‘Não acreditamos que recuperação será um V completo’, diz presidente do BC
Em live organizada pelo Itaú, Campos Neto disse que os especialistas começam, de forma incipiente, a revisar projeções de inflação para cima
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a economia começa a demonstrar uma "recuperação em V", mas que há dúvidas sobre o quão suave será a recuperação. "Não acreditamos que a recuperação será um V completo", acrescentou.
Em live organizada pelo Itaú, Campos Neto disse que os especialistas começam, de forma incipiente, a revisar projeções de inflação para cima.
Em relação às projeções do BC, ele disse que para a inflação há muito menos assimetria do que para o crescimento. "Hoje é mais provável crescimento acima da nossa projeção. Ainda existe grau de conforto grande na inflação. Nosso cenário hoje é que inflação reaja bem menos", completou.
O presidente voltou a enfatizar que a meta do BC é em relação à inflação e que "persegue a meta".
Ele ressaltou que há um represamento do consumo até dezembro e que o pagamento do auxílio emergencial contribuirá para a manutenção das compras. "O segundo trimestre é o mais difícil de estimar e dará o tom do ano. As próximas duas, três semanas serão muito importantes", completou.
Mercado secundário
O presidente do Banco Central disse ainda que a autoridade monetária entende que o mercado já se normalizou, após as incertezas trazidas pela pandemia do coronavírus. "Temos capacidade de atuar no mercado secundário, se for preciso", declarou.
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Campos Neto ressaltou que a concessão de crédito está crescendo, enquanto os juros na ponta estão caindo. "A parte de crédito está funcionando normalmente. Existe um sentimento de que não esta sendo atendido porque a demanda é grande", completou.
Medidas
O presidente do Banco Central afirmou que o governo editará novas medidas para fazer com que o crédito chegue às micro e pequenas empresa', o que ainda não está acontecendo. No evento virtual promovido pelo Itaú, disse que uma medida provisória deve sair nesta quinta. "É uma medida que tem componente de baratear o custo de capital dos bancos. São quatro medidas, todas direcionadas a pequenas e médias empresas", comentou.
Campos Neto ressaltou que, em face da pandemia, os países com crescimento de crédito acelerado têm recuperação mais rápida. "Nossa grande preocupação é manter o crédito crescendo", salientou.
Na live, ele ponderou que o Brasil optou por fazer transferências maiores a pessoas físicas e compensar com concessão de crédito para empresas, mas que isso não foi totalmente efetivo e o crédito não chegou às micro e pequenas empresas como a autoridade monetária queria.
O presidente disse que há grande concentração de programas de crédito saindo agora. Ele ressaltou que a função do Banco Central não é prover solvência, mas não deixar problemas de liquidez se transformar em problemas de solvência.
Campos Neto lembrou que programas do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) também tiveram baixo desembolso. "Isso mostra a dificuldade. Mas o consenso entre Bancos Centrais é que é melhor errar por fazer demais do que de menos", completou.
Imposto
"Nenhum banqueiro central do mundo vai dizer que um imposto sobre transação financeira é querido, mas temos que entender por que ele está sendo criado", diz Campos Neto.
O comentário, feito por Campos Neto durante evento virtual, diz respeito ao imposto sobre transações eletrônicas que vem sendo defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A alíquota seria de 0,2% e, segundo Guedes, o tributo permitiria desonerar a folha salarial das empresas.
"A ideia do ministro de ter um instrumento para fazer desoneração de folha grande é relevante", avaliou Campos Neto. "A alíquota de imposto de transações financeiras teria que ser pequena, porque estamos com juros baixos. Mas este assunto é do Ministério da Economia", acrescentou.
Campos Neto participou nesta quinta do evento virtual "Perspectivas para a Economia Brasileira e o Sistema Bancário", promovido pelo Itaú.
Desvio fiscal
Campos Neto afirmou que o Brasil precisa demonstrar ao resto do mundo que o desvio fiscal ocorrido na crise é temporário. Segundo ele, antes da pandemia do novo coronavírus o País estava em "clara tendência de convergência fiscal". "Mas tivemos desvios."
A questão fiscal - que se materializa no aumento do déficit primário - é uma das principais preocupações do governo para o período pós-pandemia. Um dos receios é de que, com o rombo fiscal, a dívida pública atinja patamar que faça o Brasil se tornar insolvente perante a avaliação externa.
"Se tivermos fiscal desorganizado, não existe País com juros baixos", alertou Campos Neto. "Se o fiscal se desorganizar, não vamos conviver com juros baixos", reforçou.
Campos Neto defendeu ainda a importância de cumprimento do chamado "teto de gastos" que, segundo ele, é "simbólico" na avaliação da economia brasileira por parte dos mercados internacionais.
Ao mesmo tempo, ele lembrou que o Brasil tem uma vantagem em relação a outros países: a de ter estabelecido um prazo para os programas emergenciais da pandemia, que estão elevando o déficit fiscal. "Todas as medidas para covid-19 no Brasil vencem em dezembro. Isso nos coloca em posição favorável", disse.
O presidente do BC também afirmou que o governo brasileiro vai deixar claro, ao investidor internacional, que voltará à trajetória inicial e que vai perseguir a disciplina fiscal.
"Estamos otimistas, entendemos que haverá uma recuperação", afirmou, em referência à economia brasileira. "Quero passar uma mensagem de otimismo e equilíbrio para todos."
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