 bilhões

DEPOIS DA TEMPESTADE

O tempo virou para o Bradesco — e agora é para melhor: Mais um banco eleva a recomendação para as ações. É hora de comprar BBDC4?

3 de junho de 2025 - 12:14

Lucro maior, ROE em alta e melhora na divisão de seguros embasam a recomendação de compra

VALUATION ESTICOU DEMAIS?

É hora de sair da bolsa dos EUA? S&P 500 está caro, alertam BofA e XP — e há riscos (ainda) fora do preço

3 de junho de 2025 - 11:53

Os patamares de múltiplos atuais do S&P 500, o índice de ações mais amplo da bolsa norte-americana, fizeram o Bank of America (BofA) e a XP acenderem a luz de alerta

DESEMPENHO PESOU

Queda da ação do Banco do Brasil (BBAS3) prejudica desempenho das carteiras recomendadas de maio; veja ranking

3 de junho de 2025 - 11:18

Ações do banco derreteram quase 20% no período, arrastadas por um balanço muito abaixo das expectativas do mercado

BOM PRA CACHORRO

Fusão Petz e Cobasi: Cade aprova negócio sem restrições; veja quais os próximos passos e o que acontece com os acionistas

3 de junho de 2025 - 8:33

A Superintendência-Geral do Cade emitiu parecer favorável à combinação de negócios das gigantes do mercado pet. O que esperar agora?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje

3 de junho de 2025 - 8:15

Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado

2 de junho de 2025 - 20:00

A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq

ALÔ ACIONISTA

TIM (TIMS3) anuncia grupamento de ações para aumentar a liquidez do papel; confira os detalhes da operação

2 de junho de 2025 - 19:57

A partir desta terça-feira (3), acionistas terão 30 dias para ajustar suas posições para evitar a formação de frações ao fim do processo

FÔLEGO RENOVADO

Após o rali de quase 50% no ano, ação do Bradesco (BBDC4) ainda tem espaço para subir? UBS BB acredita que sim

2 de junho de 2025 - 15:53

Banco mantém recomendação de compra para BBDC4 e eleva preço-alvo para R$ 21. Saiba o que sustenta a visão otimista

ECOR3 AGORA É BUY

De “venda” à compra: Ecorodovias (ECOR3) recebe duplo upgrade de recomendação pelo BofA. O que está por trás do otimismo?

2 de junho de 2025 - 14:27

Com a mudança, os papéis ECOR3 saem de uma recomendação underperform (equivalente à venda) e aceleram para classificação de compra

DESTAQUES DA BOLSA

Nem só de aço vive a B3: Gerdau brilha, mas alta do petróleo puxa ações de petroleiras no Ibovespa

2 de junho de 2025 - 11:28

O petróleo ganhou força no exterior nesta manhã depois que a Opep+ manteve os aumentos de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores

O GATILHO QUE FALTAVA?

Trump pode ter dado o empurrão que faltava para Gerdau (GGBR4) saltar na B3 — e mercado ainda não percebeu o potencial, diz BTG

2 de junho de 2025 - 10:29

Para os analistas, a ação da siderúrgica está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump e no balanço do 2T25 o “gatilho necessário” para valorizar na B3

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje

2 de junho de 2025 - 8:23

Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia

VISÃO DO GESTOR

Bradesco Asset aposta em 5 ações para investir na bolsa brasileira no segundo semestre — e uma delas já subiu 35% em 2025

2 de junho de 2025 - 6:34

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Rodrigo Santoro revelou as maiores posições da carteira de ações da gestora, que atualmente administra mais de R$ 940 bilhões em ativos

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Com ‘mundaréu’ de dinheiro gringo chegando à bolsa brasileira, Ibovespa aos 140 mil é só o começo, afirma gestor da Bradesco Asset

2 de junho de 2025 - 6:13

Na avaliação de Rodrigo Santoro Geraldes, head de equities na gestora, o cenário virou completamente para a bolsa brasileira — e nem mesmo a falta de corte de juros deve atrapalhar a valorização das ações locais em 2025

ACABOU O OTIMISMO?

Nem o ‘trade de eleições’ do Banco do Brasil (BBAS3) anima a XP: analistas rebaixam ação e cortam preço-alvo

1 de junho de 2025 - 14:01

Com resultado fraco no 1º trimestre e alerta para inadimplência no agro, XP entra no modo cautela quanto às ações do BB (BBAS3)

POTENCIAL DE VALORIZAÇÃO

Ação defensiva, com motor de crescimento ligado e boa rentabilidade: Frasle (FRAS3) ganha novo selo de aprovação do Santander

1 de junho de 2025 - 11:36

Para analistas, empresa combina defesa em tempos difíceis com projeções robustas de lucro e expansão internacional

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar