Por que você deveria investir na bolsa americana, seja qual for o presidente
É impossível saber se Trump teria sido melhor para as bolsas do que Biden. Mas a verdade é que o mercado faz muito bem em não dar muita importância para isso

Se você não mora em outro planeta, deve ter acompanhado – nem que seja de longe – a disputa pelo cargo de presidente dos Estados Unidos da América.
Como você já deve saber a esta altura, Joe Biden levou a melhor, e a forte alta do mercado deixa a impressão de que os investidores gostaram do resultado.
Mas quer saber o que eu penso? O mercado iria subir de qualquer forma, independente do resultado.
Tanto faz!
O processo eleitoral começou com investidores apoiando amplamente Donald Trump (candidato do partido Republicano), principalmente por suas contribuições para as corporações norte-americanas desde que assumiu o posto, como por exemplo, o programa de corte de impostos.
Por esse motivo, quando as primeiras pesquisas indicavam o atual presidente na liderança, o mercado adorou.
Mas aí veio a pandemia e, com ela muitas mudanças na vida das pessoas e também nas pesquisas de intenção de voto.
Leia Também
O Democrata Joe Biden, até então, o candidato "anti-bolsas" e que, segundo a narrativa na época, faria de tudo para tomar os lucros das grandes corporações e distribuir para a sociedade, tomou a liderança.
Mas quem disse que o mercado se assustou?
Apesar do receio inicial, os investidores logo aceitaram uma outra narrativa, a de que a alta de impostos e a ampliação de gastos sociais talvez ajudassem a trazer um maior número de empregos e mais equilíbrio para a economia americana, o que poderia resultar em mais consumo lá na frente.
No entanto, no final do processo, houve uma nova reviravolta: apesar da já esperada vitória de Biden ter acontecido, os Democratas perderam força na disputa pelo Senado.
O que o mercado achou disso? Gostou ainda mais!
A narrativa, desta vez, passou a ser de que um Senado Republicano e um Presidente Democrata deixaria os poderes balanceados, de modo a preservar os interesses das corporações e, ao mesmo tempo, apaziguar as relações comerciais que Trump havia abalado. Estava configurado "o melhor cenário possível", segundo os analistas de mercado.
Eu não tenho a menor ideia se essas expectativas serão alcançadas. Mas o fato de os investidores norte-americanos mudarem de opinião mais vezes do que eu troco de cueca, me deixa a impressão de que, na verdade, eles estavam loucos para comprar ações, e dariam um jeito de encontrar uma narrativa otimista que se encaixasse com o resultado das urnas, independente de qual fosse.
Leia também:
- NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro
- Como as eleições municipais podem mexer com as ações do setor imobiliário
- A difícil arte de analisar se vale a pena investir em uma ação
- Bilionários como Warren Buffett gostam de ver a bolsa cair, não subir
Eles têm motivos de sobra
É impossível saber se Trump teria sido melhor para as bolsas do que Biden nos próximos quatro anos.
Mas a verdade é que o mercado faz muito bem em não dar muita importância para isso.
Em um estudo interessante sobre o seu desempenho histórico das bolsas nos quatro anos após cada eleição, a Fidelity foi até 1789 para concluir que, no quesito valorização das ações, os dois partidos estão praticamente empatados, mesmo com os interesses republicanos sendo normalmente muito mais alinhados com o das grandes corporações.
Um outro dado interessante é aquele que mostra que US$ 1 investido em janeiro de 1926 teria se transformado em US$ 10.000 em 2019 – uma valorização de absurdos um milhão por cento, em um período que contou não apenas com presidentes de ambos os partidos, mas também com várias guerras (uma delas mundial) e várias crises financeiras para atrapalhar acionistas.
O que tudo isso significa? Que, apesar da enorme importância do cargo do presidente, a economia norte-americana é tão benéfica para as companhias locais em termos de burocracia, infraestrutura, renda média, taxas de juros, impostos, investimentos em tecnologia, educação, etc, que no final das contas, o mercado consegue caminhar com as próprias pernas sem depender da ajuda do partido A ou B para se valorizar.
Não é à toa que Buffett, o maior investidor de todos os tempos, não se cansa de dizer "never bet against america", ou nunca aposte contra os Estados Unidos – nem quando o presidente eleito parece pouco alinhado com os interesses corporativos.
Não dá para ficar de fora
Antes que você desconfie, saiba que eu não estou babando ovo para os Estados Unidos. Como diz aquele velho dito popular, sou brasileiro e não desisto nunca da nossa nação.
Mas investir em ações sem ter nem um pouquinho de ativos expostos ao mercado norte-americano é simplesmente abrir mão do potencial do mercado que mais beneficiou os investidores nas últimas décadas.
E uma das maneiras de você aproveitar esse ambiente favorável é simplesmente investir em um pouco de IVVB11, um ETF que replica o desempenho do índice S&P 500, com as maiores companhias da bolsa dos Estados Unidos.
Um parênteses necessário aqui: se você acha que investir em ETF de índice é sem graça e carece de bons retornos, saiba que você está errado. Nas últimas décadas, esse tipo de investimento tem trazido bons retornos principalmente porque:
- ETFs de índices pagam baixíssimas taxas de administração, já que seus gestores apenas replicam uma carteira ativos e pesos já definidos;
- a própria estrutura desse tipo de índice é formada de tal forma que ocorre uma "seleção natural" de empresas, já que as mais fortes ganham mais representatividade, enquanto as empresas que fracassam perdem espaço até serem expelidas.
É justamente por esses motivos, e também por acreditar na economia norte-americana, que quando alguém pede uma dica de investimento para Buffett, ele sempre sugere fundos indexados de S&P 500 – assim como o IVVB11.
Portanto, se você quer seguir a dica de Buffett (e a minha também), ela continua mais do que válida.
As melhores entre as melhores
Mas dá para fazer ainda melhor, ao peneirar aquelas ações na bolsa que possuem múltiplos atrativos, que têm perspectivas de crescimento elevado, ou que se aproveitam de alta rentabilidade e posição invejável no mercado em que atuam.
É exatamente isso o que o João e o Enzo fazem na série As Melhores Ações do Mundo.
E para investir nessas ações, nem é preciso abrir conta lá fora. Isso porque a compra de BDRs, que são o equivalente à ações de empresas negociadas nos Estados Unidos, foi liberada para investidores comuns aqui no Brasil (um mercado antes restrito aos investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão de patrimônio).
Ou seja, se tornar acionista da Apple ou do Walmart hoje é tão fácil quanto investir na Petrobras. Não tem mais desculpa para ficar de fora!
Se quiser ir além do S&P 500 e conhecer as ações americanas com maior potencial de alta, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a próxima!
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
Desempenho acima do esperado do Nubank (ROXO34) não justifica a compra da ação agora, diz Itaú BBA
Enquanto outras empresas de tecnologia, como Apple e Google, estão vendo seus papéis passarem por forte desvalorização, o banco digital vai na direção oposta, mas momento da compra ainda não chegou, segundo analistas
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Embraer (EMBR3) divulga carteira de pedidos do 1º tri, e BTG se mantém ‘otimista’ sobre os resultados
Em relatório divulgado nesta quarta-feira (23), o BTG Pactual afirmou que continua “otimista” sobre os resultados da Embraer
Tenda (TEND3) sem milagres: por que a incorporadora ficou (mais uma vez) para trás no rali das ações do setor?
O que explica o desempenho menor de TEND3 em relação a concorrentes como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Plano & Plano (PLPL3) e por que há ‘má vontade’ dos gestores
Ainda há espaço no rali das incorporadoras? Esta ação de construtora tem sido subestimada e deve pagar bons dividendos em 2025
Esta empresa beneficiada pelo Minha Casa Minha Vida deve ter um dividend yield de 13% em 2025, podendo chegar a 20%