Com a Selic a 2%, você terá que esperar 50 anos para recuperar investimento na renda fixa
Não quer tomar risco? Então vai ter que esperar até 2070 para receber o dinheiro investido de volta com investimento na renda fixa mais conservadora. “No pain, no gain.”
Na semana passada, falamos sobre a avaliação por múltiplos e algumas armadilhas que você deve prestar atenção quando está utilizando esta ferramenta.
O principal erro é utilizar o tal "preço/lucros" para analisar empresas que estão em elevado ritmo de crescimento.
Isso porque boa parte do valor dessa empresa estaria nos resultados futuros, e como o "p/l" utiliza os lucros atuais, as duas coisas não conversam.
Contudo, quando se trata de resultados estáveis, ainda podemos usar e abusar desse método útil e definir a atratividade de um investimento em poucos minutos.
Podemos inclusive entender – e aproveitar – uma mudança estrutural que tem acontecido no mercado financeiro brasileiro.
Preço/Lucros na renda fixa
Podemos facilmente adaptar o modelo de avaliação por múltiplos de ações para a Renda Fixa, quer ver?
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Em 2016, a Taxa Selic rondava os 14% ao ano e cada R$ 100 reais investidos em uma LFT renderia R$ 14 reais no final do ano.
Podemos tratar o rendimento como um lucro e, com base naquela continha que aprendemos na semana passada, concluímos que esse título estava negociando a 7,1 vezes lucros em 2016.

Ou seja, você demoraria 7 anos para reaver o investimento realizado nelas e sem correr qualquer risco.
Nada mal, considerando que o próprio Ibovespa tem negociado bem acima de 10 vezes preço/lucros nos últimos anos e ainda carrega o risco de se investir em ações.

Acabou-se o que era doce
Mas se você está a par das últimas notícias do mercado, já deve ter visto que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 2% ao ano na semana passada.

Neste momento, o mesmo investimento de R$ 100 em um título LFT vai render para o seu bolso R$ 2 no fim de um ano.

Isso significa o mesmo que pagar 50 vezes lucros em um ativo.
Não quer tomar risco? Então vai ter que esperar até 2070 para receber o dinheiro investido de volta. "No pain, no gain."
Mudança de paradigma
É por esse motivo que, em poucos anos, o Brasil passou de paraíso dos rentistas – aqueles que ganhavam um bom dinheiro sem precisar se arriscar – para um país onde investir em ações não só faz sentido, como passa a ser necessário para qualquer um que busca garantir tranquilidade financeira no longo prazo.
Não é à toa que a indústria de investimentos virou de pernas para o ar desde o início dos cortes de juros, em outubro de 2016.
A alocação média dos fundos em renda variável (ações, opções, fundos imobiliários, etc) tem subido bastante.

E uma enxurrada de pessoas físicas têm tirado o dinheiro da poupança e do Tesouro Direto em busca de investimentos com maior rentabilidade na bolsa.

As maiores beneficiadas
Com o fim da aberração da Taxa Selic "negociando" a 7x lucros, a maior vencedora é a própria economia brasileira.
Em um país onde a renda fixa sem risco traz mais retorno que ações, por que alguém vai correr o risco de comprar ações ou abrir uma empresa?
Não existe o menor incentivo!
No entanto, agora que a taxa básica de juros está em níveis decentes, mais gente está disposta a investir em ações ou abrir empresas, mais dinheiro as companhias terão para investir, mais empregos serão gerados e quem ganha é o país.
Também podemos aproveitar esse movimento como investidores. Como você já deve ter notado, as ações da B3 serão uma das grandes beneficiadas dessa mudança estrutural, com mais gente migrando para a bolsa e mais fundos investindo em ações – ambos os processos ajudando os resultados da companhia por vários anos.
Mas há outras oportunidades que devem aproveitar o momento atual pra apresentar uma valorização ainda maior, como é o caso da empresa que Max Bohm identificou na série As Melhores Ações da Bolsa.
Segundo o Max, ela tem tudo para se transformar NA ação do segundo semestre, se beneficiando, inclusive, das eleições norte-americanas que acontecem em novembro.
Deixo aqui o convite caso queira conhecer a série que, além dessa sugestão, ainda traz outras 15 indicações para investir agora e começar a capturar a recuperação da bolsa.
Um grande abraço e até a próxima!
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa