A crise do coronavírus vai ser uma marolinha?
Em 2008, ao ser questionado sobre a crise financeira, o ex-presidente Lula disse que o tsunami sobre a economia global chegaria ao Brasil como uma “marolinha”. O resultado você e eu conhecemos.
Pois bem, com a rápida recuperação dos mercados nas últimas semanas já vejo muita gente resgatar a tese da marolinha.
Na nova versão, ela se chama “recuperação em V”, ou seja, com um rápido retorno das atividades após a parada forçada pela pandemia do coronavírus.
Essa visão foi reforçada hoje com a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos. A maior economia do mundo registrou a criação de 2,509 milhões de vagas em maio, quando todos esperavam um mês de fechamento de postos de trabalho.
A perspectiva melhor para o desempenho da economia se soma às notícias mais positivas sobre o avanço do coronavírus – pelo menos lá fora.
Tudo isso contribui para onda de valorização do Ibovespa, que já chega a quase 50% se compararmos com o fundo do poço batido em março.
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Só nesta semana, o principal índice da bolsa acumulou alta de mais de 8% e o dólar voltou a ficar abaixo de R$ 5,00.
E agora, o que fazer? Se não há dúvidas de que o clima de fato melhorou, também acredito que ainda não é hora de baixar a guarda. Até porque essa história ainda está longe do fim.
Basta nos lembrarmos que a marolinha de Lula começou bem – o Ibovespa subiu mais de 80% em 2009. Mas acabou virando uma enorme ressaca que desaguou na pior recessão da nossa história.
Na edição desta semana do nosso podcast, o Victor Aguiar e eu comentamos a surpreendente melhora nos mercados e damos a nossa visão sobre a bolsa e o dólar. A transmissão foi ao vivo, mas se você perdeu pode conferir o bate-papo completo no nosso canal no YouTube.
Yduqs salta, mas...
O grupo educacional Yduqs (a antiga Estácio) fechou o pregão desta sexta-feira com uma expressiva alta de quase 10% — na esteira da aquisição de R$ 120 milhões do Grupo Athenas. Para os analistas do BTG Pactual, o negócio pode ser um “gatilho valioso” se der origem a mais movimentos do tipo. Mas, por si só, o banco não está convencido de que a aquisição favoreça a tese de compra da ação. O Felipe Saturnino explica por quê.
Cara a cara com credores
A Restoque, dona de Le Lis Blanc e Dudalina, selou acordo de recuperação extrajudicial (quando as tratativas são feitas primeiramente diretamente com os credores). O acordo não envolve funcionários, fornecedores ou outros parceiros comerciais. Haverá carência de 12 meses para pagar juros e os valores principais das dívidas começarão a ser quitados em 2023. As ações da empresa, contudo, reagiram mal, como mostra a Jasmine Olga.
De 1957 para 1985
O coronavírus continua a deteriorar as condições do mercado automotivo. Novo dado da Anfavea mostra essa realidade: houve queda de 84,4% na produção de veículos em maio. Um recorde negativo foi batido, já que foi o menor nível de produção para o mês desde 1985 (43,1 mil unidades). Ainda assim, o pior pode ter passado, já que em abril a produção havia sido a pior desde 1957.
O “deixa comigo” funciona?
Com a queda da taxa de juros, muitos investidores começaram a se questionar se vale a pena pagar taxas de administração para um gestor de fundos fazer o seu dinheiro render. Será que você conseguiria fazer por conta própria o que grandes gestores fazem e obter um desempenho melhor? O nosso colunista Bruno Mérola explica por que essa é uma missão bem mais difícil do que parece.
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