Um dia de alívio (mas para o dólar não)
Caro leitor,
Depois de uma semana horripilante para os mercados, as bolsas globais finalmente descalçaram o sapato apertado do coronavírus e sentiram um certo alívio. Iniciado na última sexta-feira, o respiro teve continuidade no pregão desta segunda.
O Ibovespa fechou em forte alta, puxado principalmente pelo desempenho robusto das bolsas americanas. Em Wall Street, os índices acionários terminaram o dia com altas da ordem dos 5%.
Apesar da ameaça do coronavírus, agora o mercado vislumbra a possibilidade de os bancos centrais continuarem injetando dinheiro na economia, de maneira a segurar a pancada que a disseminação do coronavírus está prometendo para o crescimento mundial.
Os investidores já começam a precificar novos cortes de juros, inclusive nos Estados Unidos e no Brasil. Nossos juros futuros de curto prazo ficaram abaixo de 4% hoje pela primeira vez na história!
Até o dólar viu certo alívio - lá fora. Por aqui não. Perante o real, a moeda americana continuou seu movimento de alta e bateu - adivinha só - um novo recorde nominal. Você confere todos os detalhes do pregão de hoje na cobertura do Victor Aguiar.
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A dona do seu remédio
A Hypera anunciou, pela manhã, a compra de um portfólio de 18 medicamentos que inclui as marcas Neosaldina e Dramin. A empresa vai pagar US$ 825 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões, pela cotação de sexta-feira) à japonesa Takeda. A aquisição animou os investidores e fez as ações da companhia dispararem mais de 16%, a maior alta do Ibovespa.
Uma bad trip daquelas…
Na outra ponta do índice, as ações da CVC despencaram no pregão de hoje e terminaram o dia como a maior baixa entre os papéis. O gatilho foi a divulgação de um possível erro contábil que teria afetado os balanços da companhia nos últimos cinco anos, como mostra o Victor Aguiar.
Um “break” rápido
Mais uma companhia teve suas atividades diretamente afetadas pela disseminação do coronavírus. A Nike informou que manterá sua sede na Europa, localizada na Holanda, fechada por dois dias depois que um empregado testou positivo para o vírus. Veja os detalhes nesta matéria.
A criptomoeda do coronavírus
Mas se alguns negócios sofrem com o coronavírus, há quem tente ganhar dinheiro com o surto de Covid-19. Desenvolvedores criaram uma criptomoeda mórbida - para não dizer de mau gosto - que pode gerar lucros aos seus investidores à medida que o vírus se espalha e contamina a população mundial. Você confere mais detalhes sobre a CoronaCoin nesta matéria.
Pibinho à vista?
Na economia real, porém, tudo indica que o coronavírus deve mesmo causar um impacto negativo considerável neste ano. A Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a projeção de crescimento global em 2020 para o seu menor nível desde 2009. A entidade destacou algumas medidas que os governos poderiam tomar para conter os impactos do surto da doença nas suas respectivas economias e até citou o Brasil nominalmente. Para a OCDE, ainda temos espaço para cortar os juros por aqui.
Embora o “clube dos países ricos” não tenha revisado para baixo a estimativa de crescimento para o PIB brasileiro neste ano, as instituições financeiras locais cortaram suas projeções pela terceira semana seguinte, segundo o boletim Focus divulgado hoje. Mas a projeção para os juros permaneceu a mesma.
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