Das aulas de física para a bolsa
Um corpo pode ou não estar em movimento, dependendo do observador. Tudo na vida é uma questão de referência, já dizia o meu professor de Física do segundo grau.
Confesso que não fui dos melhores alunos do professor Oswaldo. Mas as aulas duplas das segundas-feiras pela manhã me voltaram à memória depois do desempenho da bolsa brasileira neste terceiro trimestre.
Em março, quando o Ibovespa amargou uma queda de mais de 30% e bateu nos 73 mil pontos, a maioria dos investidores provavelmente ficaria mais do que satisfeita se o mercado pelo menos estancasse a sangria.
Mas depois da rápida recuperação que levou o índice para os 95 mil pontos em junho, é difícil esconder o sentimento de frustração com o resultado dos três meses seguintes.
A bolsa registrou uma queda de 0,48% no acumulado de julho a setembro e encerrou o trimestre na marca dos 94.603 pontos.
Desse ponto de vista, nem parece um resultado tão ruim. Afinal, essa tal de renda variável insiste em variar, e infelizmente não só para cima. A queda também pode ser um ponto de entrada interessante para quem espera uma recuperação na reta final do ano.
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Já para o investidor que estava no embalo do trimestre anterior, a referência acaba pesando contra. Até porque, no seu melhor momento depois da tempestade de março, o Ibovespa alcançou o patamar de 105 mil pontos e dava sinais de que podia ir mais longe.
Confira com o Ricardo Gozzi um panorama do último dia de mais um trimestre que valeu por um ano inteiro (ou mais) na bolsa.
EMPRESAS
• Compre CSN. A recomendação do Credit Suisse embalou as ações da siderúrgica, que dispararam quase 8%. Para os analistas, a empresa deve se beneficiar da perspectiva positiva para o minério de ferro e para o aço. Veja qual o potencial de alta dos papéis.
• Outro destaque positivo do pregão, a Raia Drogasil apresentou um plano de expansão que envolve a criação de um marketplace, mudanças nas lojas físicas e o lançamento de um aplicativo para celular. Os analistas se animaram com a proposta.
• Apesar do momento mais difícil da bolsa, os IPOs continuam na B3. Hoje foi a vez da estreia das ações do birô de crédito Boa Vista. Depois de captar R$ 2,17 bilhões na oferta, a empresa estreou com o pé direito, com uma alta de mais de 15%.
• Também foi dia do primeiro leilão do saneamento básico na B3 após a aprovação do marco legal do setor no Congresso. A BRK Ambiental venceu o certame para administrar serviços na região metropolitana de Maceió. Confira os valores.
ECONOMIA
• O câmbio no Brasil é flutuante, mas é consenso no mercado que ele tem flutuado até demais. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou o tema e notou que a volatilidade foi acompanhada do aumento da negociação de minicontratos de dólar.
• O Brasil teve em agosto o melhor mês para criação de empregos em nove anos. Segundo o Caged, foram abertos 249.388 postos com carteira assinada no último mês. Mas, no acumulado do ano, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto do coronavírus.
• Onde está Paulo Guedes? O ministro enfim se manifestou depois da polêmica envolvendo o financiamento o Renda Cidadã. Ele falou sobre o uso dos precatórios para bancar o programa social. Saiba o que disse o ministro.
• Precatório para lá, precatório para cá. A expressão passou a estampar os jornais depois que foi revelada a proposta de financiamento do programa Renda Cidadã. Mas você sabe o que de fato é isso? A Jasmine Olga explica para você.
OPINIÃO
• Bolsonaro quer sugestões, não críticas, após o anúncio do programa social do governo e a reação do mercado. Foi o que o Felipe Miranda fez. Na coluna de hoje, ele traz algumas ideias para o presidente ajudar a financiar o programa social. Vale a leitura!
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