Após 2 meses, BC liberou apenas 21% do anunciado para os bancos na crise
Em nota, o BC afirmou que “até o momento os recursos disponibilizados atenderam plenamente as demandas das instituições financeiras”

Só 21% do arsenal de R$ 1,2 trilhão anunciado pelo Banco Central para evitar crises bancárias e manter o funcionamento do crédito durante a pandemia foram usados até agora, dois meses após o lançamento do pacote feito pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. O valor liberado aos bancos no período foi de R$ 260,2 bilhões.
O pacote de R$ 1,2 trilhão representaria o equivalente a 16,6% do PIB - acima dos 3,8% ofertados aos bancos após a crise financeira de 2008.
Na época do anúncio, o discurso do BC era de que as medidas permitiriam manter a oferta de recursos para as instituições financeiras, evitando dificuldades e possíveis quebras durante a pandemia. Além disso, a injeção de recursos permitiria que os bancos pudessem atender ao aumento da demanda por crédito por empresas e famílias.
Cada vez mais seletivos com o temor do aumento de calotes, os bancos, porém, não usaram a maior parte dos instrumentos colocados à disposição pelo BC, mostram os dados até aqui. A autarquia também demorou na regulamentação de linhas atreladas a letras financeiras e debêntures (título de dívida corporativa). A maior parte liberada foi em compulsórios (recursos que as instituições são obrigadas a deixar no BC para fazer frente aos riscos dos empréstimos).
"Avaliar o quanto foi disponibilizado e o quanto poderia virar crédito é difícil", afirma a economista Isabela Tavares, especialista em crédito da Tendências Consultoria Integrada. "Dentro dos bancos, há recursos que podem virar provisão de crédito, porque as instituições estão pensando no risco de aumento da inadimplência."
Para o economista Ricardo Rocha, do Insper, os bancos não estão neste momento com problema de liquidez. "Não é falta de dinheiro para emprestar. O problema é o risco." Segundo ele, o problema enfrentado pelas empresas para acessar o crédito passa pela falta de garantias a serem dadas aos bancos. "Como fazer chegar o crédito para quem não tem a garantia? Esta é a dificuldade", diz ele. De acordo com o BC, as concessões de crédito despencaram 16,5% em abril ante março, considerando a série estatística livre de influências sazonais. No caso específico das empresas, essas concessões recuaram 21,1%. Entre as famílias, a baixa foi de 13,2%.
Leia Também
Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro
Em nota, o BC afirmou que "até o momento os recursos disponibilizados atenderam plenamente as demandas das instituições financeiras". Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que, na conjuntura atual, não existem restrições relevantes de liquidez. Além disso, afirmou que parte das medidas do BC "tem implementação gradual e o seu potencial pleno só poderá ser mensurado a médio e longo prazo".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Banco Master negocia com ‘vários grupos’ fatia rejeitada pelo BRB, segundo jornal
Entre eles estariam a família Batista, do grupo J&F, os bancos Safra e BTG, além da Prisma Capital e da Jive Mauá
Joesley de olho no Banco Master? Empresário se encontra com Galípolo um dia após MP pedir suspensão da compra pelo BRB
Com operação do BRB sob investigação do Ministério Público do DF, a J&F avalia aquisição de ativos estratégicos do Banco Master, o que mitigaria riscos não cobertos pelo FGC.
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas
Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina
As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento