Goldman Sachs prevê Selic a 3% e juro real negativo na América Latina
Para o banco, inflação deve terminar o ano a 2,9% no Brasil; cenário é parecido em todo o continente por causa do coronavírus
A retração da economia e a inflação bem comportado levarão o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, a reduzir a Selic de 3,75% para 3%, segundo o banco norte-americano Goldman Sachs. O corte pode fazer com que o país tenha juro real zerado - ou até mesmo negativo.
O juro real é diferença entre o juro nominal e a inflação. Nos últimos 12 meses, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou em 3,30%, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a expectativa do mercado é de que chegue a 2,72% no final do ano, de acordo com o boletim Focus, do BC.
Para o Goldman Sachs, a inflação termina o ano a 2,9%. O banco também prevê taxa de juros real muito baixas em outros países da América Latina: -2,6% no Chile, -0,5% na Colômbia, -1,2% no Peru e 1,4% no México.
Segundo o economista-chefe da instituição, Alberto Ramos, a pandemia do novo coronavírus transformou radicalmente as perspectivas econômicas para o continente.
"A rápida deterioração da atividade, do mercado de trabalho e o risco de profundas perdas econômicas levaram os formuladores de políticas fiscais a abraçar um rápido e decisivo relaxamento fiscal, monetário e financeiro", diz em relatório.
Para Ramos, algumas das políticas adotadas até agora rivalizam com a crise financeira de 2008. Segundo o Goldman Sachs, dada a dimensão da crise na saúde pública, em muitos países certos aspectos das políticas públicas lembram economias em tempos de guerra.
A instituição defende que a política monetária pode ajudar evitar a saída de empresas ao fornecer liquidez e facilitação de crédito, embora a força das medidas não se compare aos canais clássicos (investimento e consumo de bens duráveis).
Campos Neto estragou a festa do mercado e mexeu com as apostas para a próxima reunião do Copom. Veja o que os investidores esperam para a Selic agora
Os investidores já se preparavam para celebrar o fim do ciclo de ajuste de alta da Selic, mas o presidente do Banco Central parece ter trazido o mercado de volta à realidade
Um dos maiores especialistas em inflação do país diz que não há motivos para o Banco Central elevar a taxa Selic em setembro; entenda
Heron do Carmo, economista e professor da FEA-USP, prevê que o IPCA registrará a terceira deflação consecutiva em setembro
O que acontece com as notas de libras com a imagem de Elizabeth II após a morte da rainha?
De acordo com o Banco da Inglaterra (BoE), as cédulas atuais de libras com a imagem de Elizabeth II seguirão tendo valor legal
Banco Central inicia trabalhos de laboratório do real digital; veja quando a criptomoeda brasileira deve estar disponível para uso
Essa etapa do processo visa identificar características fundamentais de uma infraestrutura para a moeda digital e deve durar quatro meses
Copia mas não faz igual: Por que o BC dos Estados Unidos quer lançar um “Pix americano” e atrelar sistema a uma criptomoeda
Apesar do rali do dia, o otimismo com as criptomoedas não deve se estender muito: o cenário macroeconômico continua ruim para o mercado
Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto
O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”
O real digital vem aí: saiba quando os testes vão começar e quanto tempo vai durar
Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores
O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair
Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas
Banco Central lança moedas em comemoração ao do bicentenário da independência; valores podem chegar a R$ 420
As moedas possuem valor de face de 2 e 5 reais, mas como são itens colecionáveis não têm equivalência com o dinheiro do dia a dia
Nubank (NUBR33) supera ‘bancões’ e tem um dos menores números de reclamações do ranking do Banco Central; C6 Bank lidera índice de queixas
O banco digital só perde para a Midway, conta digital da Riachuelo, no índice calculado pelo BC