Um recado para Gabriela Pugliesi: sem dor sem ganho
O assunto do dia no mercado financeiro, ou pelo menos na comunidade do Twitter dedicada ao tema, não foi a queda das ações nem a alta do dólar, e sim a notícia de que Gabriela Pugliesi investe na bolsa.
Para quem não conhece, Gabriela Pugliesi ganhou notoriedade no mundo das redes sociais por compartilhar sua rotina “fitness”, movida a treinos na academia e alimentação saudável.
Pois hoje a influenciadora digital anunciou aos seus mais de 4 milhões de seguidores no Instagram que “descobriu um novo talento” como operadora no mercado de ações.
Imagino que o pregão desta quinta-feira não tenha sido muito feliz para Pugliesi. O Ibovespa fechou em queda de quase 2% e o dólar se recuperou de parte do tombo recente e voltou a ser cotado acima dos R$ 5,20.
É claro que não faltaram comentários irônicos sobre a entrada da influenciadora na bolsa. Para muitos, esse seria inclusive um sinal de que está na hora de vender ações.
Eu discordo desse argumento, mas me preocupa saber que a bolsa ainda é vista como uma forma fácil e rápida de ganhar dinheiro. Ou então um lugar “onde não se produz nada”, como disse Felipe Neto, outro conhecido influenciador das redes sociais.
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Acredito que há espaço para ambos no mercado de ações. Pugliesi inclusive poderia trazer um dos ensinamentos do mundo fitness para a bolsa: sem dor sem ganho. Trata-se de um investimento de risco, mas essencial para quem deseja construir um patrimônio de longo prazo.
Bem, agora para saber o que de fato mexeu com a bolsa nesta quinta-feira eu recomendo a leitura da cobertura de mercados preparada pela influenciadora Julia Wiltgen.
O que mexeu com o seu dinheiro hoje:
EMPRESAS
• As ações da Oi dispararam hoje após a empresa fechar acordo de exclusividade com a Highline do Brasil para a venda da sua rede móvel. Saiba por que a negociação pressionou as ações de TIM e Vivo.
• Com a recuperação da bolsa, as ofertas de ações voltaram a movimentar o mercado. Apenas ontem duas empresas captaram recursos de investidores: o Grupo Dimed, dono de rede de farmácias, e a Irani Papel e Celulose. Confira os detalhes.
• O grupo de educação Cogna definiu a faixa de preço do IPO de sua subsidiária, a Vasta, no Estados Unidos. O preço por ação foi estipulado entre US$ 15,50 e US$ 17,50. A operação será realizada na Nasdaq.
ECONOMIA
• Ao contrário do que foi alardeado nas redes sociais, a reforma tributária apresentada pelo governo deve elevar os impostos sobre os bancos (e não reduzir). Veja o quanto a mudança pode custar ao lucro das instituições financeiras.
• Falando em reforma tributária, o setor de serviços reclamou da proposta. Mas, segundo Vanessa Canado, assessora do Ministério da Economia, o setor não entendeu nada — e, na verdade, vai até sair ganhando com a mudança.
• As marcas da crise seguem na economia real: 7,1 milhões de brasileiros ficaram sem remuneração em junho. A parcela corresponde a 48,4% dos trabalhadores que estiveram afastados do trabalho no mês passado. Os dados são do IBGE.
INVESTIMENTOS
• Os investimentos no Tesouro Selic, título ligado à taxa básica de juros, vão render (um pouco) mais. O Tesouro Nacional e a B3 resolveram zerar a taxa de custódia sobre aplicações de até R$ 10 mil. Veja o que muda.
• A bolsa que cai ou sobe muito é dita volátil — e a que fica estável, anêmica. Mas a verdade é que por trás desses números sempre tem muita coisa acontecendo com as ações. O Rodolfo Amstalden explica a antimonotonia do mercado.
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