Criador do regime de metas de inflação diz que Banco Central está atrasado e deveria cortar mais a Selic
Sergio Werlang, ex-diretor de política econômica do BC, disse que ficou perplexo com ação conservadora da autoridade monetária e vê espaço para queda de juros até 2,25% ao ano
O Banco Central está atrasado, alerta um dos criadores do regime de metas de inflação no Brasil. Para Sergio Werlang, o corte da Selic para 3,75% ao ano na última reunião do Copom foi bem mais modesto do que deveria, tendo em vista que não há nem haverá pressão inflacionária tão cedo.
“Fiquei perplexo de [a Selic] cair só 0,5 ponto”, afirmou o ex-diretor de política econômica do BC e Ph.D. em economia pela Universidade de Princeton, em entrevista ao Seu Dinheiro.
Werlang enxerga a autoridade monetária ainda sendo guiada por um conservadorismo ao observar o cenário econômico. Mas aponta: “Não há nenhuma contraindicação de baixar mais os juros”.
O comportamento do Copom se encontra atualmente defasado em relação ao que outros bancos centrais têm feito, como o Federal Reserve, dos Estados Unidos, segundo o economista.
A instituição norte-americana promoveu dois cortes no total de 1,5 ponto percentual em duas reuniões extraordinárias — uma delas em um domingo, inclusive. Era exatamente esta queda de juro que Werlang julgava cabível na última reunião do Copom.
O que de pior aconteceria se víssemos juros ainda menores? A consequência esperada seria a alta do dólar, algo que já está aí — como afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, mais de uma vez.
Leia Também
A moeda norte-americana passou dos R$ 5,30 na máxima histórica atingida na semana passada e fechou ontem cotada a R$ 5,14.
"E qual é o problema de ter um dólar alto? E daí?", contesta Werlang, mencionando que o nível de inflação é confortável e que não se vê, por ora, um efeito da alta da moeda em sua trajetória benigna.
“Se houver algum incômodo após o corte, é só subir o juro de novo, sem problemas. Testa para ver” — Sergio Werlang, ex-diretor do Banco Central
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Além do mais, diz Werlang, há mais chances de uma acomodação da inflação, que atingiu 4,01% no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, bem no centro da meta estabelecida para 2020 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Isto se deve ao fato de que a economia certamente sofrerá um baque com a pandemia do novo coronavírus e não haverá uma alta demanda capaz de pressionar os preços de produtos.
O ex-BC acredita que a Selic possui condições para cair até o patamar de 2,25%, em meio ao cenário turbulento disparado pela pandemia do novo coronavírus.
“Acho que 2,5% ainda é um juro alto”, afirmou Werlang, que depois da autoridade monetária atuou por dez anos no Itaú e atualmente é professor e assessor da presidência da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Recuperação em "V"
Engana-se, no entanto, quem acha que Werlang é todo críticas à autoridade monetária. Em meio ao aperto das condições financeiras, ele fez questão de exaltar o trabalho da instituição.
Mentor do sistema de metas de inflação, adotado no Brasil em 1999, o economista acredita que o BC tem feito escolhas acertadas que focam a capitalização e a liquidez das empresas.
Werlang destacou medidas como a ampliação do limite máximo para o Depósito a Prazo com Garantia Especial assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que vai ajudar os bancos de pequeno e médio porte, e a possibilidade de o BC atuar no mercado de títulos privados.
As medidas mitigam significativamente o risco de uma crise de crédito no Brasil, reforçando um sistema financeiro que está "entre os mais sólidos do mundo", segundo o economista.
E esse mesmo conjunto de decisões do BC sobre o momento econômico crítico deverá permitir uma forte recuperação após o choque da pandemia.
“Podemos ver um V, de vai e volta. Não vejo no momento razão para achar que vai ser algo muito pior, porque o setor financeiro está muito bem posicionado e o BC, tomando medidas corretas.”
Isto apesar do tombo que a atividade global mostrou em fevereiro, afirma o professor, citando o Barômetro da Atividade Global, da FGV.
“Em fevereiro, caiu 15% a atividade econômica global, concentrada em Ásia, Pacífico e África”, afirmou. Apenas outras duas vezes houve uma queda tão grande: em novembro e em dezembro de 2008, no auge da crise financeira.
O economista não apresenta desconfiança com a possibilidade de aumento do gasto público de forma permanente neste momento, o que poria a credibilidade da política fiscal em risco.
Segundo Werlang, Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara, possui o entendimento da necessidade de um ajuste de médio e longo prazo nas contas públicas e sua posição contribui para a continuidade do teto de gastos e de eventuais reformas.
Bolsa família de dezembro é pago hoje para NIS final 5
O programa segue o calendário escalonado e é feito conforme o final do NIS; depósito é realizado automaticamente em contas da Caixa
Essa cidade brasileira tem mais apartamentos do que casas, fica no litoral e está entre as mais desenvolvidas
Dados do Censo 2022 mostram que mais de 60% da população de Santos vive em apartamentos, em um município que também se destaca em indicadores de desenvolvimento
Segunda parcela do décimo terceiro (13°) está chegando; veja até quando o valor deve cair na conta
Pagamento será antecipado porque o dia 20 cai em um sábado; é nessa etapa que entram os descontos de INSS e Imposto de Renda
Payroll, ata do Copom, IBC-BR e decisão de juros no Reino Unido, Zona do Euro e Japão dominam a agenda econômica na reta final de 2025
Os investidores ainda acompanham a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a divulgação do IGP-10 e falas de dirigentes do Federal Reserve nos próximos dias
Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário
NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro
Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas
A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa
Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender
Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou
Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal
De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023
Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena
A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário
São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior
Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner
Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming
Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula
Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora
Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master
A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros
Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana
Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje
Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar
A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média
Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários
Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária
Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)
Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais
Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito
O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março
Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026
O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa
David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026
Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária
