A Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, comprou mais de US$ 300 milhões em ações do Bank of America (BofA) entre 31 de julho e 4 de agosto. Com o movimento, o conglomerado aumentou a participação no banco para 11,9% — posição avaliada em US$ 26 bilhões ao preço de fechamento da ação na terça-feira.
Segundo documentos enviados pela empresa de Warren Buffett à Securities and Exchange Commission (a CVM do mercado americano), foram adquiridas 13,6 milhões de ações do BofA, somando US$ 337 milhões. Os papéis foram comprados ao preço de US$ 24,81.
O aumento da fatia em uma empresa sinaliza a confiança do acionista sobre o seu potencial de valorização. No caso de um investidor do cacife do bilionário Warren Buffett, o movimento deve reforçar a confiança do mercado na companhia.
As ações do BofA subiram 1,52% nesta quarta-feira (5) na bolsa de Nova York (NYSE), cotadas a US$ 25,39. Neste ano, os papéis do banco acumulam queda de quase 30%, em meio à crise do novo coronavírus.
A Berkshire é o maior acionista do Bank of America, que por sua vez é a segunda maior participação no portfólio de ações da Berkshire, após a Apple.
US$ 2 bilhões em 12 dias
Buffett já desembolsou quase US$ 2,1 bilhões em 85 milhões de ações do banco nos últimos 12 dias — só o primeiro movimento foi de uma compra de US$ 800 milhões em ações da empresa. As aquisições aumentaram a posição da Berkshire em cerca de 9%.
Com as operações, ele consolida uma visão positiva em relação à instituição financeira em meio à pandemia do coronavírus, que fez os preços dos papéis de companhias listadas em bolsa caírem globalmente.
Em julho, o conglomerado de Warren Buffett anunciou a compra dos ativos de transmissão e armazenamento de gás natural da Dominion Energy por US$ 4 bilhões, em dinheiro.
No primeiro trimestre deste ano, Berkshire informou ter uma posição de caixa de cerca de US$ 137,3 bilhões — um aumento de cerca de US$ 10 bilhões em relação ao fim de 2019.