🔴 [EDIÇÃO SPECIAL] ONDE INVESTIR DEPOIS DO COPOM? VEJA AQUI

Cotações por TradingView
Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
setor em transformação

Credit Suisse eleva recomendação e aponta Carrefour como ação favorita no varejo

Para o banco suíço, os papéis do Carrefour na B3 podem subir 24% em relação ao preço de fechamento de ontem, chegando a R$ 25 em 12 meses; veja as razões

Kaype Abreu
Kaype Abreu
2 de setembro de 2020
15:17 - atualizado às 17:51
Carrefour Express
Imagem: shutterstock

A temporada de balanços do segundo trimestre serviu para o Credit Suisse atualizar as projeções para o varejo, elegendo a ação do Carrefour como favorita para o setor no Brasil.

Analistas do banco disseram ainda ter recebido sinalizações positivas dos executivos da empresa em teleconferência.

Para o banco suíço, os papéis do Carrefour (CRFB3) na B3 podem subir 24% em relação ao preço de fechamento de ontem, chegando a R$ 25 em 12 meses. A recomendação para a ação foi alterada de neutra para compra. Nesta quarta-feira (2), os papéis da empresa subiram 1,58%, a R$ 20,52.

'Bons indicadores'

Ao recomendar a compra da ação do Carrefour, os analistas do banco apontam que a dinâmica das operações em julho e agosto já indicam uma aceleração do “pague e leve”.

Eles também veem um crescimento das vendas na divisão de varejo - de 20% no período, considerando as lojas abertas - e dizem perceber que a empresa acredita em um movimento de alta sustentável a longo prazo.

O otimismo seria sustentado por "bons indicadores" de vendas e lucro nas operações de venda de alimentos na Europa e preços competitivos. "Não parece haver diferença no desempenho das lojas do Carrefour em regiões brasileiras, com população de alta e baixa renda", afirmam.

Em busca de escala

Em outra ponta, o Credit Suisse disse que a parte de hipermercados do Carrefour está procurando a escala "certa". "Quanto maiores as vendas, maior a diluição dos custos fixos (principalmente para logística), sustentando margens muito mais saudáveis", escrevem os analistas.

Melhor margem daria espaço para redução dos preços de vendas, aumentando a receita, defendem. "A estratégia sobre os hipermercados do Carrefour levou a um ganho de market share de 240bps no segundo trimestre", lembram.

Segundo eles, a estratégia pode explicar por que os itens não alimentícios continuam tendo um bom desempenho, apesar da reabertura das principais lojas dos concorrentes.

Para o Credit, os hipermercados parecem ser uma parte importante do ecossistema do Carrefour, uma vez que a empresa melhorou, segundo o banco, a experiência do cliente por meio de iniciativas omnicanal.

E-commerce e o equilíbrio

O e-commerce é outro ponto de destaque para os analistas do Credit Suisse. Segundo o banco, os executivos da empresa demonstraram ter como objetivo acelerar o comércio eletrônico do Carrefour e do Atacadão, visto que a parte de alimentação "parece ter se tornado a próxima fronteira para a penetração do e-commerce."

"No entanto, isso não significa que eles abrirão mão da lucratividade para fomentar o GMV [métrica de transações em reais que ocorrem em um período específico]", afirma os analistas.

Segundo eles, o ponto do equilíbrio entre custos e receita no e-commerce do Carrefour esteve muito mais próximo no último trimestre e as perspectivas são boas. "Não é simples operar um negócio de varejo de alimentos. Parece uma vantagem competitiva do Carrefour em relação aos principais players", escrevem.

O Credit Suisse destaca também a parte de soluções financeiras do Carrefour. Eles lembram que por 30 anos o Carrefour ofereceu apenas um cartão que permitia monetizar o volume de pagamentos, mas que a empresa agora sinaliza uma expansão da base de produtos.

O que dizem outras casas

Quando o Carrefour divulgou os números do segundo trimestre, XP Investimentos e BTG Pactual mantiveram a recomendação "neutra" para as ações da empresa, apesar de terem destacado pontos positivos.

