Sobe no tuíte, cai no (quase) fato
Você já deve ter ouvido alguma vez a expressão “sobe no boato, cai no fato”. Alguém se lembra dela toda vez que a bolsa sobe diante de algum rumor e cai logo depois da confirmação.
Isso acontece porque o tal mercado sempre tenta se antecipar aos acontecimentos. Quando eles se materializam, os preços em geral já refletem a nova realidade.
Desde a semana passada, os investidores passaram a enxergar uma luz efêmera no meio do longo e escuro túnel que atravessamos com a crise do coronavírus.
Mas não foi nenhum boato que levou a bolsa a subir por quase quatro pregões consecutivos, e sim uma publicação no Twitter do presidente dos Estados Unidos.
Donald Trump vazou na rede social a informação de que a Arábia Saudita e Rússia estavam perto de um acordo para cortar a produção de petróleo.
Como você sabe, a guerra de preços entre os dois países em plena pandemia do coronavírus derrubou as cotações da commodity e transformou o pânico nos mercados em total desespero.
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Pois a Opep, o cartel dos países produtores, acabou se reunindo nesta sexta-feira, uma semana depois do tuíte de Trump. E as informações preliminares são de que eles chegaram a um acordo para cortar a produção em 10 milhões de barris por dia.
Adivinha o que aconteceu? O Ibovespa, que estava em alta e chegou a ficar acima dos 80 mil pontos, virou e fechou a quinta-feira em queda de 1,20%. O dólar também deixou as mínimas do dia e acabou cotado a R$ 5,094.
Mas o petróleo não foi o único fator que movimentou os mercados ao longo desta semana. Vale a pena conferir todos os fatos e versões que mexeram com as ações e com o câmbio na cobertura do Victor Aguiar.
Mais gente na rua
Enquanto a população fica em casa para evitar uma disseminação ainda maior do coronavírus, mais gente vai para o “olho da rua” nos Estados Unidos. Termômetro para medir a amplitude da crise, o número de novos pedidos de seguro-desemprego no país atingiu 6,6 milhões na semana passada. Embora levemente abaixo do recorde do período imediatamente anterior, o dado veio bem acima das expectativas do mercado.
Quero ver você no chão
Vem mais corte da Selic aí, se depender dos economistas do Goldman Sachs. O banco americano aposta em mais um corte de 0,75 ponto da taxa de juros, para 3%, em um cenário de inflação bem comportada e, claro, abalado pelo novo coronavírus. Mas uma outra aposta chama atenção: a de que haverá um juro real negativo no país e na América Latina neste ano. O Kaype Abreu conta mais.
Dragão sem fogo
Se o coronavírus assusta, pelo menos o dragão da inflação parece bem domado. O IPCA desacelerou de 0,25% para 0,07% no mês de março, segundo o IBGE. O resultado é o menor para o mês de março desde o início do Plano Real. O destaque foi a queda nos preços de produtos relacionados ao grupo de transportes — como passagens aéreas. O efeito coronavírus, no entanto, não foi necessariamente a causa da queda.
Quer pagar quando?
Adicione aí mais uma medida anunciada em meio à crise do coronavírus. A Caixa Econômica Federal vai possibilitar financiamentos imobiliários com o período de carência de seis meses. O que isso quer dizer? Que a pessoa que tomar o crédito para a compra da casa própria no banco só vai precisar pagar as prestações da dívida no sétimo mês do contrato. Confira os detalhes da linha, que estará disponível a partir de segunda-feira.
Presente de Páscoa?
Por muito pouco a bolsa não conseguiu fechar em alta em todos os pregões desta semana mais curta. Na edição do podcast Touros e Ursos desta semana, o Victor Aguiar e eu falamos sobre os fatores que levaram à melhora nos mercados nos dias que antecedem a Páscoa. A quase demissão do ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta e a pauta-bomba na Câmara dos Deputados em plena crise também estão na pauta do programa. Então aperte o play e solte o som!
Uma ótima noite para você.
Aquele abraço!
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