O que Warren Buffett está comprando e vendendo neste momento?
Mago dos mercados compara investir em ações com comprar uma fazenda: todo dia alguém te faz uma proposta pelos seus bens por um preço diferente. O melhor a fazer é ter paciência – e dinheiro no bolso.
Sempre didático, o mago de Omaha comparou o investimento em ações à compra de uma fazenda.
Imagine que você comprou um terreno de 160 acres e pagou R$ 1.500 por acre.
Como proprietário de uma fazenda, você sabe que terá anos bons e anos ruins. Que o preço do seu produto terá igualmente anos bons e ruins. Que em certos períodos vai chover mais ou menos que o esperado… e por aí vai.
Só que você deu uma sorte com cara de azar.
Você comprou essa fazendo ao lado de outra fazenda, cujo dono é um sujeito maníaco-depressivo que todos os dias faz uma oferta pelas suas terras.
Quando passam alguns dias sem chover, ele te oferece um valor menor, digamos R$ 1.400 por acre. Vai que você topa.
Leia Também
Quando a chuva está a seu favor, ele te oferece um preço maior, R$ 1.600.
Quando o preço do produto que você produz está em alta, seu vizinho te liga três vezes por dia, fazendo ofertas uma mais alta que a outra para comprar o seu pedaço de terra.
Quando o mercado está lotado do seu produto, ele liga oito vezes por dia, te importunando com ofertas sem noção, querendo comprar suas terras a preço de banana.
E pode ser até que algum dia ele esteja tão maluco que queira vender a terra dele para você. O humor dele muda toda hora.
Neste exemplo, as ações são a terra e o seu vizinho sem noção é o mercado de ações.
Instintivamente, é assim que a coisa foi feita para funcionar. O mercado de ações é o ambiente em que você pode comprar participação em empresas que você acredita; em empresas que gerarão lucros crescentes (ou decrescentes) no futuro.
Só que para comprar essas empresas, você precisa aceitar o vizinho maníaco-depressivo que te faz ofertas minuto a minuto, das 10:00 da manhã às 17:00 da tarde, de segunda à sexta-feira, com descanso somente aos feriados.
1929, outra vez?
Todos no mercado consideram Warren Buffett como um eterno otimista, o homem que enriqueceu apostando na América.
Mas dessa vez foi diferente, sua postura realista chamou a atenção de todos.
Por coincidência (aquelas coincidências com cara de destino), Buffett nasceu em agosto de 1930, o que quer dizer que papai e mamãe Buffett encomendaram o maior investidor de todos os tempos em meio a maior crise do capitalismo de todos os tempos.
Ele brincou com o seguinte: se papai Buffett tivesse comprado um lote de ações do Dow Jones (o principal índice acionário dos EUA naquela época) no pico do mercado em 1929, pensando no futuro do pequeno Warren, esse valor teria sido reduzido em praticamente 90% nos 24 meses seguintes.
Seria preciso 20 anos até que o mercado se recuperasse e o investimento inicial do papai Buffett voltasse para o zero a zero.
Sim, 20 anos.
Essa mesma perspectiva assusta a maioria dos investidores pessoa-física, principalmente depois desse começo de ano assustador de coronavírus.
Mas 2019 não é 1929.
Seria necessária uma coluna inteira para explicar as diferenças, por isso, acredito que seja mais instrutivo dizer o que Warren Buffett está fazendo com os próprios investimentos, afinal, como diz Nassim Taleb:
“Don't tell me what you ‘think,’ just tell me what's in your portfolio.”
Cash is king
Basicamente, Buffett vendeu suas posições em companhias aéreas. Somente as aéreas.
No restante, ele não fez nenhuma mudança significativa em seu portfólio, que continua majoritariamente alocado em ações de grandes empresas como Apple, dois dos principais bancos dos EUA (Goldman Sachs e Wells Fargo), suas seguradoras e outros negócios dos quais é acionista de longa data.
Paralelo às posições, Buffett está sentado em um caminhão de 124 bilhões de dólares em caixa.
Voltando ao exemplo acima: se um dia o vizinho fazendeiro surtasse e quisesse vender suas terras por uma ninharia, Buffet poderia assinar o cheque e fechar um excelente negócio.
Essa é a estratégia de Buffett: ter dinheiro rápido e liquidez para fazer excelentes negócios caso o mercado derreta. Exatamente a mesma postura que eu e o Rodolfo Amstalden adotamos em nosso Programa de Riqueza Permanente®.
Essa é uma postura estranha para muitos investidores que estão começando na Bolsa.
Como você pode estar ao mesmo tempo comprado (carregando grandes posições) e pessimista com o curto prazo da renda variável?
Você não sabe o que está fazendo?
Qual sua verdadeira opinião?
Como ninguém é capaz de se antecipar com exatidão aos movimentos do mercado (basta ver a postura humilde do maior investidor de todos os tempos), precisamos ponderar diferentes cenários e nos preparamos para todos eles.
Mesclar o medo de ficar de fora e perder uma súbita valorização dos ativos de risco, ao cenário crítico em que o mercado pode testar novas mínimas diante das incertezas do retorno às atividades, os impactos de longo prazo do coronavírus e a crise institucional e política que vivemos no Brasil.
Parte comprado, parte na expectativa.
Podemos estar errados, mas é reconfortante poder estar errado ao lado do maior investidor de todos tempos.
Um abraço!
Simpar (SIMH3) detalha acordo de aquisição da Automob por R$ 226 milhões e afirma que operação não afeta reorganização da empresa
O montante será pago em parcelas anuais iguais a partir de 31 de dezembro de 2025 até a mesma data de 2028
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
Dólar vai acima de R$ 7 ou de volta aos R$ 5,20 em 2025: as decisões do governo Lula que ditarão o futuro do câmbio no ano que vem, segundo o BTG
Na avaliação dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo daqui para frente
Após 15 anos — e muito juro pela frente —, IPO do Bradesco Seguros pode finalmente sair do papel? Bancões têm altas expectativas que sim
Oferta colocaria banco ao lado de outras instituições que já tem seus segmentos de seguros com capital aberto em bolsa
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Quase metade dos brasileiros encara investir em moedas digitais como diversificação, diz pesquisa; Nordeste lidera adoção de criptos no país
Pesquisa da Consensys revela o apetite dos brasileiros pelo mercado cripto e a insatisfação com o sistema financeiro tradicional e as ‘Big Techs’
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Ibovespa em baixa, juros e dólar em alta: o que fazer com seus investimentos diante do pessimismo no mercado brasileiro?
Decepção com o pacote fiscal e o anúncio de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês vem pesando sobre os ativos e deve obrigar o Banco Central a elevar ainda mais a Selic; o que fazer com a carteira de investimentos diante deste cenário?
Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar
Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos
Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)
A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos
Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global
A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora
Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027
Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta
Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje
A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado
Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana
Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana
Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%
Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto