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Jasmine Olga
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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
esquenta dos mercados

Pedalada, calote e debate presidencial: a tríade do mau humor nos mercados

Nos Estados Unidos, os investidores seguem atentos ao novo pacote de estímulos fiscais e aguardam com cautela o primeiro debate da corrida presidencial

Jasmine Olga
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29 de setembro de 2020
8:21 - atualizado às 8:39
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Imagem: Shutterstock

A preocupação com a situação fiscal do país volta a pesar nos mercados. Os investidores não gostaram do plano do governo para financiar o Renda Cidadã, o programa social que deve ser a marca do governo Bolsonaro. Para o mercado, o plano de utilizar recursos destinados ao pagamento de precatórios e parte do Fundeb sem que exista compromisso com a redução de gastos configura uma tentativa de pedalada fiscal e calote.

Não é só o quadro fiscal em Brasília que inspira cautela nesta terça-feira (29). Os mercados internacionais dão um empurrãozinho para que a cautela prevalece, com a maior parte das bolsas europeias e índices futuros em Wall Street operando no vermelho, em compasso de espera pelo primeiro debate das eleições presidenciais americanas.

Cheiro de pedalada

O Ibovespa não só fechou o pregão de ontem na contramão dos mercados internacionais como també atingiu a sua menor marca desde o dia 26 de junho, após queda de 2,41%, aos 94.666,37. O dólar também ficou sob pressão, com alta de 1,44%, a R$ 5,6353.

Embora ainda no radar, dessa vez a razão do mau humor dos investidores não está relacionado ao aumento do número de casos do coronavírus na Europa. O foco principal de tensão vem diretamente de Brasília, mais precisamente dos planos de financiamento para o programa Renda Cidadã, substituto do Bolsa Família, anunciado ontem.

Ao contrário do que o mercado esperava, o governo não trouxe alternativas de redução de gastos para tornar o plano viável e respeitar o teto de gastos. Ao invés disso, a proposta pretende utilizar até 5% dos recursos do Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - e recursos destinados ao pagamento de precatórios - valores devidos pelo governo após sentença definitiva na Justiça. Para os investidores, a leitura não foi nada positiva: trata-se de uma tentativa de pedalada fiscal para driblar o teto de gastos e calote.

Subiu no telhado?

O novo programa social do governo está longe de ser o único foco de tensão em Brasília. Ruídos sobre a reforma tributária também têm inspirado cautela.

Nesta segunda-feira (28), o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que ainda não existe um acordo sobre a reforma tributária, o que deve atrasar ainda mais a apreciação da pauta. A tentativa de criar um imposto de transações financeiras, no estilo da antiga CPMF, também é ponto de desgaste para o assunto.

O cronograma inicial indicava votação no próximo dia 7 de outubro, mas a data deve ser adiada.

Otimismo parcial

Na tarde de ontem, esperanças com o avanço de um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos e a recuperação do setor bancário sustentaram o movimento de alta observado em Wall Street .

Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam em alta, mas com ganhos menos expressivos.

Além da preocupação com a retomada de medidas de isolamento social na Europa, cenário que parece cada vez mais provável, os agentes financeiros também repercutem a marca de 1 milhão de mortos pela covid-19 pelo mundo - um risco para a recuperação da atividade econômica e a demanda futura.

O grande debate

Faltando pouco mais de um mês para a eleição presidencial americana, o mercado observa de perto o primeiro debate entre os dois principais candidatos ao cargo mais importante do mundo - o presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente Joe Biden. No país, a discussão em torno de um novo pacote fiscal também segue nos holofotes.

Outro ponto de tensão tem origigem no velho continente. A União Europeia e o governo britânico começam mais uma rodada decisiva de negociações para discutir termos da saída do Reino Unido do bloco, movimento conhecido como Brexit.

Diante de tantos pontos de cautela, a maioria dos pregões europeus operam no vermelho. Em Wall Street, os índices futuros seguem a mesma tendência, no aguardo de maiores novidades.

Agenda

No Brasil, o IGP-M de setembro (8h) é um dos destaques. O índice conhecido como a 'inflação do aluguel' tem mostrado grande aceleração nos últimos meses.

Além disso, o mercado também monitora o resultado primário do Governo Central de agosto (14h).

Nos Estados Unidos, destaque para o índie de confiança do consumidor de setembro (11h) e o debate presidencial americano (22h).

Fique de olho

  • A Cosan desistiu de realizar a abertura de capital da Compass. A companhia citou as condições de mercado para justificar a decisão.
  • Braskem foi multada em R$ 200 mil pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas.
  • IRB fará proposta para 1ª oferta de debêntures.
  • IPO da Boa Vista foi precificado em R$12,20 por ação, no centro da faixa indicativa.
  • Restoque homologou recuperação judicial.
  • A Hapvida segue indo às compras. A operadora de saúde anunciou a compra do Grupo Santa Filomena, por R$ 45 milhões.
  • As ações da TIM passarão a ser listadas no Novo Mercado, o mais alto nível de governança da B3.
  • Eztec fará pagamento de dividendos no valor de R$ 0,2940 por ação ordinária.

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