O BTG falou que os números do período foram fortes - o que demonstraria, segundo o banco, resiliência e reforçaria a visão de que o setor de varejo alimentício deve apresentar um resultado positivo em 2020.

A XP também destacou que o desempenho do varejo alimentar é o ponto forte da companhia. Hoje, o Atacadão é responsável por 70% da receita do segmento (com crescimento de 13,5% em relação ao ano passado).

A corretora falou em um avanço do e-commerce para os próximos meses. Segundo o balanço do Carrefour, 7,7% das vendas de alimentos são realizadas digitalmente, sendo 60% feita por novos clientes.

Compartilhe

Má fase

Ainda na esteira de escândalos e abalado pelo cenário econômico difícil, Credit Suisse troca de CEO após novo prejuízo bilionário

27 de julho de 2022 - 16:47

Thomas Gottstein será substituído por Ulrich Koerner, após banco suíço registrar perdas equivalentes a US$ 1,66 bilhão no 2º tri, muito superiores ao esperado por analistas

DESTAQUES DA BOLSA

Por que as ações da PagSeguro (PAGS34) despencam 20% apesar do lucro recorde no 1T22?

9 de junho de 2022 - 14:18

O mercado enxerga além do 1T22 e pode estar precificando novamente as dificuldades que a empresa talvez enfrente nos próximos meses

PÓDIO DO VAREJO

Arezzo (ARZZ3), Centauro (SBFG3) ou Renner (LREN3)? Qual varejista vai ganhar a corrida dos resultados do 1T22?

26 de abril de 2022 - 13:08

O Credit Suisse espera que os números das três empresas sejam bem recebidos pelo mercado, mas uma delas vai ocupar o lugar mais alto do pódio; saiba qual

Real vem forte

O dólar pode cair ainda mais? Veja as projeções do Credit Suisse para as cotações da moeda

24 de março de 2022 - 11:20

Tombo recente reverte apenas uma parte da valorização do dólar nos últimos anos; saiba até quanto a moeda pode cair, segundo o banco suíço

FUGINDO DE PUTIN?

Como os bancos de Wall Street estão driblando as sanções contra Rússia e negociando no país

11 de março de 2022 - 20:22

Goldman Sachs, JP Morgan e Deustche Bank são os primeiros a anunciar que estão deixando o país e podem ser seguidos por outras instituições financeiras globais

DINHEIRO SUJO

Vazamento de dados do Credit Suisse expõe supostas conexões criminosas entre 18 mil contas com mais de US$ 100 bilhões em depósitos

20 de fevereiro de 2022 - 18:13

Banco suíço debate-se hoje com o mais recente escândalo noticiado pela imprensa internacional; Credit contesta denúncia

DERRUBADO PELA COVID

Com presidente do Conselho fura-quarentena e perdas de clientes, Credit Suisse tem desafio de recuperar reputação

17 de janeiro de 2022 - 15:05

Credit Suisse volta a ser abalado com saída de presidente do Conselho que veio para recuperar a imagem do banco, mas foi pego violando as regras da quarentena contra a covid-19

PISTA LIVRE

CCR (CCRO3) ou EcoRodovias (ECOR3)? O Credit Suisse aponta qual a via mais rápida para o lucro na bolsa

5 de janeiro de 2022 - 11:06

O banco suíço tem recomendação de compra para ambas as empresas e vê potencial de alta de mais de 40% para as ações. Mas o portfólio de uma delas é visto como mais sólido no momento

FALTA CLAREZA

Setor de maquininhas está descontado, diz o Credit Suisse, mas ausência de catalisadores inibe espaço para reação

24 de dezembro de 2021 - 14:12

Banco suíço corta preço-alvo da PagSeguro, da Stone e da Cielo, mas ainda vê espaço para crescimento das empresas de meios de pagamento

PARADA NO ACOSTAMENTO

Credit Suisse coloca o pé no freio com a EcoRodovias: banco rebaixa recomendação para ECOR3 e corta preço-alvo; ação cai na bolsa

14 de dezembro de 2021 - 13:17

Alta dos juros e custos de captação mais elevados foram os principais motivos alegados pela instituição financeira para a revisão

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies