O fim de um ciclo?
Após um ano de cortes sucessivos, o atual ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic, parece ter chegado ao fim nesta quarta-feira.
No início da noite, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou a redução dos juros em 0,25 ponto percentual, para 2,00% ao ano, como já era esperado pelo mercado. E pelo tom do comunicado divulgado pelo BC, este corte é o derradeiro.
O BC não fechou completamente a porta para novos cortes, mas a fresta deixada está bem mais estreita do que nas reuniões anteriores, como relatou o Vinícius Pinheiro, que traduziu o comunicado do Copom.
Seja como for, o BC descartou “reduções no grau de estímulo monetário”, isto é, não há elevações de juros no horizonte. Isso significa que a Selic deve permanecer no patamar atual por um bom tempo.
Como de costume, eu publiquei agora à noite a simulação de como deve ficar o retorno das aplicações financeiras atreladas à Selic e ao CDI na nova mínima histórica. Nenhuma delas chega a render nem 2,00% ao ano, um cenário com o qual os brasileiros ainda não estão nem um pouco acostumados.
Com a Selic em 2,00%, o juro real (acima da inflação) encontra-se negativo no país, e não é diferente com o retorno das aplicações financeiras conservadoras. Agora, quem não quer ficar mais pobre, vendo seu patrimônio ser corroído pela inflação ao longo do tempo, realmente precisa correr um pouco mais de risco no mercado de capitais.
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Falando nisso, amanhã publicaremos, no Seu Dinheiro, a matéria da Ação do Mês, com as ações preferidas das corretoras para o mês de agosto. A reportagem, assinada pela Jasmine Olga, é acessível apenas aos leitores Premium. Caso você ainda não seja Premium, veja como destravar o seu acesso aqui.
MERCADOS
• O Ibovespa fechou em alta de 1,57%, aos 102.801,76 pontos, puxado pelas ações da Petrobras e pela expectativa de que o novo pacote de estímulos do governo americano seja aprovado ainda nesta semana. Já o dólar subiu por um motivo doméstico.
• A Berkshire Hathaway, empresa do bilionário Warren Buffett, adquiriu US$ 300 milhões em ações do Bank of America, aumentando sua participação no banco para 12%.
• A mineradora Aura Minerals anunciou um desdobramento das suas ações negociadas na bolsa de Toronto e também dos seus BDRs negociados no Brasil, após valorização de 730% dos papéis no exterior em 2020.
INVESTIMENTOS
• O bitcoin vem numa esteira de valorização e ultrapassou a marca dos US$ 10 mil. Nosso colunista André Franco tem algumas sugestões de investimento em criptoativos para você aproveitar o atual mercado de alta, da mais “conservadora” à mais arrojada.
EMPRESAS
• O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., disse confiar que as discussões sobre a privatização da estatal sejam retomadas no Congresso ainda neste segundo semestre. Sua previsão é de que a capitalização ocorra no primeiro semestre de 2021.
• A empresa de tecnologia Sinqia anunciou a aquisição da Itaú Soluções Previdenciárias, que atua no segmento de tecnologia para fundos de pensão, por R$ 82 milhões.
• O Cade aprovou sem restrições a aquisição da totalidade da empresa de cibersegurança Tempest pela Embraer.
ECONOMIA
• O Congresso Nacional discute ampliar o prazo do decreto de calamidade pública até o final de 2021. A extensão permitiria ao governo driblar a regra de ouro e a meta fiscal para gastar mais, sob o pretexto de lidar com as consequências da pandemia.
• Para o bilionário e filantropo Bill Gates, a crise climática pode ser tão ruim para a economia quanto a pandemia de covid-19. O fundador da Microsoft propôs, em um blog pessoal, uma série de medidas que podem ser tomadas para evitar esse futuro sombrio.
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