Os segredos da bolsa: balanços de pesos-pesados podem manter Ibovespa em alta em semana de Copom
Lá fora, resultados do terceiro trimestre de Amazon, Apple, Facebook, Google e Microsoft são destaques, além de decisões de bancos centrais

A semana que acabou não poderia ter sido muito melhor para o Ibovespa.
O principal índice acionário da B3 conseguiu, enfim, retomar o patamar psicológico dos 100 mil pontos, após mais de um mês desde a última vez em que havia fechado nesse nível.
Não apenas isso: nas sessões seguintes, assumiu os 101 mil e buscou os 102 mil — este, sim, ainda um pouco difícil de ser mantido. No período, acumulou alta de 3%.
O que aconteceu? É evidente que os investidores ainda mantêm as incertezas sobre a saúde fiscal do Brasil; não pense que não.
Ainda há muita incerteza rondando os mercados quando o assunto é manutenção do teto de gastos, apesar de gestos dados esta semana por Paulo Guedes e Rodrigo Maia que desanuviaram o cenário político, e o custeio do Renda Cidadã, programa social do governo Jair Bolsonaro.
Mas também é verdade que as expectativas para o terceiro trimestre guiaram os negócios fortemente nos últimos dias, pavimentando o caminho da volta aos 100 mil. Não é à toa que as ações de bancos foram as maiores altas percentuais da semana, com base na expectativa para balanços.
Leia Também
E, na semana que começa agora, algumas dessas empresas, como Bradesco e Santander, nos confirmarão se o otimismo do mercado sobre os resultados no terceiro trimestre estava mesmo correto.
Outros pesos-pesados divulgam seus resultados.
A Petrobras, mais uma que ajudou o Ibovespa a alçar voos mais altos de novo na esteira da alta do petróleo lá fora, também divulga seu balanço. É o mesmo caso da Vale e da Ambev, outras que vão manter os investidores com a atenção ligada. E não há dúvida que, se esses resultados agradarem os mercados, o Ibovespa tem potencial de ir mais além do atual patamar.
Enquanto isso, lá fora o fator mais decisivo permanece o mesmo — e assim será nos próximos dias. A indefinição sobre um acordo por estímulos fiscais nos Estados Unidos foi um driver importante das bolsas pelo mundo.
Sinais de autoridades tanto democratas quanto republicanas demonstram que um acerto está mais próximo. Mas é preciso que saia definitivamente do papel, e até que não saia, alguma volatilidade se espera.
Tanto no cenário externo quanto no doméstico, a agenda macroeconômica é povoada de reuniões monetárias. No mundo corporativo, outras big techs publicam seus resultados.
Amazon, Apple, Facebook e Google lideram bateria
Mais uma semana entrando, mais uma bateria de balanços — e dos pesados — à vista.
É um trimestre sem dúvida importante para todas as empresas de capital aberto. Afinal de contas, essas companhias deverão demonstrar a extensão da recuperação (ou não) de seus negócios um trimestre após os grandes impactos do coronavírus na economia, em razão das medidas de distanciamento social.
Ficam no radar dos investidores os balanços relativos aos meses de julho a setembro de mais gigantes da tecnologia. Após os balanços de Netflix e Tesla, nesta semana Amazon, Apple, Facebook e Alphabet (dona do Google) lideram os resultados corporativos. A Microsoft também divulga os seus números.
Além disso, uma gigante do mundo da saúde também revela seus dados. Trata-se da Pfizer, farmacêutica que tomou espaço nos noticiários recentemente ao solicitar uso emergencial da vacina contra covid-19 até novembro.)
A agenda econômica é cheia. As reuniões de política monetária devem diagnosticar a situação de Zona do Euro e Japão por meio de comunicados oficiais dos bancos centrais. No velho mundo, um dado sobre inflação também fica no radar dos investidores, que avaliarão até que ponto as taxas de juros nulas estão gerando altas dos preços.
- Terça-feira (27)
- Pfizer (pré-mercado)
- Microsoft (pós-mercado)
- Quarta-feira (28)
- Boeing (pré-mercado)
- Mastercard (pré-mercado)
- Visa (pós-mercado)
- Decisão de política monetária do Banco do Japão
- Quinta-feira (29)
- Pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos (9h30)
- Decisão de política monetária do Banco Central Europeu (9h45)
- Amazon (pós-mercado)
- Apple (pós-mercado)
- Facebook (pós-mercado)
- Twitter (pós-mercado)
- Alphabet (pós-mercado)
- Sexta-feira (30)
- Inflação da Zona do Euro (7h)
De olho em Petrobras, Vale, bancos e Copom
A agenda local é semelhante: pesada em balanços e com a decisão do Banco Central (BC) sobre a taxa de juros.
Os resultados trimestrais foram um importante aspecto na retomada dos 100 mil. As ações de três bancos (Bradesco, Banco do Brasil e Santander) fecharam entre as 5 maiores altas percentuais na semana — papéis preferenciais do Bradesco subiram mais de 11%, e as units do Santander, 10,5%.
Nesta semana, os dois bancos reportam balanços do terceiro trimestre nesta semana.
Se fossem "só" os dois, já seria uma semana e tanto. Mas outras ações de peso na composição do Ibovespa, Petrobras e Vale também estão na agenda lotada da semana que vem. Os papéis preferenciais das empresas subiram 7% na semana, e os ordinários da Vale, 2,09%.
Além da agenda corporativa, o Copom é na próxima quarta (28). A decisão de política monetária do BC ocorre em meio a maiores pressões inflacionárias, como visto no IPCA-15 da sexta. Atualmente, a taxa Selic se encontra em 2%, na sua mínima histórica.
Dados do Caged (Cadastro Geral de Desempregados e Empregados) devem dar a investidores novas informações sobre o mercado de trabalho.
Veja o calendário:
- Terça-feira (27)
- Santander Brasil (pré-mercado)
- IPC-Fipe da 3ª quadrissemana de outubro
- Quarta-feira (28)
- Decisão do Copom sobre Selic (após as 18h)
- Bradesco (pós-mercado)
- Petrobras (pós-mercado)
- Vale (pós-mercado)
- Quinta-feira (29)
- Ambev (pré-mercado)
- Resultado do Governo Central de setembro
- IGP-M de outubro
- Suzano (pós-mercado)
- Sexta-feira (30)
- Resultado do setor público consolidado de setembro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Como declarar fiagros e fundos imobiliários (FIIs) no imposto de renda 2025
Fundos imobiliários e fiagros têm cotas negociadas em bolsa, sendo tributados e declarados de formas bem parecidas
Com ou sem feriado, Trump continua sendo o ‘maestro’ dos mercados: veja como ficaram o Ibovespa, o dólar e as bolsas de NY durante a semana
Possível negociação com a China pode trazer alívio para o mercado; recuperação das commodities, especialmente do petróleo, ajudaram a bolsa brasileira, mas VALE3 decepcionou
Como declarar opções de ações no imposto de renda 2025
O jeito de declarar opções é bem parecido com o de declarar ações em diversos pontos; as diferenças maiores recaem na forma de calcular o custo de aquisição e os ganhos e prejuízos
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa
Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso