🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Estadão Conteúdo

hora do balanço

Bancos liberam mais crédito no Brasil, mas custo segue elevado

Taxas de juros cobradas de empresas e famílias seguiram em níveis elevados. segundo dados do BC

Estadão Conteúdo
29 de janeiro de 2020
12:54 - atualizado às 12:55
Montagem com fachada de agências dos bancos Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil
Fachada de agências dos bancos Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil - Imagem: Montagem Andrei Morais / Estadão Conteúdo / Shutterstock

Passado o período de maior retração do crédito no Brasil, durante 2016 e 2017, o saldo de recursos liberados pelas instituições financeiras subiu em 2019 pelo segundo ano consecutivo. Dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central (BC) mostram que o saldo de crédito cresceu 6,5% no ano passado. Apesar disso, as taxas de juros cobradas de empresas e famílias seguiram em níveis elevados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os números do BC revelam que o saldo total de operações de crédito feitas com empresas subiu em 2019, atingindo R$ 1,468 trilhão.

O montante - que reflete operações realizadas com recursos dos próprios bancos e com dinheiro da poupança e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - representa uma leve alta, de 0,2%, em relação ao visto no fim de 2018. O valor ainda está longe do recorde de R$ 1,711 trilhão de dezembro de 2015, durante o governo de Dilma Rousseff.

Esta diferença é justificada pela forte retração do crédito direcionado (com recursos da poupança e do BNDES) nos últimos anos. Em meio à avaliação de que o crédito direcionado precisava diminuir no Brasil, dando espaço ao crédito privado, os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro alteraram a forma de atuação do BNDES, que se tornou mais seletivo na concessão de financiamentos.

Somente em 2019, o crédito direcionado para empresas recuou 13,6%, para R$ 562,9 bilhões. A baixa nas operações do BNDES foi de 13,9% no ano passado, para R$ 382,556 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Banco Central tem defendido que, apesar do recuo do saldo de crédito para empresas nos últimos anos, o setor privado tem, de fato, ocupado mais espaço no financiamento de longo prazo. Isso porque muitas empresas maiores - que antes eram financiadas pelo BNDES - estão recorrendo a instrumentos do mercado financeiro para obter crédito, como as debêntures.

Leia Também

Os números do BC mostram que o crédito ampliado - que considera os financiamentos convencionais realizados pelos bancos, mas também as emissões de títulos pelas empresas, para financiamento de operações - cresceu 8,3% em 2019, para R$ 5,748 trilhões.

Entre as pessoas físicas, o cenário do crédito convencional é mais favorável. No ano passado, o saldo de crédito para as famílias avançou 11,7%, aos R$ 2,003 trilhões.

Entre os motivos para a expansão está a relativa recuperação da economia e do emprego, além do menor endividamento das famílias em relação aos picos vistos em 2014 e 2015. Se os bancos voltaram a demonstrar mais apetite para fechar financiamentos em 2019, os brasileiros também apresentaram maior capacidade para se endividar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um dos melhores exemplos disso é a linha para compra de veículos por pessoas físicas, cujo saldo avançou 19,6% no ano passado, para R$ 203,615 bilhões.

Custo alto

Embora os bancos estejam realizando mais operações com empresas e, principalmente, famílias, o custo segue em níveis elevados. A taxa média de juros das operações de crédito, considerando empresas e famílias, encerrou 2019 em 23,0% ao ano. O resultado representa uma queda de apenas 0,2 ponto porcentual em relação a 2018.

No caso específico das empresas, houve recuo de 1,1 ponto porcentual da taxa de juros média no ano passado. Para as pessoas físicas, a taxa média cedeu 0,1 ponto.

O custo permaneceu em níveis elevados a despeito de, em 2019, a Selic (a taxa básica de juros) ter recuado de 6,50% para 4,50% ao ano, o menor valor da história. Em 2016, quando o atual ciclo de cortes começou, a Selic estava em 14,25% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para muitos brasileiros, a sensação foi de que a baixa da Selic nos últimos anos não foi integralmente repassada pelos bancos ao consumidor final. Isso foi verificado principalmente nas linhas emergenciais. O juro médio do rotativo do cartão de crédito, por exemplo, subiu 33,5% pontos porcentuais em 2019, para 318,9% ao ano. Já a taxa média do cheque especial teve baixa de 10,1 pontos porcentuais no ano passado, aos 302,5% ao ano. Este ainda é um dos custos mais elevados entre todas as modalidades de crédito.

Para combater o alto custo do cheque especial, o BC decidiu intervir diretamente no mercado no fim do ano passado. A instituição anunciou a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao ano (151,82% ao ano). A nova regra começou a valer em 6 de janeiro de 2020. Assim, os dados divulgados nesta quarta ainda não refletem a nova dinâmica.

Em suas comunicações, o Banco Central tem defendido que o custo do crédito cairá no Brasil com o aumento da concorrência entre as instituições financeiras. Para isso, o BC aposta na proliferação das fintechs, na expansão das cooperativas de crédito e na implantação do chamado "open banking" - sistema que prevê o compartilhamento dos dados bancários do cliente entre as diferentes instituições, desde que ele autorize previamente.

Com isso, será possível que as instituições ofereçam produtos financeiros a este cliente, seja ele empresa ou consumidor. O BC espera que a primeira fase do open banking esteja em funcionamento até o fim de 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PEQUENA E NOTÁVEL

Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%

25 de novembro de 2025 - 19:47

O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00

VOANDO ALTO

Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais

25 de novembro de 2025 - 18:10

Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde

DANÇA DAS CADEIRAS

Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan

25 de novembro de 2025 - 15:07

Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan

O MELHOR ESTÁ POR VIR, MAS COM CUIDADO

A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações

25 de novembro de 2025 - 14:30

Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia

GOLPE HACKER

Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF

25 de novembro de 2025 - 13:49

Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix

NOS PLANOS DA RJ

Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel

25 de novembro de 2025 - 12:32

A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo

PLANEJAMENTO 2026-2030

Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda

25 de novembro de 2025 - 6:09

A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado

FORA DAS FRONTEIRAS

Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique

24 de novembro de 2025 - 14:58

O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer

VEJA PREÇO

Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa

24 de novembro de 2025 - 10:48

A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora

SEM RELAÇÕES

Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM

24 de novembro de 2025 - 9:05

A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.

O INIMIGO AGORA É… O MESMO?

Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?

24 de novembro de 2025 - 6:01

Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre

COMPLIANCE ZERO

Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB

23 de novembro de 2025 - 9:53

Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades

NOVAS ESTIMATIVAS

Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra

22 de novembro de 2025 - 18:35

O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]

ENERGIA

Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%

22 de novembro de 2025 - 17:25

Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.

MAIS UM CORTE

Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo

22 de novembro de 2025 - 16:54

As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.

VENDAS FALSAS

BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema

22 de novembro de 2025 - 11:34

Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF

VENDA DE CARTEIRA DE CRÉDITOS

Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça

22 de novembro de 2025 - 10:55

Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB

VIAGEM NOTURNA

Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?

22 de novembro de 2025 - 9:45

Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita

VEJA OS DETALHES

Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027

21 de novembro de 2025 - 15:16

Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal

AGORA VAI?

Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja

20 de novembro de 2025 - 18:03

O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar