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Por que está na hora de você pensar em ESG na hora de investir

O caminho da longevidade para as empresas em um mundo superconectado requer uma postura mais engajada socialmente, e eu garanto que isso não faz mal à ninguém

11 de setembro de 2020
5:57 - atualizado às 16:54
ESG investimento planta moedas
Imagem: Shutterstock

“O mundo muda muito depressa.” Você já deve ter escutado essa frase saindo da boca de algum parente maravilhado com a tecnologia de última geração do iPhone recém lançado, ou excitado pelos avanços da computação em nuvem da Microsoft. 

Tenho que concordar: algumas coisas realmente mudam depressa. 

Mas, ao mesmo tempo que vemos tecnologias inimagináveis há dez anos transformando o nosso dia a dia, também vivenciamos ainda em 2020 episódios como o assassinato do norte-americano George Floyd, algo que nem no século XVII deveria ser aceitável. 

Algumas coisas não mudam nada depressa.

Lucros e mais lucros

Durante décadas (talvez séculos), praticamente todas empresas pareciam se importar unicamente com os lucros dos acionistas. 

"Foda-se se os funcionários ganham uma mixaria e estão desmotivados. Foda-se se os clientes acharam o produto uma merda e se estamos jogando os resíduos no rio Tietê para reduzir despesas. O que importam são os meus dividendos". 

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As empresas pareciam ter de fazer uma escolha entre ética ou bons resultados. Não havia possibilidade de se conseguir as duas concomitantemente. 

Ética só fazia parte do vocabulário das empresas dispostas a ficar para trás – qualquer semelhança com as empreiteiras brasileiras afogadas em processos de corrupção evidenciados pela Lava-Jato não é mera coincidência.

Felizmente, algumas coisas estão mudando no mundo corporativo, e o caso Floyd acabou deixando isso mais claro. Dizem que há males que vem para o bem. 

Puro marketing?

Além de uma série de protestos populares contra o racismo nos Estados Unidos nos últimos meses, o episódio acabou provocando manifestação das maiores empresas do mundo contra essa e diversas outras formas de discriminação. 

Na época, tivemos até anúncios públicos de apoio aos movimentos e boicotes bilionários à postura complacente do Facebook com relação aos comentários de ódio em sua plataforma. 

É claro que essas grandes corporações não estão apoiando a causa por uma simples crítica social. Não tenho dúvidas de que existe uma uma boa pitada de marketing – todos temos boletos a pagar e bocas para alimentar. 

Ainda assim, o episódio mostrou uma alteração relevante naquilo que as empresas consideram a "sua missão". 

De "máquinas de gerar lucro aos seus acionistas" sem se importar com os meios para atingir o objetivo, as grandes companhias têm começado a entender que lucros a qualquer custo não são mais sustentáveis.  

Seja por virtude ou por necessidade, as companhias estão entendendo que a quantidade de informação disponível atualmente é absurda e potencialmente danosa. 

Um produto de merda gera milhares de protestos e visualizações no "Reclame Aqui". 

O vídeo de um tratamento preconceituoso em uma loja se torna viral e destrói em cinco minutos uma reputação construída em décadas. 

Uma empresa que se omite ou, pior, incentiva o preconceito (seja por causa da etnia ou sexualidade) ou não promove a igualdade de gênero, além de ficar manchada no "Great Place to Work", fatalmente perderá ótimos talentos para a concorrência.

E tudo isso gera impacto negativo nos próprios resultados da companhia. É isso mesmo, no final da história quem perde é o próprio acionista. 

Nesse sentido, vale a pena mencionar o estudo da consultoria McKinsey realizada recentemente sobre o impacto da diversidade no ambiente de trabalho e no desempenho financeiro de uma empresa. O resultado é surpreendente. 

As empresas que se encontram no quartil superior em termos de diversidade de gênero e etnia têm 12% mais chances de superar seus pares em termos de lucros, enquanto as que que se encontram no quartil inferior têm 27% de probabilidade de ficar para trás.

Todo mundo ganha

Que fique claro mais uma vez: a discussão aqui não é se as empresas fazem isso porque acham certo ou porque não querem arriscar a sua reputação perante a opinião pública.

Eu desconfio que nunca teremos a verdadeira resposta. 

O fato é que o caminho da longevidade para essas empresas em um mundo superconectado requer uma postura mais engajada socialmente, e eu garanto que isso não faz mal à ninguém. 

Produtos de qualidade para os clientes, respeito ao meio ambiente, funcionários mais contentes e – como a McKinsey fez questão de nos lembrar – dividendos maiores para os acionistas no longo prazo. 

Oportunidades com a mudança de paradigmas

Não é à toa que o tema ESG (traduzindo do inglês, governança ambiental, social e corporativa) tem ganhado cada vez mais destaque no mundo dos investimentos. 

Assim como funciona no caso das empresas, não temos como saber se esses investidores querem mudar o mundo ou só estão de olho nos maiores dividendos de longo prazo projetados pela McKinsey. 

Fato é que essa mudança de paradigma tende a ajudar as ações de algumas das companhias que já adotam as diretrizes pregadas pelo ESG. 

Com base nessa nova demanda, o Max Bohm identificou uma companhia que tem muito potencial para agradar consumidores, ambientalistas e investidores – afinal de contas, queremos ajudar o mundo mas também temos contas a pagar, não é mesmo?

Deixo aqui o convite caso você se interesse em conhecer essa oportunidade em primeira mão.   

Um grande abraço e a até a próxima!

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