Novo corte de juros do BC americano aumenta pressão sobre Selic no Brasil
De 50 analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast na sexta-feira, 41 esperam corte na Selic, hoje em 4,25% ao ano – já no seu menor patamar histórico
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou neste domingo, 15, um novo corte de juros e participação em uma ação coordenada com outros bancos centrais para aumentar a liquidez do mercado, diante do risco de uma retração global por conta da pandemia do coronavírus. As taxas passaram de um intervalo entre 1% e 1,25% ao ano para zero a 0,25%. Foi a segunda redução no mês aprovada em reunião extraordinária. Em comunicado, o Fed afirmou que a crise vai "pesar na atividade econômica no curto prazo e representar riscos para as perspectivas econômicas".
Além do corte de juros, o Fed anunciou a compra de até US$ 700 bilhões em títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas e a redução a zero da taxa do compulsório bancário. No caso do compulsório, que vai valer a partir do dia 26, a medida abre uma porta para o aumento de empréstimos a empresas e famílias em dificuldades financeiras.
"O corte de juros pelo Fed me faz muito feliz e eu quero parabenizá-lo por essa decisão", disse o presidente americano, Donald Trump. Segundo ele, os mercados devem ficar "entusiasmados" com a medida. Já o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o coronavírus representa um "desafio econômico significativo" e admitiu que haverá fraca atividade produtiva por "um período de tempo".
Em outra frente, o Fed se associou ao Banco Central Europeu (BCE), do Canadá, do Japão, da Suíça e da Inglaterra para a troca de linhas de crédito, com o objetivo de manter as operações de financiamento em dólar. Entre analistas, a iniciativa foi vista como uma resposta a críticas à falta de uma ação articulada dos principais bancos centrais do mundo para tentar atenuar o impacto do coronavírus, como foi feito na crise financeira de 2008.
Em reação inicial às medidas, os índices futuros de ações em Nova York estavam em queda de quase 5% até a conclusão desta edição. Já a bolsa de Tóquio tinha retração de 1,41%, após abrir em alta de 0,41%. "Vai ser importante para segurar a liquidez, mas não tem garantia de que os mercados acionários reajam de forma satisfatória neste momento", disse o economista-chefe da Nova Futura, Pedro Paulo Silveira.
O diretor de economia em tempo real da Moody's Analytics, Ryan Sweet, cobrou medidas fiscais para complementar o apoio à economia dos EUA. Para a Moody's, o PIB americano deve recuar no segundo trimestre e acumular alta de 1,3% no ano.
Leia Também
Selic
A decisão do Fed deve aumentar, no Brasil, a pressão para que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) mantenha o ciclo de redução da taxa básica, a Selic. A decisão do órgão vai sair na quarta-feira. "Um fator complicador é a desvalorização forte do real. O BC vai precisar decidir se quer controlar o câmbio ou cortar juros. Não há como fazer as duas coisas ao mesmo tempo, a não ser com a queima de reservas internacionais, uma saída nada prudente neste momento", disse o economista-chefe da Necton, André Perfeito.
De 50 analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast na sexta-feira, 41 esperam corte na Selic, hoje em 4,25% ao ano - já no seu menor patamar histórico. Destes, 21 preveem corte de 0,25 ponto porcentual e 20 falam em redução de até 0,5 ponto. Dos consultados, só nove se mantêm céticos sobre a disposição do Banco Central ou sobre a efetividade da mexida nos juros.
Quando cortou a Selic de 4,5% para 4,25%, no início de fevereiro, o Copom chegou a indicar que o ciclo de afrouxamento monetário - iniciado ainda em julho de 2019 - poderia ser encerrado. Mas, na leitura do mercado, essa postura mudou logo depois de o Fed anunciar o primeiro corte de juros.
"O BC deve, no mínimo, acompanhar o sentido da mudança nos juros no mundo", disse Luiz Fernando Figueiredo, sócio da Mauá Capital e ex-diretor do BC, que defende corte de 0,5 ponto. "O Brasil tem espaço fiscal limitadíssimo (para estimular o PIB)."
Para Carlos Kawall, diretor do ASA Bank e ex-secretário do Tesouro, o "mais adequado" seria um corte de 0,75 ponto. "É um movimento que nos deixaria mais em linha com outros bancos centrais", afirmou ele.
O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, buscando o cumprimento da meta de inflação. Para 2020, a meta é de 4% (com tolerância entre 2,5% e 5,5%). Com a inflação sob controle, o maior receio é com relação à perspectiva para o PIB. A estimativa é de avanço de até 1,5%. O próprio Ministério da Economia alterou sua previsão, de 2,4% para 2,1%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
Silvio Santos vira nome de rodovia em São Paulo — e o trecho escolhido não foi por acaso
Lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas rebatiza trecho da Rodovia Anhanguera, entre São Paulo e Jundiaí, em homenagem ao comunicador e empresário
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda
Inflação da ceia de Natal 2025 surpreende e reforça a importância de pesquisar preços
Estudo da FGV aponta variação quase nula nos itens natalinos em 12 meses; alimentos básicos recuam, proteínas seguem em alta e presentes voltam a encarecer após dois anos de alívio
Prazo para quitar a segunda parcela do décimo terceiro (13º) termina hoje; saiba como calcular
Data limite se encerra nesta sexta-feira (19); empresas que atrasarem podem ser multadas; valor é depositado com descontos de INSS e Imposto de Renda
Loterias da Caixa batem na trave às vésperas da Mega da Virada e prêmios sobem ainda mais
A noite de quinta-feira (18) foi movimentada no Espaço da Sorte, com sorteios da Lotofácil, da Mega-Sena, da Quina, da Timemania e da Dia de Sorte
Bolsa Família: Caixa paga benefício para NIS final 8 nesta sexta (19)
Pagamento segue o calendário de dezembro e beneficiários do Bolsa Família podem movimentar valor pelo Caixa Tem ou sacar nos canais da Caixa
À medida que Banco Central recolhe cédulas clássicas de R$ 2 a R$ 100, as mais raras podem alcançar mais de R$ 5 mil no mercado
Enquanto o Banco Central recolhe as cédulas da primeira família do real, a escassez transforma notas antigas em itens disputados por colecionadores, com preços que já ultrapassam R$ 5 mil
MEI: ultrapassou o limite de faturamento em 2025? Veja o que fazer para se manter regularizado
Microempreendedores individuais podem ter uma receita anual de até R$ 81 mil