Estudo do Banco Central discute objetivos de modalidades de recolhimentos compulsórios
Uma das conclusões é que o nível atual dos compulsórios sobre depósitos à vista está adequado para o cumprimento de sua função

Um estudo publicado nesta segunda-feira, 17, pelo Banco Central busca discutir as funções e os objetivos das principais modalidades de recolhimentos compulsórios. Uma das conclusões é que o nível atual dos compulsórios sobre depósitos à vista "parece adequado para o cumprimento de sua função de promover a fluidez do sistema de pagamentos".
O compulsório corresponde a um recolhimento, realizado pelo Banco Central, de parte dos recursos dos clientes depositados nos bancos. A partir dele, o BC controla a quantidade de dinheiro em circulação na economia e forma "colchões de liquidez" para momentos de necessidade de recursos pelos bancos.
Conforme o BC, existem três tipos de compulsórios: sobre depósitos à vista, sobre depósitos a prazo e sobre depósitos de poupança.
No primeiro caso, de acordo com o estudo do BC, os recolhimentos são feitos tendo como principal finalidade "garantir a fluidez do sistema e atender à necessidade de liquidez para realização de pagamentos ao longo do dia". "Em dezembro/2019 o total dos recolhimentos dessa modalidade era de R$ 45,5 bilhões, com uma alíquota efetiva de 19,6%, e sua incidência altamente concentrada nos maiores conglomerados bancários (93,7% do saldo representado por instituições do segmento S13 )".
Segundo o BC, "o montante atual dos compulsórios sobre depósitos à vista (cerca de 0,5% do PIB) parece adequado para a fluidez do sistema de pagamentos". "Esse percentual encontra-se, por exemplo, próximo do observado nos EUA, onde somente são requeridos compulsórios sobre depósitos à vista com a função explícita de prover fluidez para o sistema de pagamentos".
Em relação aos compulsórios sobre depósitos a prazo, o BC pontuou no estudo que eles "serviram historicamente, e principalmente durante períodos de crise, como fonte de liquidez em última instância para o sistema bancário, mecanismo de incentivo à redistribuição de liquidez no sistema e suporte à estabilidade financeira".
Leia Também
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
"Em termos de volume, com o recolhimento de R$ 244,3 bilhões em dezembro/2019, representam cerca de 53,3% do total de recursos recolhidos junto ao Banco Central", informou a instituição. "Essa modalidade de compulsórios incide principalmente sobre aplicações em CDBs/RDBs".
Ao avaliar o nível destes recolhimentos, o BC pontuou que "atualmente, a razão dos compulsórios sobre depósitos a prazo sobre o PIB (3,6%) encontra-se pouco abaixo da média histórica, mas bastante inferior ao vigente imediatamente antes das duas crises recentes (4,9% em 2008 e 6,7% em 2011)".
Conforme a autoridade monetária, "observa-se ainda que esta razão se encontra ligeiramente acima do volume liberado em períodos de crise, para um nível semelhante de crédito bancário sobre o PIB, o que sugere menos espaço, atualmente, caso haja necessidade de atuação semelhante".
O estudo do BC tratou ainda dos compulsórios sobre depósitos de poupança, que "representam fonte relevante de funding para as operações de crédito imobiliário". Conforme o BC, o montante recolhido nesta categoria "assume o papel de um colchão de liquidez, podendo ser liberado de forma a reduzir, naquele momento, os efeitos do choque de captação do sistema, contribuindo para o gerenciamento do descasamento entre ativos e passivos do crédito imobiliário".
O estudo desta segunda-feira do BC já havia sido parcialmente divulgado em outubro do ano passado, por meio do Relatório de Estabilidade Financeira (REF). Clique aqui para ver a íntegra do documento.
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Agenda econômica: temporada de balanços esquenta em semana de Super Quarta; veja os principais eventos
Calendário dos próximos dias traz as primeiras decisões de política monetária no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido após as tarifas recíprocas de Donald Trump
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Banco Master negocia com ‘vários grupos’ fatia rejeitada pelo BRB, segundo jornal
Entre eles estariam a família Batista, do grupo J&F, os bancos Safra e BTG, além da Prisma Capital e da Jive Mauá
Joesley de olho no Banco Master? Empresário se encontra com Galípolo um dia após MP pedir suspensão da compra pelo BRB
Com operação do BRB sob investigação do Ministério Público do DF, a J&F avalia aquisição de ativos estratégicos do Banco Master, o que mitigaria riscos não cobertos pelo FGC.
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas